quarta-feira, maio 15, 2013

O BENFICA E O ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU.

    

              Sou incapaz de compreender como é possível, sendo-se adepto convicto e militante de um clube durante uma vida, tendo sofrido na alma os momentos difíceis dos insucessos e exultado com os triunfos dos  feitos gloriosos e assumido como suas as injustiças, perseguições, campanhas caluniosas, invejas e complexos de superioridade de uma grandeza a cheirar a mofo incapaz de reconhecer a superioridade alheia, fechar num cofre  o passado e suspender por momentos que sejam toda a antipatia e ressentimento gerados ao longo dos tempos, para passar a festejar ou sofrer por um clube rival, mesmo que pontualmente como hoje.

            Há coisas que, por mais boa vontade e espírito de tolerância que um crente possua, dificilmente tolera e esquece. Tal como o gosto de  uma colher de óleo de fígado de bacalhau que provei na infância e de cujo sabor ainda hoje não me esqueci, nunca mais repetindo a dose, também não sou capaz de apoiar o Benfica em qualquer circunstância.

            E não me venham com a treta de que em jogos internacionais todos temos obrigação de "torcer" pelas equipas portuguesas. Não alinho em imposturices. Nem o Benfica tem mandado dos adeptos dos clubes nacionais para os representar no estrangeiro nem sequer tem mais portugueses no plantel do que o Chelsea para merecer a preferência distinta.

            Óleo de fígado de bacalhau, ja mé.

             
            

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