segunda-feira, setembro 11, 2017

O CASO DO JOGO É QUE (NESTE) NÃO HOUVE CASOS.


Liga NOS
5ª jornada
Estádio do Dragão. Porto
Sportv - Hora: 20:30
Tempo e relvado: bons
Espectadores: 43 109 (O Jogo)
2017.09.11


              FC do PORTO, 3 - GD Chaves, 0
                                      (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona, na 2ª parte Tiquinho Soares, Yassine Brahimi, aos 82´André André, Aboubakar, aos 77' Otávio e Moussa Marega.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição.

Equipa de arbitragem: Rui Oliveira (AFPorto), auxiliado por Paulo Vieira e André Nogueira Dias. 4º árbitro: Humberto Teixeira. VAR: Hugo Miguel.

GOLOS: aos 49' por ABOUBAKAR, recebendo a bola de Yassine Brahimi e apertado por defesa até à entrada do bico da área no lado contrário ao do passe, ganhou posição e de pé esquerdo, rematou rasteiro para o poste mais distante enganando Ricardo que saía ao seu encontro; 2-0 aos 86' por TIQUINHO SOARES, na conversão de penalti por mão na bola; Ricardo defendeu bem o primeiro remate, mas a bola foi ao encontro do avançado portista o qual num novo remate em força e com colocação fuzilou sem remissão; 3-0 aos 88' por MAREGA, batendo de primeira uma assistência vinda da esquerda sem deixar cair a bola e sem dar margem de defesa ao ex-guarda redes do FC do Porto.

             O resultado pode parecer demasiado pesado para a equipa de Luís Castro, pelo futebol  que exibiu e pelas duas oportunidades flagrantes de golo que não aproveitou ocorridas aos 70' e 81' quando o resultado estava ainda em 1-0,  mas a quinta vitória em cinco jornadas do campeonato da formação de Sérgio Conceição e a liderança da prova é compensação merecida e obtida de forma imaculada sem casos de arbitragem a denegrir a conquista dos pontos correspondentes.

             O Futebol Clube do Porto não fez um jogo brilhante na primeira parte. O futebol praticado não teve fulgor, houve demasiadas jogadas inconcluídas e a bola não fluía quando chegava às alas, sobretudo à direita onde Miguel Layún e Jesùs Corona eram facilmente anulados pelos adversários, e do lado contrário Alex Telles e Yassine Brahimi, apesar de incomodarem a defesa contrária e terem mais tempo de bola não logravam furar a bem organizada resistência dos transmontanos.


            No período complementar a equipa do Porto entrou com o "prego a fundo", mais veloz e a sair em jogadas organizadas e frequentes e bem sucedidas. O golo depois de jogada de raça do maliano Aboubakar logo aos 49' foi antídoto contra a ansiedade, mas não causou muita mossa nas "más intenções" e bom futebol dos flavienses, que passaram a ser mais audazes no avanço no relvado e a discutir de frente o domínio do jogo a meio campo. O Sérgio mexeu na formação com dedo de mestre e a equipa voltou à supremacia no miolo das operações, e a partir daí apenas a míngua da vantagem causava preocupações quanto ao desfecho final.


            De novo, o Dragão encheu e os adeptos não saíram desconsolados. Assistiram a um bom jogo de futebol, honesto e com os dois conjuntos empenhados em jogar e a lutar pelo melhor resultado possível. Jogo sem casos com influência direta na conquista dos pontos em disputa, o que já não é muito frequente acontecer quando o Futebol Clube do Porto participa. Assim se contribui para a apaziguamento das massas apoiantes e aumento de confiança nos agentes externos ao "jogo jogado" pelas equipas dentro das quatro linhas e reguladas pelas dezassete leis que regem o jogo da bola, e se premeia o empenhamento dos seus técnicos e dirigentes desportivos e acalmam os que apaixonadamente consomem futebol, que são os adeptos.


           Notável a defesa portista que leva cinco jogos sem sofrer golos. Destacável o empenho e a valorização e evolução técnica que Moussa MAREGA está a revelar, justamente votado (por mim, também) o jogador mais destacado do encontro.


           De Rui Oliveira e da sua equipa não se poderá dizer que o desempenho tenha sido impecável. Não foi, mas (provavelmente) nunca algum juiz não errará. Houve dois lances no decorrer do confronto, em ambos os conjuntos, que poderiam noutras mentes iluminadas merecer punição. Houve, efetivamente faltas, mas,em nenhum deles vi no faltoso propósito de atingir o colega de profissão; há contactos que são inevitáveis quando se disputa a bola, algumas vezes de que resultam lesões graves, mas que claramente se pode considerar um lance acidental. Foi o caso do episódio em que interveio Yassine Brahimi, pisado por um adversário ao nível do tornozelo, grave presumivelmente, no qual não vi intenção do faltoso em não procurar apenas desarmar o influente argelino do FC do Porto.

  

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