segunda-feira, outubro 07, 2024

TERMINOU MAL O QUE COMEÇOU MUITO BEM. (FCP, 2 - SCB 1).

 


LIGA PORTUGAL 

8.ª Jornada 

Estádio do Dragão, Porto, Portugal.

Espetadores: 44813 (JN)

Hora: 20:30 

Tempo: temperatura amena; chuva miúda inconstante.

Relvado: bom estado.


                          Futebol Clube do Porto, 2 - S C Braga, 1

                                            Ao intervalo: 1-0

FCPorto alinhou: Diogo Costa, (C), João Mário, aos 46' Martim Fernandes, Zé Pedro, Nehuén Perez, Francisco Moura, Alan Varela, Eustáquio, aos aos 68' Fábio Vieira, Nico González, Pepê, aos 81' Namaso, Samu,aos 90'+3' Deniz Gul e Galeno, aos 81' Vasco Sousa.

Treinador: Vítor Hugo

Matheus,Victo Gomez, João Ferreira, Niakaté, Adrián Marin, aos 63' Yuri Ribeiro, Vítor Carvalho, aos 81 Gharby, Gorby, Roger, aos 89' Roger Rafik, Ricardo Horta, Gabri Martinez, aos 63' Bruma, Roberto Fernandez e El Quazzani aos 81'.

Treinador: Carlos Carvalhal

GOLOS: 1-0, por Galeno, aos 45'+1', (g.p); 1-1, aos por Roger, aos 54'; 2-1, por Pepê, aos 59'.

Samu, marcou um golo aos 3', anulado pelo árbitro com fundamento num empurrão no adversário.

Arbitragem:

João Pinheiro (AFB). 

Assistentes: Bruno Jesus e Luciano Maia;

Var: André Nasciso (AFS)

Cartões: amarelo: Vítor Bruno, aos 11'; João Mário, aos 19', João Ferreira, aos 44', Pepê, aos 47' e Vítor Carvalho, aos 75'.

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            Tinha vontade de voltar ao Dragão depois de algum tempo de ausência, para constatar e avaliar ao vivo o grau de qualidade atual do meu amado Clube, o qual se encontra no início de uma profunda fase de reestruturação a nível administrativo, organizativo e em especial, desportivo.

            Ver um jogo de futebol pela TV não é comparável a uma uma presença física no estádio. Um filme é uma história contada em desenhos animados aos quadradinhos, ou desfrutar um duelo desportivo num circulo de adeptos fervorosos em êxtase que em nada se equipara à presença física no desfile de mordomas na Romaria da Senhora d'Agonia.



 

            A equipa que vi ontem à noite atuar no Dragão não é, nem de longe, o "meu" Futebol Clube do Porto que tantas vezes vi jogar, nas Antas e no Dragão e algumas vezes "fora de portas".  Não é, agora, com a profunda alteração do plantel, onde a juventude prevalece e o tempo de adaptação ao ritmo do futebol puro e duro é, claramente, escasso. Os jogadores entregam-se de corpo e alma à luta, esgotam a sua capacidade de resiliência, o seu brio na defesa do símbolo que que ostentam na camisola até ao limite. Viu-se isso nos primeiros trinta minutos em que a equipa superiorizou o adversário calejado de experiência, com três ou quatro remates com rótulo de perigo, um golo anulado aos três minutos. As bancadas vibravam com as jogadas, a equipa que mandava no jogo era a azul e branca até ao começo da reação da equipa adversária a um quarto de hora do descanso.

           O segundo período foi diferente. Os bracarenses, mais experientes e determinados, vieram do balneário com força renovada e atitude mais competitiva. Obtiveram o empate num excelente remate sem defesa e passaram a mandar no jogo. O Dragão tremeu e recuou, como os adeptos na bancada, mas num lance de reposição de bola, Pepê, usou a cabeça e virou o placard para 2-1. Contudo, os bracarenses mantiveram a veia lutadora e organizavam-se em jogadas de ataque que os portistas desfaziam com cortes e retomas de bola sem continuidade útil.

          Foi assim em quase todo o tempo da parte complementar do jogo.

          Eu não compreendo, não aceito, independentemente do respeito que tenho pela opinião de outros, que aqueles que vão para os estádios para ver a equipa de que se dizem fiéis adeptos até morrer, ganhar e apenas ganhar, se manifestem de modo tão aviltantemente triste contra a equipa de que se dizem apaixonados quando ela vacila e se desnorteia, não obstante os incitamentos que vêm do banco. Apupam os jogadores, o treinador, os diretores, cujo valor reconhecem apenas quando a equipa dá goleadas. Que me digam em quanto tempo se pode construir uma casa sólida, cómoda, habitável com conforto, quanto tempo leva uma criança a crescer e ser homem, quantas provas tem a confeção de um fato de luxo no alfaiate, o tempo de quem tem um peteiro precisa para o lotar. Se os assobios servem para animar ou desanimar os jogadores, se os auxilia a superar o adversário ou se desinteressa de o deter. 

        Estou ciente duma realidade visível de que o FC do Porto, a breve prazo, atingirá o nível que o colocou no pódio do futebol português. Tem equipa técnica e plantel para o conseguir. E paciência.

        Portista de alma não procede assim. Se não se controla, por favor, fique em casa e aplauda e enfureça-se com o que a TV dá.











 


       Remígio Costa

         


           


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