ESPANTO PORQUÊ SE ATÉ PORCOS ANDAM DE BICILETA!

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               Esta é uma contratação que nenhum adepto do Futebol Clube do Porto poderia esperar. Para mim, ver Maxi Pereira de camisola azul e branca vestida não será causa de menos espanto do que a da tal cena do porco a pedalar em cima da bicicleta. No entanto, a transferência está consumada e se, uma vez, quando ainda criança, me enfiaram pela goela abaixo uma colher de óleo de fígado de bacalhau de que, passados já tantos anos, ainda lhe sinto o gosto, também penso ser capaz de sobreviver a uma dose adulta como esta.

               Fora as condições económicas acordadas que não faço a mínima ideia quais sejam, podendo eu apenas presumir que os valores serão os ajustados à idade e valor do atleta, a contratação tornava-se imperiosa atendendo a que,  com a saída de Danilo para o Real Madrid o lugar de defesa direito não tinha ocupante e teria de ser preenchido. E, se o M. Pereira jamais se assemelhe ao brasileiro item a item, tem  características adequadas para desempenhar o mesmo lugar sem comprometer. Tem experiência da posição, impetuosidade que agora terá que controlar porque a camisola é diferente, capacidade de luta, é internacional da seleção do seu país, conhece por dentro o maior rival do Dragão e vai ter pela frente um não pequeno desafio de inverter a seu favor a enorme animosidade que os seguidores do FC do Porto nunca esconderam contra ele, inclusive a minha, o que o forçará a aplicar-se em cada jogo como se fosse o último da sua vida e a errar o menos possível. Reconheço, por isso, que sob o ponto de vista dos interesses desportivos da equipa é uma contratação (bem) justificada.

             Mal posso esperar por conhecer as reações daqueles que deliravam com as atuações do Maxi Pereira no seu anterior clube. Não as dos adeptos porque essas são previsíveis e irresponsáveis e quase sempre destituídas de censo. Eu fico em pulgas por conhecer, sim,  agora as  críticas dos comentadores "oficiais", dos jornais do feudo alfacinha e dos canais públicos, quanto à "maneira própria" de atuar do simpático rapaz do sinal no lábio superior que deixou a catedral de Dona Victória porque até nem Jesus já lá quis morar...