domingo, maio 03, 2015

ARES DE SETÚBAL BONS PARA A SAÚDE DO DRAGÃO.

Miguel Pedro: «A primeira parte não foi boa»
(Maisfutebol)

Liga NOS
Estádio dos Arcos, em Setúbal
2015.05.03

                Vitória de Setúbal, 0 - FC DO PORTO, 2
                                  (Ao intervalo: 0-1)

GOLOS: Brahimi, aos 15' e Jackson Martínez, aos 90+1'

FCP: Helton, Ricardo Pereira, Maicon, Marcano (Martins Indi, aos 24´), Alex Sandro, Casemiro, Héctor Herrera, Óliver Torres, Ricardo Quaresma (aos 66', Evandro), Jackson Martínez e Brahimi (aos 80', Hernâni.
Treinador: Julen LOPETEGUI

Árbitro: Marco Ferreira


              Vai para 35 anos que o FC do Porto ganha em Setúbal somando quinze vitórias consecutivas. É caso para afirmar que o ar de Setúbal faz bem ao Dragão.

              A primeira parte foi quase sempre jogada com nove jogadores da equipa de Julen LOPETEGUI na metade do relvado da formação de Bruno Ribeiro, o que faz pressupor que o resultado ao intervalo estava longe de se ajustar à realidade do jogo. O golo de Brahimi conseguido aos 15' foi o corolário natural do massacre a que os setubalenses foram submetidos. O argelino viria a ser derrubado pouco depois dentro da área mas Marco Ferreira não teve coragem para apontar para a marca de grande penalidade.

             O FC do Porto deixou no balneário a inspiração do primeiro período, abrandou o ritmo e o Setúbal, mais afoito, tornou-se ainda mais agressivo e com melhor futebol, conseguiu dar um ar de equilíbrio, mas apenas por uma vez conseguiu incomodar seriamente Helton que, com muita classe, desviou o remate mal intencionado para canto. LOPETEGUI, mexeu bem no jogo, fazendo entrar Evandro e tirado Quaresma e, depois, chamando ao relvado o rápido Hernâni, tirou Brahimi, desgastado. Entretanto, já Marcano tinha abandonado o relvado aos 24' por lesão, entrando Martins Indi. A melhoria viria a dar frutos já com o jogo a expirar, quando Jackson Martínez recuperou a liderança na tabela dos melhores marcadores da Liga, apontando o segundo golo que deu justiça ao marcador e premiou a excelente execução individual do ponta de lança colombiano.

             Dois lances dentro da grande área, um para cada lado, nos quais a bola foi de encontro aos braços dos jogadores, foram bem julgados pelo árbitro Marco Ferreira. Nenhum dos lances foi passível de marcação de grande penalidade porque nem o jogador do Porto nem o de Setúbal fizeram qualquer gesto intencional. Aliás, não houve qualquer falta que justificasse a marcação do,livre de que os setubalenses beneficiaram e que esteve na origem do remate que embateu no braço do jogador portista. Fora os três casos apontados, foi sempre mais fácil a Marco Ferreira fechar os olhos à rudeza das entradas dos setubalenses aos jogadores do FC do Porto, em especial no primeiro tempo, do que os ter bem abertos quanto às inventadas para punir os jogadores de Julen LOPETEGUI.

            De assinalar que os setubalenses fizeram um jogo digno para obter o melhor resultado possível e Bruno Ribeiro não fez nem recebeu críticas desfavoráveis à tática escolhida para defrontar o conjunto de Julen LOPETEGUI.

           A defesa, incluindo Helton,  teve bom comportamento global e o zero-zero é sintomático. No miolo foi Casemiro que mais lutou e se viu, mas Óliver e Herrera, como depois Evandro, atingiram bom plano. Tal como Brahimi e Jackson Martínez. Hernâni mexeu com o ataque e obrigou a defesa da casa a conter-se. Ricardo Quaresma não esteve numa noite "das suas".

            

               

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