domingo, abril 28, 2013

VITÓRIA, VITÓRIA, CONTINUA A HISTÓRIA.


 


Lucho apontou o primeiro golo do FC Porto (Público)
         Liga Zon Sagres
            Estádio do Dragão, Porto, Portugal.
            2013.04.27


                               FC PORTO, 2 - Vitória de Setúbal, 0

            MARCADORES: Lucho, aos 64' e Défour, aos 87'.

                                      O filme já começa a cansar de tantas vezes que está a ser repetido nos jogos realizados no Dragão. Seja qual for o adversário, a importância do jogo, os treinadores que as orientam e competição a que respeitam, é rara a equipa que arrisca jogar olhos nos olhos com o Futebol Clube do Porto. Não foi de forma diferente a postura da equipa treinada por José Mota no jogo de ontem à noite, a qual se postou durante mais de uma hora praticamente em meio espaço das quatro linhas, sem vergonha de concentrar os onze componentes da resistência no interior da grande área!

                                      Apesar do domínio do jogo em todos os capítulos (chegou aos 82% a posse de bola dos DragÕes!!), o FC Porto só chegou ao golo aos 64', já depois de James ter desperdiçado uma excelente oportunidade ao permitir que Kiesek defendesse um grande penalidade. Até esse momento, não faltaram boa oportunidades de abrir o marcador, mas, por acção do guarda-redes de Setúbal, ineficácia ou algum infortúnio o resultado não sofreu alteração.

                                      Apesar do domínio avassalador nem tudo correu bem na primeira parte na equipa da casa, sobretudo no último passe, com a bola a ser entregue à defesa contrária ou a perderem-se pela linha de fundo. É uma pecha que vem de longe e parece perdurar até ao fim  do campeonato. Atsu, embora perto da linha, não dava velocidade nem bom encaminhamento às jogadas e James, do lado contrário, ou mesmo na posição 10 atrás de Jackson, era pouco mais que uma sombra do génio que lhe é reconhecido. Atrás, quer na linha média quer na defesa, o jogo decorria seguro por acção de Fernando, Otamendi, que libertavam Lucho, Moutinho e permitiam a Mangala, Danilo e Alex Sandro ensaiar algumas saídas para o ataque.

                                     Vítor Pereira, substituiu, bem, Atsu e Varela entrou motivado e o ataque beneficiou. A defesa sadina oscilou e ao chegar ao intervalo já se adivinhava algo diferente para o segundo tempo.

                                     No segundo período o andamento acelerou mas o momento mais marcante foi o penalti, de dupla mão, assinalado por Xistra sem hesitação. Quando vi James preparado para apontar o castigo disse para comigo que não era boa ideia. Ele tinha estado mal no jogo até ali, sem confiança e, para mim, era mau prenúncio. Kiesek, defendeu e tudo ficava na mesma.

                                    Apesar de tudo o Porto não se descontrolou -verdade se diga que nunca a equipa me pareceu ansiosa ou nervosa- e, três minutos depois James redimia-se com um passe estupendo para Lucho encostar para o golo. Um  furo na Mota e o pneu esvaziava-se. O jogo abriu um pouco e as sombras no meio campo setubalense passaram a ser menos. Já com Défour no lugar de Lucho, aquele fez o 2-0 a passe de Mangala, ficando porém longe da meia dúzia que o futebol do Mota mereceria.

                                   Toda a defesa me pareceu bem, com Mangala a dar nas vistas por ter feito a maior parte do tempo a extremo esquerdo e Danilo muito participativo. No miolo Lucho (muitíssimo bem enquanto jogou), Fernando e Moutinho dentro do melhor que sabem fazer. Na frente Jackson mesmo não fazendo golo esteve muito bem, tal como Varela, que me pareceu ter tido papel preponderante para a decisão do jogo. James só entrou no relvado depois do penalti não convertido. Abedolayie, entrou sereno e cumpriu. Défour, marcou e cumpriu.

                                   C. Xistra nunca foi e jamais será um bom  árbitro de futebol, porém, esta noite não cometeu erros de vulto.


                                   ....e a história continua...

2 comentários:

  1. Frente a uma frota de autocarros, o F.C.Porto na noite fria de ontem, voltou a dominar totalmente o adversário, a ter uma posse esmagadora - na primeira-parte deve ter sido record mundial, 82-18 - mas voltou a ter as mesmas dificuldades dos últimos jogos. Falta velocidade, falta largura, falta profundidade, falta qualidade de passe, raramente há passes de rotura, falta gente na zona de finalização. Se juntarmos a isso, o facto de jogadores nucleares e desequilibradores - Lucho tantos passes errados; James, tirando a assistência para o 1º golo, só fez asneiras e até falhou um penalty; Moutinho, também não esteve bem; Alex Sandro teve de sair ao intervalo para evitar contrair uma lesão; Atsu desastrado, deu lugar a Varela ainda nos 45 minutos iniciais -, uns bons furos abaixo das suas capacidades, está explicado porque hoje, como aconteceu muitas vezes, no Dragão e principalmente fora de casa, o conjunto de Vítor Pereira ganhou, sem discussão, mas teve de sofrer mais do que o previsto.

    Abraço

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  2. Bom dia,

    Foi uma vitória sofrida mas justa.

    Na primeira metade, fizemos um jogo muito fraco, sem objetividade. De que vale ter muita posse, se não somos assertivos no ataque da baliza adversária.

    Mais uma vez não concretizamos um penalti, e tal podia nos ter saído caro.

    Nota positiva para a atitude dos jogadores, que sem perder a calma, procuraram a vitória com afinco.

    Continuamos na luta, à espera de um deslize do adversário.
    Podemos não ser campeões, mesmo sem derrotas.
    Empatamos jogos que não devíamos, e tal pode custar o título.

    Abraço

    Paulo

    pronunciadodragao.blogspot.pt

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