segunda-feira, agosto 04, 2014

UM GRANDE PRÉDIO EM CONSTUÇÃO.




                      Apenas tive ocasião de ver o jogo de preparação ontem realizado entre o Everton e o FC do Porto, na Inglaterra, que terminou com o empate a um golo, em diferido, já noite dentro. Em síntese, posso dizer pelo que me foi dado ver, que começa a desenhar-se um "Porto novo" com substância para crescer e tornar-se forte. Comparando o que tenho vindo a ver, a equipa treinada pelo espanhol Julen Lopetegui faz lembrar uma estrutura de uma grande construção com vários andares já revestidos com tijolos mas ainda sem reboco e com as vigas à vista, mas que já dá uma ideia do que poderá vir a ser quando terminada.

                      Ontem, ainda não deu para tirar ilações sobre quais os jogadores escolhidos por Lopetegui para titular cada um dos postos do conjunto. Em princípio, alguns deles manterão a prioridade (não a titularidade....) que vem dos anos que levam a jogar nas suas posições, casos de Danilo, a subir de rendimento a cada jogo,  Maicon (?), Alex Sandro, Herrera, Quaresma e, finalmente, Jackson Mártinez. Porém a concorrência é muito forte e a luta vai ser tremenda: na baliza, na defesa, na linha média e nos avançados, com a entrada de jogadores que já deram indicações de que não chegaram ao Porto para conhecer a Torre dos Clérigos, a Ribeira ou para cruzeiros Douro acima, ou comer peixe fresco em Matosinhos. Ricardo, Indi, Rúben Neves, Casemiro, Brhaim, Tello, Adriano, e outros cujos nomes ainda não memorizei, estão ai com ambição e valor para se firmarem nas primeiras opções do técnico. Que se apurem, pois, "os veteranos" porque a luta não será para imberbes.

                      Há mudanças profundas no padrão de jogo do FC do Porto. A defesa procura aproximar-se da linha de meio campo, os avançados fazem pressão nas imediações da área do adversário. A bola circula rápida, em passes verticais muitas vezes, já não se notam posições mais ou menos estáticas no relvado, tudo mexe para a frente ou recua como se fosse uma concertina. Faltam, naturalmente rotinas, entrosamento, conhecimento recíproco, muitos pormenores que acabam por ser decisivos. E remate, mais capacidade de fogo, porque de pontapés à baliza é que se fazem os golos e as vitórias.

                     Contra o Everton foram duas partes bastante distintas. A primeira com mais posse, a segunda mais prática e objectiva. A equipa anda à procura do élan, da afinação, e dos melhores intérpretes para o conseguir. Vai lá, quando Lopetegui se decidir pelos melhores neste momento.

                     Nota negra para o lance que permitiu ao Everton abrir o marcador. Não "poderia" ter acontecido. Nota máxima para a jogada do empate: venham mais assim, e eu irei rir muito!

1 comentário:

  1. Os engenheiros e arquitectos, o mestre e a matéria prima são de boa qualidade, acredito num prédio magnífico.

    Abraço e bom fim-de-semana.

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