quinta-feira, janeiro 16, 2014

TAÇA DA LIGA. FCPORTO, 4 - Penafiel, 0 - DESTA VEZ MOLHARAM A CAMISOLA...

                                  
O Jogo   
RICARDO QUARESMA,  o Aladino Azul.


Taça da Liga
2ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto
2014.01.15
Espectadores: 12 507  

                                           FC PORTO, 4 - Penafiel, 0

                     Uma derrota contra o Benfica nas condições em que aconteceu no último jogo para a I Liga leva tempo a digerir pelo que não causou estranheza que as bancadas do Dragão ontem noite estivessem bastante despidas de adeptos portista, tanto mais que nem o adversário ou as previstas alterações na formação da equipa constituíam atractivos que encorajassem os mais afoitos a enfrentar o temporal que se abateu sobre o Porto. A hora e o dia de trabalho em que a partida se realizou também terão afastado muitos da possibilidade de assistir ao jogo.

                     Como era de prever a equipa do FC Porto foi formada inicialmente com jogadores menos utilizados na equipa principal, sendo um princípio recorrente dos treinadores que visa premiar e/ou dar ritmo a jogadores "de banco" ou colher experiências com vista a aplicar em esquemas futuros. Por isso, as apreciações que se pretendam fazer sobre a exibição global da equipa são pouco relevantes e as análises ganham interesse principalmente em relação aos desempenhos individuais. Neste capítulo, entra também (e especialmente), Ricardo Quaresma em razão das expectativas geradas em relação ao seu regresso ao Clube que lhe abriu as portas da fama (e do proveito).

                     Alinharam inicialmente, Fabiano, Ricardo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Defour, Fernando (cap), Josué, Kelvin, Ghilas e Ricardo Quaresma. Varela em Jackson entraram na segunda parte para os lugares de Kelvin e Quaresma e, aos 73', Defour deixou o lugar para entrar Carlos Eduardo.

                    Como era suposto o FC Porto assumiu o controle da partida desde o seu começo assumindo a esperada toada atacante e a maior posse de bola. Tal como frequentemente acontece com a equipa principal, também se repetem nesta  situações menos conseguidas, a saber: duplicação de passes que atrasam o rápido desenvolvimento das jogadas de ataque, alguns passes mal medidos, e as inconcebíveis ENTREGAS DE BOLA aos adversários! Só na primeira parte anotei SEIS, e não estou a falar de cortes dos defesas contrários nem de passes mal medidos que se perderam! Estou a referir-me a passes aos jogadores contrários!.

                   Ricardo Quaresma aproveitou o jogo para aprimorar a sua forma. É, efectivamente, um jogador diferente. A classe continua nele, sublimada, consciente. O golo que obteve aos 11' é delicioso, simples, pincelado, instintivo, de génio. Vem, Ricardo, depressa!

                  Ricardo Pereira parece talhado a fazer carreira na defesa, à  direita. Que bom, haver uma (excelente) alternativa a Danilo; Fabiano, deixa-me descansado quanto à sucessão a Helton; Defour continua mergulhado no nojo da perda da titularidade, e só falta vê-lo a limpar as lágrimas à camisola. Dêem-lhe acompanhamento psicológico que o belga renasce. Aquela falha no remate para o golo cantado, diz tudo. Levanta-te, pá! E luta, caramba. Tu consegues mas não será refugiando-te na hipocondria do desânimo.

Josué, pois é. Tem futebol, este rebelde estúpido. Mas deve discipliná-lo para se tornar alguém. Sabe tratar a bola, luta, é generoso, sentido de equipa e passe longo e remate de longa distância bastante violento. Mas fá-lo fora de tempo, não calibra a força do passe e não resiste a provocar o adversário no despique individual com gestos e atitudes que lhe hão-de complicar a vida. Os árbitros já o têm debaixo de olho e o rótulo de conflituoso nato está aqui tem-no na testa. Burro, emenda-te e serás jogador.

                 O Penafiel não se adoptou uma atitude antipática de anti-jogo de que muitos treinadores da primeira Liga não abdicam quando jogam no Dragão. Procurou sempre partir para o meio campo da nossa equipa e pelo menos em duas ou três ocasiões só não chegou ao golo por ineficácia dos rematadores. Deixou muito boa impressão e, sem dúvida, merecia ter marcado.

                Num relvado encharcado como chegou a estar o do Estádio Mais Belo da Europa ontem à noite, Duarte Gomes só poderia ter feito "uma arbitragem à portuguesa"


                Golos: 11, Ricardo Quaresma, de costas para a baliza, recebendo da direita um passe de Josué já dentro da área, "disse" à bola com o pensamento o que ela teria a fazer para desenhar uma elipse que passasse por cima do guarda-redes. Ele seguiu mansinha, elegante, feliz e ficou enleada na rede como um passarinho. Jackson, aos 60', concluindo um passe de letra de Ghilas, de pé esquerdo. Repete o colombiano, de cabeça, aos 74', agora na sequência de canto apontado por Josué. Varela, fecha o resultado aos 77', pondo fim a uma baralhada dentro da área do Penfiel (em fora de jogo?).

               Embora eu preferisse dizer isto em relação à nossa "primeira" equipa, não tenho que fazer reparo em relação à entrega dos jogadores. Esforçaram-se, sim senhor! Repararam nas camisolas ensopadas com que terminaram o jogo? Nem uma linha tinham enxuta!
                 
                    
                    

2 comentários:

  1. Amigo :
    ..."DESTA VEZ MOLHARAM A CAMISOLA "...

    Pudera , chovia que se fartava ! ,,,

    Abraço

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  2. E foram obrigados a correr mais, a bola ficava presa e era preciso dar ao litro.

    Amanhã veremos como vai ser. Depois daquele voto de confiança e manifestação de apoio.

    Abraço

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