8ºs. Final
Estádiod AXA, em Braga
2012.11.30

Sporting de Braga, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
(ao intervalo: 0-1) - Golo de Mangala, aos 12')
Esta eliminatória da Taça de Portugal foi toda ela um acto de coragem que não foi compensado como merecia, e determinou o afastamento do Futebol Clube do Porto da conquista da segunda prova mais importante do futebol português.
Apesar de saber que teria de voltar a vencer no seu próprio estádio uma equipa que é, nesta altura, a segunda melhor do futebol português a viver um momento de resultados negativos e com imperiosa necessidade de continuar na disputa desta prova que ambiciona conquistar, Vítor Pereira foi de peito aberto para a luta chamando oito jogadores menos assíduos na equipa como titulares. Não obstante, ninguém diria, ao ver esta equipa jogar com tanta garra, empenho na luta e pelo futebol que praticava, que não fosse capaz de superar o seu categorizado oponente.
O Futebol Clube do Porto chegou ao golo logo aos 13', premiando a sua melhor organização que se manteve até à altura em que Castro foi expulso pela acumulação de cartão amarelo; depois da saída do médio Fernando, substituído por Danilo, o Braga cresceu e começou a pegar no comando da partida, com resultados no marcador depois da expulsão do médio Castro. Num momento de incrível displicência de Danilo, em má hora chamado ao jogo, que não pode deixar de ter consequências para um jogador com as suas responsabilidades, pago a peso de ouro, o Braga recebeu por baixo de mão um prémio justo. Quando, Éder, 5' minutos após a "traição" do Danilo, fez o 2-1, já só o coração portista acreditava que não tinha acabado ali a carreira invicta deste ano nas provas oficiais da equipa bi-campeã nacional.
O Sporting de Braga voltou a mostrar que tem uma excelente equipa e pratica um futebol de muita categoria, mesmo que alguns jogadores não possam esconder algum abaixamento de forma. Fez muito por vencer este jogo, que lhe restitui o estatuto de uma excelente equipa que tem vindo a consolidar de há anos a esta parte.
Dez amarelos e um vermelho, 28 faltas sofridas é coisa de surpreender numa equipa que, na Liga Zon Sagres e na Liga dos Campeões, tem uma folha absolutamente normal em termos disciplinares. A anormalidade, esteve em quem dirigiu a partida. Há jogos onde um simples robot poderia substituir com vantagem um árbitro a quem "encaixaram" na cabeça um programa no lugar onde deveria estar um cérebro.
Otamendi, à frente de Mangala e Abdolaye, Castro, Défour e James, logo a seguir, levaram vantagem exibicional relativamente aos demais, excluindo destes Kléber, o qual só a eles se igualou na luta.
Danilo, tem que assumir ter sido o causador da equipa não ter alcançado o prémio que os seus colegas mereciam.