quarta-feira, agosto 14, 2019

INFORTÚNIO NO JOGO DA ROLETA RUSSA

 


Liga dos Campeões (Fase de apuramento)
3.ª eliminatória - 2ª mão
Estádio do Dragão, Porto 
Transmissão Porto Canal/FC Porto.tv, em estreia absoluta)
Tempo: sol e calor
Relvado: novo (estreia)
Assistência: +-48500 
Data: 13.08.2019 (terça-feira)

          FC DO PORTO, 2 - FK KRASNODAR (Rússia), 3
                                        (ao intervalo: 0-3) 

FC do Porto alinhou com: Merchesín, Renzo Saravia, aos 38' Zé Luíz, Pepe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira (C), Sérgio Oliveira, aos 49' Matheus Uribe, Nakajima, Luiz Diaz, Jesús Corona (Tecatito), aos 86' Vincent Aboubakar e Moussa Marega. Suplentes n/utilizados: Diogo Costa, Romário Baró, MBemba, e William Manafá. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

FK Krasnador alinhou com: Safanov, Petrov, Martynovich, Spadjic, Ramirez, Camballov, Cabella, aos 71' Stostky, Vilhena, Sulleymanov, aos 65' Fjólsun, Berg, aos 72' Yagnev, e Vanderson. Suplentes n/utilizados: Cristsyuk, Olson, Namly e Kaio Pantaleon.
Equipamento: preto com laivos verdes.
Treinador: Sergei Matveev (adjunto)

Árbitro: Marko Guida (Itália)
Assistentes: Ciro Carbone/Daniele Bindoni
4.º árbitro: Fábio Maresca.

GOLOS E MARCADORES:
 0-1 aos 3', por TONY VILHENA. Canto apontado à direita com a bola a sobrevoar a defesa do Porto ao encontro do médio da equipa russa já dentro da área no lado oposto, e sem marcação por perto, com tempo para controlar e executar com total tranquilidade um remate forte e colocado; 0-2 aos 12' por SULLYMANOV: com a equipa portista adiantada no relvado envolvida numa situação de ataque proveniente da marcação de um canto, a bola aliviada vai de encontro ao avançado russo que rapidamente avança à vontade com ela dominada e já perto da área tira um remate cruzado rente à relva de nada valendo a tentativa de Marchesín; 0-3 aos 34' de novo por SULLYMANOV, um remate rente à relva já dentro da área, agora no lado direito; 1-3 aos 57' por ZÉ LUÍS, respondendo com um golpe de cabeça a um cruzamento bem medido de Nikajima; 2-3 aos 76' por LUIZ DIAZ, com forte remate junto à relva, dando a melhor conclusão a uma jogada típica de Tecatito pelo flanco direito, com derivação para a cabeça da área, entregando a bola ao colombiano para este fuzilar da baliza à guarda de Safanov.

     Um golo, um mero golo de diferença no cômputo das duas mãos, tinha vencido em Krasnodar por 0-1, afastou o Futebol Clube do Porto da luta pela continuidade na fase de grupos de Liga dos Campeões, deixando assim de fazer parte do grupo que, com o Real Madrid e o FC Barcelona, tinham participado ininterruptamente nas edições da prova no formato atual.

    O FC do Porto apresentou-se com alterações profundas na composição da equipa relativamente ao jogo realizado em Barcelos, chamando ao início do jogo Saravia e Nakajima, prescindindo de Tiquinho Soares mesmo no banco, recuperando da bancada o capitão Danilo Pereira. No decorrer da partida fez entrar Zé Luíz dispensando Saravia, Matheus Uribe, estreante, substituindo Sérgio Oliveira por força de lesão num lance de disputa de bola, e com o expirar da partida entrou Vincent Aboubakar para mandar para o banco um Tecatito notoriamente com o depósito do combustível exaurido.

    Vendo anulada a vantagem obtida na Rússia com um golo consentido ainda a ouvir-se o apito inicial do italiano Marko Guido, a equipa do Futebol Clube do Porto jamais se recompôs no decorrer do primeiro tempo, permitindo um claro ascendente no jogo do FK Krasnodar traduzido numa incrível vantagem de três golos com apenas 34' de jogo. Efetivamente, a equipa russa demonstrou uma organização superior aos portistas, atuando de forma desinibida e categórica logrando anular com toda a naturalidade um FC do Porto surpreendentemente (ou talvez não...) inseguro, periclitante, falhento, ineficaz na definição do passe e no remate, ainda que esforçado, lutador e abnegado. 

    Com as substituições e alterações posicionais introduzidas por Sérgio Conceição, o período complementar trouxe ao FC do Porto outra dinâmica e maior assertividade nas jogadas, a par da subida de rendimento individual de alguns jogadores, tendo conseguido aproximar o marcador do resultado ansiado. Contudo, o desgaste da equipa e alguma ansiosa precipitação na definição das jogadas e na sua conclusão, não permitiram a obtenção do golinho necessário para anular a vantagem da equipa russa.

   É um mito aspirar refazer uma equipa desmantelada numa ou duas quinzenas de preparação. O Futebol Clube do Porto atravessa uma fase deveras atípica se comparada com outras épocas e outros conjuntos, tendo ainda muito trabalho, engenho e perseverança pela frente até chegar a uma equipa de topo europeu. Vai lá chegar, não restam dúvidas de que o conseguirá, já passou por outros tumultos idênticos, mas superou-os até conquistar sete competições europeias de alto nível, feito inédito sem imitação em Portugal.

   Futebol Clube do Porto, sempre!

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