domingo, agosto 16, 2015

PORTO A SOMAR PONTOS PARA SER (TAMBÉM) O MELHOR DESTINO DE CAMPEÃO 2015/2016


"Tu vês um problema, eu vejo uma bênção"


Liga NOS
lª Jornada
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2015/2016


    F C do PORTO, 3 - VSC Guimarães, 0
                             (ao intercalo: 1-0)  
GOLOS: 1-0, aos 8' e 61', Aboubakar; aos 84' Varela

     O FCP alinhou com: Casillas, Maximiliano, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Danilo, Héctor Herrera (53' André André), Imbula (aos 54' Evandro), Varela (85', Brahimi), Aboubakar e Cristián Tello.

Árbitro:  Fábio Veríssimo (AF Leiria)


      Sem que se possa afirmar que o FC do Porto fez ontem no Dragão uma exibição brilhante, ficou para mim bem claro que a equipa de Julen Lopetegui tem agora mais e melhores potencialidades do que teve no passado. E, sendo que este foi o primeiro verdadeiro teste às suas capacidades no presente temporada, posso afirmar que aperfeiçoadas e melhoradas as qualidades pressupostas que evidenciou farão dela uma equipa poderosa e conquistadora sem comparação ao passado recente.

      Ao contrário de que poderá pensar quem não assistiu à partida, o Vitória não se submeteu desmotivada ao poderio do equipa da casa, porque, quem mandou e comandou o jogo em quase todo o encontro foi sempre, claramente, o FC do Porto., anulando algumas tentativas de reação do seu adversário pelo acerto da sua defesa, nos dois únicos momentos em que os vimaranenses esboçaram maior empenho: nos primeiros minutos do início do jogo e no princípio da seguindo. Todo o resto quem mandou e fez o brilho do jogo foram a equipa e os jogadores da casa.

       Sem entrar em pormenores do foro técnico que não domino, o que vi ontem no Dragão foi um FC do Porto coletivamente mais coeso, a pressionar o adversário nas perdas de bola, a meter mais jogadores mas jogadas de ataque e a não forçar o passe para uma referência fixa na área. Os remates sucederam-se na sequência das jogadas e quem melhor situado estivesse atirava à baliza sem constrangimento.


        Onde se notava menos acerto era no miolo onde Herrera e Imbula perdiam ou não bom seguimento às jogadas de ataque. O mexicano está claramente em forma menos boa e falho de forma inaceitável um passe de Aboubakar ao findar o primeiro tempo, onde o mais difícil foi falhar o toque que seria o segundo.

          Julen corrigiu na segunda parte o que não viu fazer bem na primeira e fez entrar André André para o lugar de Herrera e depois Evandro substituíu Imbula. Ou porque o Vitória tivesse dado mais espaço ou porque o F C do Porto o criou, o nível da exibição melhorou e mais oportunidades foram criadas para arredondar a conta.

          Em termos exibicionais foi Aboubakar a estrela mais brilhante da partida. Pelos dois golos, certamente, mas mais pelo trabalho, pela garra, pelo desdobramento à direita, à esquerda, atrás, em todo o lado. Depois Silvestre Varela, muito mais produtivo agora do que no passado, premiado com um belo golo obtido numa jogada muito bem conseguida, com a participação valioso de Maximiliano. Alex Sandro, muito ativo. Maximiliano, com algumas dificuldades quando obrigado a competir em velocidade, valeu-se da experiência para mostrar bom trabalho. Casillas, Maicon e Marcano, muito seguros. Tello melhorou neste jogo mas consegue fazer melhor. Dos médios, Danilo e depois André André, tiveram trabalho valioso e Evandro merece mais tempo de jogo porque é, de facto, muito bom jogador. Imbula não deslumbrou (sem desiludir...) e Héctor Herrera já disse atrás o que penso sobre o seu atual momento.

            Ainda não vi este ano nenhuma equipa portuguesa tão forte em valores individuais e a praticar futebol tão bom como o FC do Porto. É óbvio que tudo ainda mal principiou mas o que é bom toda a gente vê e não precisa que lhe digam duas vezes que assim é. Temos jogadores, temos equipa, temos adeptos confiantes, temos treinador do melhor que há atualmente em Portugal.

            Fábio Veríssimo não teve vida complicada porque não houve incidentes em toda a partida difíceis de resolver. Mas foi notório que é ainda um principiante vindo de escalões menores e prevejo-lhe vida difícil em jogos mais quezilentos.


Remígio Costa

          


      


       

 

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