domingo, agosto 30, 2015

PRAIA GRANDE INCOMODA O DRAGÃO




Liga NOS
Estádio do Dragão, Porto
3ª Jornada
2015.08.29 - 18:30H
Espectadores; 40 609

                   FC do PORTO, 2 - Estoril Praia, 0
                               (Ao intervalo: 1-0)

GOLOS: 1-0, por Aboubakar, aos 6' e 2-0, aos 62', por Maicon, de livre direto. 

Árbitro: Duarte Gomes (AFL)




 FCP: Casillas, Maximiliano, Maicon, Marcano, Martins Indi, Danilo, Imbula (Héctor  Herrera, aos 53'), Brahimi, Varela, 40', André André), Aboubakar (Osvaldo, aos 70') e Cristán Tello.


                                                        Julen Lopetegui

           A saída de Cissokho da equipa era esperada depois do mau trabalho que teve na Madeira contra o Marítimo mas se Julen Lopetegui usar o mesmo critério no futuro, Imbula não virá a ser titular tão depressa quanto ele. Com efeito o médio vindo do Marselha a custo de 20 milhões de euros, deve ter tido a bola  nos pés umas quinze ou vinte vezes e nem UMA ÚNICA VEZ o fez para a frente entregando-a sempre com um único toque e UNICAMENTE para trás! Isto pode ser comprovado por quem puder ver a repetição do jogo. Tal evidência poderá ter causado o mau jogo ontem produzido pela equipa e o falhanço quase completo do treinador ao alterar a habitual posição de Brahimi (  colocando-o numa posição de médio ofensivo, porque quando o argelino se integrava com a bola e chegava à frente (e fê-lo bem e muitas vezes), abria-se a meio campo um clareira que o Estoril logo explorava em conta-ataques bem delineados e bastante perigosos. Não fora Danilo (este sim, a mostrar valor acima da média)  e o bom desempenho da defesa, sobretudo Marcano e Casillas e o Estoril Praia teria causado grandes estragos ontem no Dragão, sobretudo no primeiro período de jogo.



         Lopetegui, fosse pela reação de desagrado dos quarenta mil presentes no estádio ou porque também não via cumprido o que teria planeado, fez sair substituir Varela por André André e o Porto ficou mais equilibrado. Mas o Estoril continuava a jogar com Imbula e, com Gerso endiabrado na flanco esquerdo, era a melhor equipa sobre o relvado. E só não se adiantou no marcador porque Casillas é grande!


         Para o substituir por Héctor Herrera aos 55' não entendi porque Julen Lopetegui não deixou Imbula no balneário ao intervalo. Se não erro, foi no recomeço que o francês fez o único passe para diante que me pareceu ter visto. Herrera poderá não estar ainda no seu melhor mas o meio campo ficou mais homogéneo e permitiu que André André fosse mais vezes à frente. Sem ainda lograr jogar muito bem, o FC do Porto melhorou também porque os estorilistas pareceram ter perdido frescura e com isso o acerto inicial.

          Entretanto, Cristián Tello deixou de dar seguimento aos lançamentos que lhe dirigiam por, julgo eu, quebra física ou ação eficaz do seu marcador. Perdeu quase todos os lances em velocidade que tentou e o público não perdoava, impaciente com a diferença mínima. O golo de livre direto muito bem marcado por Maicon tranquilizou mas os espectadores já não disfarçavam a sua insatisfação pela exibição global da equipa. Osvaldo entrou aos 70' saindo Aboubakar desgastado pelo trabalho que faz, mas não mostrou categoria que garanta ser no futuro o substituo à altura do camaronês.

           Em síntese, a exibição coletiva da equipa não foi a que eu esperava.Um observador imparcial diria, até, que o Estoril Praia esteve melhor coletivamente do que o FC do Porto, praticando um futebol apoiado, defendendo com muitos jogadores e partindo em bloco para o ataque ou em lançamentos para a esquerda onde o pequeno Gerso deu show de bola, até Maximiliano acertar na marcação vindo a anulá-lo completamente.

          Julen Lopetegui apresentou a equipa com um plano (finalmente!) que parecia acertado. Brahimi deu outra movimentação ao ataque, cada jogada que encetava levava perigo e "deu" o golo a Aboubakar. Mas já referi acima a razão do quase fracasso do sistema escolhido. Quando Brahimi regressou à posição onde vem sendo utilizado depois de entrar Herrera, não deixou de ser o elemento mais perigoso para o Estoril e o futebol da equipa subiu bastante.



          Tive oportunidade de ver o jogo no estádio quase lotado, num lugar que me permitia uma visão excelente. Não melhorou o otimismo que alimentava desde o começo da época, em relação ao que vi ontem, antes pelo contrário. Esmoreceu a minha confiança na direção técnica e começo a duvidar do futuro airoso que previa depois de um ano sem êxitos. Não sou dos que alinho pelas convicções das massas; procuro consolidar as minhas opiniões com tempo e observações próprias mas começam a faltar-me argumentos para continuar a manter a confiança nas melhores capacidades do principal responsável da equipa.



         Não faço distinção de valores individuais porque já deixei atrás expressas indicações sobre os que, neste jogo, não estiveram à altura de vestir a camisola do Futebol Clube do Porto.

         Duarte Gomes é lisbonense antiportista, arbitra mal quando uma das equipa  é o do FC do Porto, sendo exemplos o cartão amarelo dado a Maximiliano na sua primeira falta e com escasso tempo de jogo deixando de marcar depois outras idênticas a jogadores do Estoril, não quis considerar penalti um desvio da bola com a mão e usou dois pesos e duas medidas no julgamento das faltas. Há ainda um golo anulado, mas não vi completamente o lance para emitir opinião séria. Alguma dúvida? 



Fotos: Dragão, Sempre!
Remígio Costa.

            

1 comentário:

  1. Amigo :

    ..."mas começam a faltar-me argumentos para continuar a manter a confiança nas melhores capacidades do principal responsável da equipa."...

    De futebol (tácticas, estratégias ,sistemas) percebo nada ou quase nada .
    Mas sei que o n/ Presidente não escolheu Lopetegui à toa . Enganou-se ?

    Abraço

    ResponderEliminar