segunda-feira, janeiro 27, 2014

TEMPO ÚTIL DE JOGO E AS COMPENSAÇÕES PELO TEMPO PERDIDO.

      

  Em jogo jogado, o FC Porto - Marítimo foi uma sensaboria. Não fosse a surpreendente inversão dos números do marcador para o que é habitual acontecer no Dragão, só mesmo a curiosidade  em conhecer como "aquilo" iria terminar poderia manter à frente da TV um consumidor de futebol que não fosse um indefectível apoiante do FC Porto; nem a importância da competição -a terceira na escala das provas do calendário desportivo nacional- nem o valor da equipa de segunda linha, para mais sem alguns dos seus habituais componentes e já sem reais possibilidades de prosseguir para as meias-finais e que veio da Madeira até ao Porto para cumprir o calendário, continham aliciantes que o justificasse.

      A pecha mais degradante para o futebol que se verifica amiúde em jogos desta natureza, é a das interrupções que se verificam por simulações de lesões a que recorrem os jogadores da equipa em vantagem no marcador para diminuir o tempo útil de jogo, quebrar a reacção da equipa adversária à desvantagem, enervá-la e roubar-lhe discernimento; servem-se de tudo: reposições de bola ao relanti, distracção do local onde a ela deve ser reposta para o árbitro corrigir, demora na formação de barreira, etc.. mas é nas pretensas lesões onde a mentira mais rende: são os guarda-redes que se "aleijam" misteriosamente e requerem os cuidados médicos apenas quando estão em vantagem, às vezes mais do que uma vez num jogo, os jogadores que rebolam no chão estando fora da linha para dentro do campo a reclamar assistência, são as bolas jogadas para fora quando algum deles se estende no chão como se morto estivesse e logo se levanta, só para interromper a partida.

       É uma "escola" do futebol português que não se vê nos países onde há profissionalismo e fair-play, que os nossos árbitros toleram e não punem (compensem) como deviam.



O Jogo

O Jogo

      No Porto-Marítimo, e falo de memória, houve pelo menos duas demoradas interrupções para assistência ao guarda-redes dos visitantes; outras tantas para socorrer dois jogadores de campo deitados no relvado, um dos quais, estando para além da linha lateral rebolou para dentro do relvado para que o jogo tivesse que ser  interrompido; a marcação de livres foi sempre precedida de forte meditação do executante como se estivesse a evocar a assistência divina. Foram efectuadas as seis substituições regulamentares. A quando da marcação da grande penalidade gastaram-se à vontade 2 minutos de tempo.A bola terá rolado, em tempo útil de jogo, 35/40 por cento.

      O sr. Manuel Mota concedeu, no final do jogo, 4 (QUATRO) minutos de compensação. É bife!!!

      Nem dei conta da hora exacta a que se iniciou a partida e soube do que se passava em Penafiel pela informação que ia sendo dada na TV. Nem me preocupei em saber que, nesse jogo, o árbitro deu 3 ou 15' de compensação. Fiquei, isso sim, revoltado porque no Dragão o jogo jogado requeria muito mais tempo do que foi concedido, pouco relevando que a partida se tivesse prolongado muito para além do momento em que, em Penafiel, ela tivesse sido dada por terminada com o resultado de 1-3, podendo acontecer que, nesta diferença de tempo, o Futebol Clube do Porto tivesse marcado os golos necessário para prosseguir na prova.

     Tudo o mais é "conversa mole para boi dormir", "seu" Grunho.

      

3 comentários:

  1. essas reclamçoes so em Portugal, sou benfiquista mas detesto desculpas D P

    ResponderEliminar
  2. Amigo :

    ..."O sr. Manuel Mota concedeu, no final do jogo, 4 (QUATRO) minutos de compensação. É bife!!! "...

    Olha se o homem desse o tempo justo perdido ... mais de 10 minutos ... então ,
    se já é , ia ser muito mais lindo !

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. O que é extraordinário, meu caro, é que na Inglaterra, país onde não há artistas a queimarem tempo e já vi muitíssimos jogos, o tempo de desconto é quase sempre de 4, 5, 6 minutos. Aqui virou moda, 3 e quando muito, 4 minutos.
    Mas ainda bem que o MMota só deu 4. Mesmo assim elels esticaram para 95, como se interrupção para ser marcado o penalty, contasse para o tempo real.
    Haja pachorra!

    Abraço

    ResponderEliminar