segunda-feira, agosto 14, 2017

VÍDEO ÁRBITRO OU VÍDEO RATOS?

 
Liga NOS
2ª jornada
Estádio José Cardoso, Tondela
Sportv1 - 20:15 horas
Bom tempo
Relvado novo
Assistência: -+ 5000, maioria portista
2017.08.13


                    GD Tondela, 0 - FC do PORTO, 1 
                                       (ao intervalo: 0-1)

FCP: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, aos 68' Hèctor Herrera, Jesús Corona, aos 84' Miguel Layún, Yassine Brahimi, Marega e Aboubakar, aos 80' André André.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição 

Árbitro:; Fábio Veríssimo (AF Leiria)

GOLO: 0-1, por ABOUBAKAR, aos 37': Alex Telles remata com defeito à entrada da área, Aboubakar à sua frente na zona de penalti fica com a bola, domina-a e executa um pontapé forte à mancha de Cláudio Ramos que  a rechaça  com os punhos para a frente ao encontro do avançado portista, com este rematar de novo para o golo. 
Sem que na jogada corrida se tivesse notado irregularidade no lance, o golo só foi validado por intervenção do vídeo árbitro. É segundo golo restituído ao FC do Porto nos dois primeiros jogos do campeonato, alimentando com este fenómeno a suspeição de que o princípio de in dubio pro reo (na dúvida, a favor do réu) é uma exigência legal muito presente, quiçá recomendada, para que o juiz não cometa eventual decisão errada em benefício do lesado. 


Não foi um passeio turístico como aliás se previa a deslocação do Futebol Clube do Porto a Tondela, onde o Dragão tem encontrado dificuldade em 'passar incólume.  Neste seu primeiro jogo fora de portas, conquistar os três pontos em disputa era objetivo primordial, o que foi conseguido com inteira justiça, à custa de muito suor e alguma inspiração.

Jogar a defender em casa e em relvados com dimensões mais reduzidas é recurso mais  frequente a que recorrem os treinadores de equipas cujo primeiro objetivo é lutar pela permanência no escalão principal. E quando enfrentam adversários com mais altas aspirações a motivação é a arma de recurso, e o processo de defesa reforçada e a exploração do contra ataque é tática comum à maioria dos treinadores no início de carreira. 

       Mais na primeira do que na segunda parte o jogo foi sempre controlado pelo FC do Porto. O Tondela apenas conseguiu sacudir a pressão asfixiante da equipa portuense à entrada da meia hora inicial até aos quarenta minutos de jogo, e quando esta abriu o marcador aos 37' já antes o poderia ter conseguido aos 21' e aos 28' quando Corona e Brahimi, respetivamente, não concretizaram os lances que criaram. À passagem do minuto dez, MAREGA em luta com Ricardo Costa junto à linha de fundo, ganha a frente ao antigo jogador portista, e já dentro da área, é claramente empurrado e simultaneamente desequilibrado com um toque no calcanhar. Nem o juiz de linha a escassos metros e total visibilidade nem F. Veríssimo a acompanhar de perto a jogada quiseram ver a falta passível de marcação de grande penalidade deixando prosseguir o jogo.

        NO período complementar o cariz de jogo foi diferente, porque mais aberto nas posições individuais dos atletas da casa e um processo mais prático e retilíneo por parta da equipa visitante. Logo aos 47' Ricardo Pereira avança conduzindo a bola numa jogada de iminente perigo até ao bico da área dos locais, sendo notoriamente rasteirado sobre o risco, mas também neste lance o Veríssimo não descortinou ilegalidade. Já aos 50' puxou do cartão para o exibir duas vezes na sequência da travagem feita ao avançado portista, um ao infrator outro ao colega que contestou a decisão certa do Fábio Veríssimo. Aos 62' Aboubakar faz tremar a baliza com um remate ao poste da  baliza do Tondela, aos 67 o mesmo jogador é agarrado pela camisola, a falta é assinalada mas o cartão fica no bolso do juiz. Aos 70' o Tondela esteve prestes a empatar a partida com Iker a não segurar a bola e Alex Telles a safar para canto. Aos 75' de novo Aboubakar faz brilhar Cláudio Ramos ao fazer defesa de grande aparato. E a seguiir, é Casillas e segurar um remate frontal, e aos 88' o Tondela não converteu a sua melhor oportunidade criada em todo o tempo de jogo quando o guardião portista saiu ao encontro do avançado do Tondela para dar o corpo à bola e salvar a vitória justa da equipa.

Já na fase adiantada do jogo, Felipe trava com agarrão um adversário à entrada do meio campo, sendo a infração assinalada sem amostragem de cartão o que evitou ser o central brasileiro expulso por duplo amarelo. Registe-se que antes um lance idêntico tendo como protagonista um jogador do Tondela nem sequer foi objeto de falta. 

       A exibição global da equipa não satisfez a enorme falange de portista que ocupou as bancadas literalmente do estádio do Tondela e incitou a equipa de início ao fim da partida. Nada há a apontar de negativo ao empenho posto pelos jogadores para obter um resultado que cedo pudesse tranquilizar os adeptos, nem ao treinador pelas substituições que entendeu fazer de acordo com o rumo que o jogo tomou, mais direto e prático por parte dos locais. Herrera, André André e Layún, entraram para travar o balanço dos tondelenses e conseguiram-no.


       Alex Telles subiu de rendimento relativamente ao jogo anterior, tal como Ricardo Pereira; Jesùs Corona terá sido o mais influente no jogo da equipa do Porto, mas tanto Danilo como Óliver estiveram à altura das necessidades da equipa. Yassine Brahimi, quando dentro da área é como íman: atrai defesas e o seu espaço de manobra fica como o de uma cabine telefónica. Quando ele consegue libertar-se espalha o pânico ou é anulado. Aboubakar e Marega são dois tanques em combate permanente.


       O trabalho da equipa de Fábio Veríssimo está cheio de erros, uns mais graves do que outros. Um penalti por assinalar, outras faltas ignoradas, critério de avaliação aleatório. O recurso ao VAR não se justificava no lance do golo porque era obrigação do juiz de linha estar atento e não usou do auxílio dos "ratos" escondidos quando ele se justificava.




         




            

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