segunda-feira, julho 24, 2017

O DRAGÃO MERECE RESPEITO.

Segunda-feira, 24 de julho de 2017

Estádio D. Afonso Henriques
Taça  Cidade de Guimarães
Jogo de preparação
2017.07.23 - 20:30 sportv1
Bom tempo
Relvado pouco consolidado
Assistência razoável


                    Vitória SC, 0 - FC do PORTO, 2
                                     (ao intervalo: 0-2)

FCP alinhou: Iker Casillas, 2ª parte José Sá, Ricardo Pereira, aos 79' Martins Indi, Felipe, aos 79' Hernâni, Ivàn Marcano (C), Alex Telles, aos 68' Miguel Layún, Danilo Pereira, aos 60' André André, expulso 10' após ter entrado, Óliver Torres, aos 79' Mikel, Otávio, aos 68' Yassin Brahimi, Jesùs Corona, Aboubakar, aos 55' Hèctor Herrera e Tiquinho Soares, aos 68' Marega.
Equipamento: tradicional oficial
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitros: Jorge Sousa, no 1º tempo / João Pinheiro, no 2º

GOLOS: 0-1, aos 21' por Aboubakar. Douglas, g.r. do Vitória, repõe a bola em jogo deficientemente. Aboubakar interceta-a, leva-a controlada para a baliza e, já dentro da área, contorna o guarda redes com serenidade e envia-a para a baliza.
O 0-2, aos 26', foi apontado por Tiquinho Soares na sequência de um maravilhoso lançamento longo de Iván Marcano com Tiquinho a receber nas costas de defesa vitoriana numa desmarcação, a dominar após alguns metros, para bater Douglas com a parte externa da bota direita com confiança e calma.


              Depois de dois jogos-treino na preparação realizada na Colômbia e no México, onde o FC do Porto obteve dois empates a 2-2 golos (um desempate na marcação de grandes penalidades terminou com o resultado desfavorável de 2-3) o Dragão apresentou-se à porta aberta pela primeira vez, agora em Guimarães, tendo o resultado final do jogo-treino sido favorável à equipa da Invicta Cidade pelo resultado de dois golos sem resposta.

             Nestes confrontos o que menos relevo é o resultado final. Não são os números dos golos marcados ou sofridos que pesam mais na minha avaliação. Desejo a vitória da equipa que apoio em qualquer circunstância, mas neste tipo de competição estou mais atento ao comportamento individual dos jogadores, em especial os que chegam de novo e ao comportamento global da equipa.

            E, ontem ao início da noite, vi um Futebol Clube do Porto novo. Em muitos aspetos: confiante, solto, ativo, fresco, despressionado, descomplicado, às vezes insolente sem que isso signifique arrogância ou desrespeito para com o digno adversário. Tudo isso, no período em que a equipa manteve o onze inicial sem alterações, o que não se verificou no tempo complementar no qual os dois conjuntos procederam ás normais alterações para estudo tático e observação do comportamento das aquisições feitas.

           Foram notórias as ideias de Sérgio. Primazia dada ao ataque em menos passes e com o maior número de unidades na imediação da área contrária; tentativa de remates de fora da área, pressão alta na saída do adversário para o ataque, troca de posições e maior tempo de condução individual da bola, melhor aproveitamento na cobrança de livres. Todos os jogadores da equipa estão em simultâneo em movimento holístico.

           Também gostei (individualmente) de todos os jogadores utilizados.

          Só com o decorrer dos jogos se poderá concluir que o excelente desempenho da primeira parte significa consolidação dos novos esquemas de jogo adoptados e não de acidental fragilidade do adversário. O Vitória também não é, normalmente, aquele que os adeptos vitorianos idolatram e aplaudem apaixonadanente. Aliás, foi bem diferente na segunda parte. Tal como aconteceu ao Futebol Clube do Porto.

         Pelo que mostrou até agora, o FC do Porto não só "mete respeito", como reconhece um folheto da corte alfacinha cuja capa encabeça o meu primeiro comentário da presente época, como MERECE respeito. Cuidadinho, concorrência, porque, ou eu não aprendi nada de futebol ao longo das minha vida, ou vão ter muito respeitinho na presente época por este Dragão esfomeado e...espoliado.

         Falar de arbitragem é obrigatório mesmo quando se ganha folgadamente. Ontem estiveram no relvado, no primeiro tempo, um juiz-árbitro; no segundo, um projeto de árbitro sem condições para ser juiz. Falando do lance de que resultou a expulsão de André André, o cartão vermelho ajusta-se à gravidade da entrada. A lei foi aplicada à letra, tal como procederia um executar do fisco ou agente da ASAE ou um GNR a um condutor apanhado ao volante com 4,5% de álcool no sangue; só que o jogo era basicamente um treino, André André é um profissional leal incapaz de causar propositadamente dano físico a um colega de profissão, bem ao contrário de outros que vestem camisolas coloridas, nem tem ficha de caceteiro contumaz, e o atingido nem teve que sair de maca, bastou a garrafa de água para se refrescar.. Depois, basta fazer um pesquisa aos antecedentes do Pinheiro e constatar-se-à que muda de critério consoante a resina...

          Não vai mudar? Atenção, meninos, "o melhor ainda está para vir"

Remígio Costa

          

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