quarta-feira, novembro 22, 2017

DRAGÃO DE OUVIDOS MOUCOS AO RUÍDO DE BESIKTAS PARK.


LC: Besiktas-FC Porto, 1-1 (resultado final)


Liga dos Campeões
Fase de grupos
5ª jornada - 2ª mão
Besiktas Park, Istambul, Turquia
RTP1. Hora: 17:00 (TMG)
Condição do tempo: frio sem chuva
Relvado; bom
Assistência: 40000
2017.11.21, terça feira







                    Besiktas JK 1 - FC do PORTO, 1 
                                                    (ao intervalo: 1-1)

Besilktas JK alinhou com: Fabri, Dusko Todic, Görkhan Gönn, Pepe, Adriano, Atiba Hautchtinson, Talgan Arslan, Anderson Talisca, Cenix Tosun, Ryan Babel e Ricardo Quaresma. Suplentes: Tolga Zengn, Matei Mitrovich, Gary Mendel, Caner Erkin, Jereemiastins, Ogulhan Ozyakul e Álvaro Negredo.

FC do Porto alinhou com: José Sá, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), aos 90'+1' Diego Reyes, Ricardo Pereira, aos 80' Jesùs Corona, Vincent Aboubakar e Yassine Brahimi.
Equipamento: alternativo de cor laranja
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Mateo Lahoz (Espanha)

GOLOS: 0-1 aos 29' por Felipe, no desenvolvimento de uma jogada bem sucedida iniciada na direita por Alex Telles a bater um livre direto em passe curto para Ricardo Pereira, com este a meter no miolo da área onde FELIPE aparece a concluir com remate rente à relva; o empate a 1-1 foi obtido por  Anderson Talisca, a concluir à boca da baliza um lance em que Felipe vê a bola ser-lhe passada por cima da cabeça em lance corrido, com cruzamento para o lado contrário onde apareceu isolado sem marcação o brasileiro a concretizar sem remissão.


       Excetuando os vinte(+-) minutos iniciais do segundo tempo em que teve que suportar um forte caudal atacante da equipa do Besiktas, nesta decisiva partida para manter a confiança no acesso à fase seguinte da Liga dos Campeões, o Futebol Clube do Porto bateu-se em posição de igualdade com o conjunto turco,  fazendo o bastante para regressar do ambiente escaldante do Besiktas Park, em Istambul,  com um empate que garante desde logo a participação na Liga Europa, e o ganho de vantagem de depender do que for capaz de fazer no Estádio do Dragão contra o Mónaco no último jogo desta fase.

      Sérgio Conceição introduziu algumas mudanças pouco previsíveis para leigos na formação inicial, chamando à equipa Maxi Pereira e Ricardo Pereira para assumirem a facha direita, e voltou a confiar em Sérgio Oliveira para dar maior solidez e consistência à linha intermédia, além de manter a confiança em José Sá entregando-lhe a guarda da baliza em detrimento de Iker Casillas.

    A partida decorreu interessante com boa disputa de lances de parte a parte, tendo ambos os conjuntos andado perto de fazer funcionar o marcador, designadamente aos 33' por Ricardo Quaresma, aos 36' e 39' por Ricardo Pereira e Aboubakar, este na sequência de excelente jogada de Yassine Brahimi e assistência de Hèctor Herrera, no primeiro período, e um grande pontapé que fez abanar a baliza à guarda de José Sá aos 58' da autoria do excelente Babá; Quaresma ainda haveria de dar oportunidade a José Sá de brilhar quando, aos 61' na sequência de jogada de patente registada do cigano foi ao ângulo da baliza mandar a bola para canto.

     A enorme chance do Futebol Clube do Porto trazer na carteira o bilhete pago da passagem à derradeira fase da Liga, esteve nos pés de Ricardo Pereira, o qual, depois de protagonizar uma incursão na área turca e ter a baliza à mercê, não tendo o dom que Quaresma possui, não conseguiu a trivela e a bola perdeu-se ao lado do poste.

    Um a um, José Sá mostrou-se sereno, executou duas ou três intervenções difíceis e não cometeu erros comprometedores. Muito bem. A defesa em geral cumpriu não obstante as dificuldades com que teve que se haver, sobretudo nas laterais, onde Alex Telles sentiu muitas dificuldades em travar os adversários que lhe surgiam pela frente; Danilo Pereira e Sérgio Oliveira nunca viraram a cara aos adversários, mas o que mais se terá evidenciado foi o capitão Herrera, até o depósito ter gasolina. Considerando que Ricardo Pereira foi mais atacante do que defesa direito, o avançado fez uma bela exibição. Merecia ter tido sucesso no lance atrás descrito, poderia ser considerado o mais regular em todo o tempo que esteve em campo. Yassine Brahimi, foi especialmente vigiado e poucas vezes logrou escapar ao cerco que lhe era movido por três ou quatro "polícias". E, Vincent Aboubakar: espero, continuo a esperar, ver de regresso o grande Aboubakar. Jesùs Corona foi estratégia para os últimos 12´minutos e Diego Reyes para os 90'+2'

    Conheço do campeonato espanhol (e não só), Meteo Lahoz. Tem personalidade muito própria de quem gosta de dominar. É um grande árbitro, mas infalíveis só os deuses. Na segunda parte, terá sido mais equidistante  nas suas decisões em relação ao ambiente e diluiu as minhas dúvidas iniciais. Um excelente exemplo para a arbitragem lusa.

    

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