quinta-feira, novembro 05, 2015

ENGENHARIA LOPETEGUIANA ARRASA ISRAELITAS EM HAIFA.


LC: Maccabi Telavive-FC Porto, 1-3 (crónica)

Liga dos Campeões
Fase de grupos - 4ª jornada
Em Haifa, Israel, Sammy Ofer Stadiun
2015.11.04
Assistência: 30 000

         Maccabi Telavive, 1 - FC DO PORTO, 3
                                       (Ao intervalo: 0-1)

Árbitro: Sacosa Sidropoulos (Grécia)

FCP: Casillas, Maxi Pereira, Martins Indi, Iván Marcano, Layún, Rúben Neves (C), Danilo, Evandro (62' Héctor Herrera) Cristán Tello (76' Silvestre Varela), André André (89' Imbula) e Aboubakar.

GOLOS: Cristián Tello, 0-1, aos 19', 0-2, 49' André André, 0-3, aos 72' Layún e, 1-3, aos 74' (gp).

      O Futebol Clube do Porto alcançou em Haifa contra o Maccabi de Telavive, uma importante vitória que coloca a equipa num lugar privilegiado para a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões. Para além do resultado, a equipa treinada por Julen Lopetegui realizou uma exibição de grande qualidade dominando a equipa israelita em todos os parâmetros do jogo.

      Não tendo podido contar com Maicon, Brahimi e Dani Osvaldo lesionados, o treinador dos Dragões chamou à equipa Martins Indi para a defesa e  apostou em Evandro como elemento fundamental para a execução do plano de jogo que congeminou para vencer os israelitas, o qual, teoricamente, se baseava na colocação de quatro unidades no miolo dando a um deles -umas vezes a André André outras a Evandro consoante as incidências  da partida- a liberdade de se incorporarem nas jogadas ofensivas, o que se viria a confirmar com muito sucesso.

      Salvo em alguns períodos em que a equipa israelita esboçou tentativas de reação ao domínio completo do jogo dos azuis e brancos, a nossa equipa foi "dona e senhora" do relvado atuando com autoridade e confiança no triunfo. E se aos 15' Casillas resolveu (bem) uma situação perigosa na sequência de um canto, foi Cristián Tello que, aos 19' numa jogada pela esquerda a passe de André André abriu "a aula" com um golo de grande frieza de execução e qualidade. E, ainda no período inicial, começou aos 34' o bombardeamento de Aboubakar à baliza dos locais, ao atirar com estrondo um projétil ao poste na conclusão de uma brilhante jogada do ataque portista iniciada com uma abertura magistral de Danilo.

       Depois de uma excelente primeira parte as perspetivas para a segunda eram muito animadoras, mas ainda aumentaram quando, aos 48' Evandro cede a bola a Aboubakar que remata para o guarda redes do Maccabi brilhar. Um minuto depois aconteceu, quiçá, a mais espetacular jogada coletiva da equipa da Invicta Cidade do Porto: Maxi Perreira, em drible pela direita cede a Danilo Pereira, este devolve, Maxi centra e, André André, antecipando-se a um adversário bate de cabeça para a baliza sem piedade e sobe para 0-2 o marcador. Ai!, Casillas, que "sarilhas" ias arranjando, aos 55' numa reposição da bola com as mãos, què passa ombre que me matas com tamanha abébia! Vá, que aos 57' se redime parando um excelente remate para, em contra ataque muito rápido, o Porto chegar ao outro lado do relvado com Evandro a "perdoar" o golo porque não havia ninguém na baliza e o rapaz não aprecia golos fáceis. Bombom foi o golo do Layún, aos 72', 0-3 no placard; servido pelo catalão Tello, o mexicano que Lopetegui valorizou (está agora muito melhor do que quando chegou)  controla com o esquerdo e serve-se do direito para "amandar", a preceito, colocado com força e jeito e, já agora com todo o respeito. Bem feito!

         Ora bem, senhor "Tsipras"  Sidropoulos, explique-me lá tim-tim por tim-tim onde foi V. Exª encontrar uma falta que justifique a marcação de um penalti aos 74' a favor dos israelitas, para deixar na História o nome do Futebol Clube do Porto como primeira equipa a sofrer um golo do Maccabi Telavive nesta importante prova europeia. Intuiu? Intuiu? Não me diga que  tem o mesmo dom do Lucílio Baptista (com "p")? Que lástima, porque em 90'+1' o seu trabalho foi totalmente limpo.

          Cristián Tello, Layún e André André foram as estrelas da noite, até porque fizeram os golos da equipa. Porém, seria injusto não relevar o esforço do "mouro" de trabalho que foi (é) Aboubakar e os seus dois remates aos ferros e duas excelentes oportunidades goradas, Maxi Pereira e Martins Indi e, também Casillas, malgré o lapso acima descrito. O capitão Rúben nos passes traçados a régua e esquadro, a sentinela da defesa e, Danilo Pereira, que sobe de rendimento à medida que os outros descem no decorrer dos jogos. Dos utilizados, em substituição, pouco a dizer, para além da impressão de desânimo que me pareceu descortinar num Héctor Herrera em fim de linha...

           Quem mostra saber o que quer e para onde vai é o nosso treinador JULEN LOPETEGUI. A equipa melhora a cada jogo, os jogadores apresentam-se em bom nível para esta altura da época, faz escolhas acertadas para cada partida, mostra que estuda os adversários, valoriza os jogadores, vê "de cima" a comunicação social. Gosta do que faz, nota-se claramente. Está integrado, é dos nossos: é tripeiro por adoção.

      

       


                                

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