segunda-feira, abril 18, 2016

À PORTO, COM JORGE NUNO PINTO DA COSTA!


(Por Ivan del Val/Global Imagens- o jogo online)

Liga NOS
30ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto
2016.04.17


    FC do PORTO, 4 - FC Nacional (RA Madeira), 0
                                         (Ao intervalo: 2-0)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Danilo Pereira, Martins Indi, José Angel, Hèctor Herrera (C) Rúben Neves, Sérgio Oliveira, aos 81' Francisco Ramos, Jesús Corona, André Silva, aos 75' Aboubakar, e Silvestre Varela, aos 86' Marega.

Treinador: José Peseiro

Árbitro: Luís Ferreira (AF Braga)

Registo dos golos: 1-0 aos 2', por Silvestre Varela em remate forte de pé esquerdo  à entrada da área com a bola a descrever uma curva e a entrar junto ao poste. Um belo lance de futebol. 2-0 aos 9' por Hèctor Herrera, na sequência de uma jogada que principia à entrada do meio campo dos insulares com Jesús Corona, na direita, a servir Héctor Herrera do lado contrário com o capitão portista a dominar e a rematar cruzado, forte e rasteiro, sem chance de defesa para Rui Silva: 3-0 aos 67' por Danilo Pereira, concluindo de cabeça junto à baliza uma jogada em que participaram Sérgio Oliveira e Jesùs Corona; 4-0 aos 85' por Aboubakar picando a bola sobre a cabeça de Rui Silva com  calma e muita técnica, mas o ponta de lança camaronês recebeu a bola em posição clara de fora de jogo.


              E de um jogo para outro o Futebol Clube do Porto apareceu renovado e diferente para (muito) melhor do que até agora tinha mostrado ser capaz de fazer desde que José Peseiro assumiu o comando da equipa. Partindo para um jogo com a imperiosa necessidade de vencer depois dos desaires anteriores e enfrentando um adversário com tradição em criar dificuldades quando joga no Dragão,  o treinador do FC do Porto arriscou em fazer alterações profundas no escalonamento dos jogadores mais utilizados, fazendo alinhar José Angel, Rúben Neves e André Silva, até aqui pouco utilizados, fez deslocar Danilo Pereira para a posição de defesa central, prescindindo de Miguel Layún, Aboubakar e Suk que fez sentar no banco de suplentes, não podendo contar com Yassime Brahimi a cumprir castigo por acumulação de cartões amarelos.

               O encontro principiou com a equipa portista praticamente a vencer com o excelente golo de Silvestre Varela logo aos 2' na primeira vez que se acercou da baliza de Rui Silva. Não se poderá dizer que o avanço no marcador não tivesse funcionado como um bom  tónico para o que se viu a seguir e praticamente durante toda a partida, com a equipa a jogar sem acusar ansiedade ou nervosismo praticando futebol de boa qualidade sendo capaz de criar jogadas com a bola a circular entre vários jogadores sem muitas perdas de bola ou passes errados. Sempre com o sentido de chegar à baliza contrária e manter no seu meio campo a equipa do experiente e ambicioso do seu  treinador  Manuel Machado, os dragões procuravam o golo com afã e determinação, criando lances que apenas não deram mais expressão numérica ao resultado final por mérito do seu guarda redes Rui Silva que evitou "golos cantados" aos 18', 33', 37' e 39' no período inicial do jogo, havendo que contabilizar em relação aos insulares boas situações de bater Iker Casillas aos 20', 25´e aos 35', esta resultante de um erro de Silvestre Varela. No retomar do jogo Corona andou perto do golo aos 50', André Silva aos 55' e aos 67', aos 83' por Hèctor Herrera que proporcionou a defesa da noite ao guarda redes da Madeira, para, aos 90' ser Jesùs Corona a facilitar-lhe a vida rematando contra ele uma boa situação para o bater.

               O FC  do Porto logrou uma conseguir uma exibição equilibrada em todo o tempo de jogo mantendo a partida viva de princípio ao fim perante um adversário que lutou bastante procurando contrariar a clara superioridade do seu adversário. Houve empenho, entrega e concentração no jogo por parte de todos os jogadores, que deram prova da vontade de mudar o rumo negativo dos últimos tempos.

               Com mais ou menos  exuberância nos pormenores, não encontro nenhum atleta com prestação negativa neste encontro. Iker Casillas resolveu bem duas situações mais difíceis, Maxi Pereira subiu de rendimento depois de um início mais apagado, Danilo Pereira muito bem a central, como Martins Indi. José Angel apareceu em forma e lidou muito bem na sua posição quase sempre lançado no ataque em colaboração com Silvestre Varela, a jogar quase sempre por dentro. O trio do meio campo funcionou em pleno com Hèctor Herrera a assumir as funções de maestro e Sérgio Oliveira e Rúben Neves muito ativos e assertivos nas posições e lançamentos de longa distância. Na frente, Jesùs Corona produziu lances de qualidade a par de um ou outro menos conseguido, mas foi o "quebra cabeças" para a defesa do Nacional. André Silva tinha sobre si as atenções do estádio e saiu-se bem no desempenho tendo entrado em lances que poderiam dar volume ao resultado final. Silvestre Varela, quase sempre a atuar em zonas interiores, logrou atingir excelente nível e durou mais tempo do que era habitual. Aboubakar integrou-se no ritmo e espírito do grupo, fazendo o gosto ao pé no chapéu a Rui Silva, mesmo que o lance fosse precedido de claro fora de jogo.

              Luís Ferreira considerou que Jesús Corona não foi derrubado dentro da área aos 36'. Pelas imagens, entendo que houve falta para a marcação de uma grande penalidade, mas concedo-lhe o benefício da dúvida. Houve erro na validação do lance que resultou no golo de Aboubakar. Contudo, aos 78' foi cortada indevidamente uma jogada por fora de jogo assinalado a Jesùs Corona que este poderia ter convertido em golo.

2 comentários:

  1. Fui só eu que vi, ou o golo de Aboubakar nunca poderá ser fora de jogo, porque a bola é endossada por um adversário?

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  2. Anónimo:

    Nas imagens que tive oportunidade de ver depois de ter feito esta crónica, designadamente as que ontem à noite passaram no Porto Canal, fiquei convencido de que efetivamente Aboubakar recebe a bola de um adversário pelo que o lance é perfeitamente legal. Já somos, pelo menos, dois.

    Remígio Costa

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