terça-feira, agosto 19, 2014

A PROPÓSITO DO FC DO PORTO E DUAS ACHEGAS SOBRE OUTROS JOGOS.

         




        Aconteceu ter estado no Dragão a ver o jogo inaugural contra o Marítimo ao lado de um cidadão que vim a saber ser francês da região da Bretanha e ter casado com uma portuguesa natural dos Arcos de Valdevez. Ao seu lado, um filhote com a aparência de ter sete ou oito anos de idade.

         Munido de uma publicação editada pelo O Jogo distribuída gratuitamente à entrada do estádio, onde constavam as fotografias dos jogadores, tentavam ambos identificá-los quando já estavam a jogar e, ao mesmo tempo, olhava o pai para o caderno onde eu tinha tomado nota dos respectivos números. Levou pouco tempo em que ele, num português bem melhor do que o meu francês, iniciasse o diálogo possível não só sobre o jogo a que assistíamos como ao futebol francês e, em particular, sobre o Lille que será o próximo adversário, e outros assuntos de carácter mais geral, como por exemplo, onde melhor se comia o bom leitão em Portugal.

       O simpático cidadão do país de Vítor Hugo começou a interessar-se pelo FC do Porto e a vir todos os anos a Portugal desde o casamento com a portuguesa minhota, vai para sete anos. Estava bem identificado já com a fama do nosso clube de que se tornou fã e mostrou ser bom conhecedor dos clubes e do campeonato do seu país. Falou naturalmente do Lille e confirmou o que por cá se tem comentado sobre a forma como jogam. Mas garantiu-me que o FC do Porto é melhor e deverá vencer os franceses, porque, não tem dúvidas, é melhor equipa e possui melhores jogadores. Lamentou não poder ver nenhum dos jogos porque  regressa à França apenas na próxima sexta-feira e o encontro é na quarta e já não estará no Porto no jogo da segunda volta.

        Ah! Garanto que estranhou, talvez ainda mais do que eu,  os assobios que se ouviram perto do fim do jogo. Não fez nenhum comentário. Quem sabe alguma coisa de futebol não mede a categoria das equipas apenas pelas vitórias com muitos golos. Só o faz quem vai para o estádio mostrar a camisola pequena para a barriga grande que a cobre...




       
       Duas breves referências aos jogos Académica-Sporting e Benfica-Paços de Ferreira. 

       Em Coimbra os leões entraram muito bem no jogo e cheguei a admitir que os estudantes sairiam do embate com um saco de golos depois de sofrerem o primeiro. Porém, aos poucos, a Académica desinibiu-se, equilibrou mais o campo e o Sporting sentiu que as coisas não seriam assim tão fáceis quanto pareciam. Depressa me apercebi que a equipa não jogava com a confiança do ano passado e Wiliam de Carvalho, nervoso, comete duas faltas passíveis de cartão amarelo e é expulso sem margem para protestos. Na segunda parte a Académica foi dona e senhora do encontro, foi muito superior aos leões e obteve um empate justíssimo e sem mácula. E não se queixe o Sporting de que o desaire se deve exclusivamente ao facto de terem jogado, não "contra tudo e todos" como afirmou no maior despropósito Adrian, tanto mais que Artur Soares Dias "decidiu" que um corte com o braço do defesa sportinguista dentro da área maior do que os que Passos Coelho usa nos rendimentos dos portugueses fosse considerado normal! Veremos, veremos, que isto se  for o que eu penso vir a acontecer noutros jogos sobre julgamentos de faltas com a mão dentro da área, vai ser "o bom e o bonito".

      Não me interessou ver o jogo no estádio da Luz, mas abri o computador para saber o resultado ao intervalo. Vi, em repetição, a defesa de Artur no penalti. Muito bem. Se também aqui as regras foram alargadas, em vez dos três passos para a frente que o guarda-redes do Benfica deu para defender o mau pontapé de Manuel José, ainda vamos assistir a uma defesa do guarda-redes aos pés do marcador quando ele se preparar para apontar o penalti ser considerada válida. Curiosamente, não li nem ouvi nenhuma referência à anomalia que, a mim, me pareceu existir, basta recuperar o lance e estar atento.

      Tudo normal.

1 comentário:

  1. Interessante esse conhecimento da dimensão que o F C Porto está a ganhar por todo o lado. Enquanto por cá há os tais assobiadores, normalmente entre gente que pouco conhece de futebol, apenas quer ver golos e são contra tudo, quantas vezes sem eles próprios saberem bem porquê. Enfim.

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