sexta-feira, julho 28, 2017

BONS ARES DO ALGARVE FAZEM BEM À SAÚDE DO DRAGÃO.


 O Jogo
Estádio do Algarve
Jogo de preparação
Hora: 20:30 - Porto Canal
Bom relvado
Bom tempo
2017.07.27
                                
      Portimonense, 1 - FC do PORTO, 5
                                    (ao intervalo: 1-3)


 FCP alinhou: Iker Casillas, 2ª parte José Sá, Ricardo Pereira, aos 72' Maxi Pereira, Felipe, 2ª parte Diego Reyes, Iván Marcano (C) aos 65' Martins Indi, Alex Telles, aos 65' Miguel Layún, Danilo Pereira, 2ª parte Hèctor Herrera, Óliver Torres, 2ª parte  André André, Yacine Brahimi, aos 72' João Carlos Teixeira,  Jesùs Corona, aos 72' Ricardo Pereira, Aboubakar, aos 70' Marega, e Tiquinho Soares, aos 76' Hernâni.
Equipamento: alternativo de cor azul claro.
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Sérgio Piscarreta, AFA
Assistentes: Hugo Ribeiro e Pedro Sancho
4.º Árbitro: Miguel Nogueira


 GOLOS: 0-1  aos 8' por Tiquinho Soares, com a cabeça no seguimento de cruzamento de Jesùs Corona; 0-0 aos 11', por Aboubakar, entrando de rompante com a cabeça a centro de Alex Telles; 0-3 aos 22', por Yacine Brahimi, na conclusão de uma linda triangulação conduzida pela esquerda com arranjo final de Tiquinho Soares; 1-3 aos 33' por Werton Pereira, a concluir com remate cruzado rasteiro uma boa jogada do ataque da equipa algarvia; 1-4 aos 72' num bis de Yassine Brahimi, a passe de André André; 1-5 aos 85' por Hernâni, no aproveitamento de lançamento de longa distância para as costas da defesa portimonense e com desmarcação rápida do jogador portista a atirar forte sem defesa.

        O Futebol Clube do Porto prossegue com bons resultados desportivos a sua preparação de pré-época. A estagiar no Algarve num curto período, defrontou no Estádio Faro-Loulé o histórico SC Portimonense treinado pelo não menos famoso Vítor Oliveira, responsável pela subida da equipa à primeira Liga portuguesa.

       Mais um excelente jogo-treino da equipa comandada por Sérgio Conceição, contra um adversário mais forte coletiva e individualmente do que o resultado final, embora justo, possa desvalorizar. Enquanto se mantiveram as respetivas formações iniciais, as duas equipas proporcionaram um excelente espetáculo de futebol.

       Sérgio Conceição adotou uma atitude nestes jogos-preparação com a qual estou absolutamente de acordo. Escala a equipa com os melhores jogadores do plantel e utiliza depois no decorrer da partida aqueles que considera alternativas de valor semelhante ou estão numa fase diferente de preparação. Do meu ponto de vista este modelo permite à equipa consolidar os seus processos de jogo e os níveis físicos para manter um elevado ritmo competitivo que possibilite uma entrada forte nas provas oficiais, designadamente na I Liga por ser objetivo principal a alcançar.

      Não obstante o inconformismo  da equipa que repôs o Algarve no mapa do escalão maior do futebol luso, a entrada estonteante na partida por parte da equipa do Futebol Clube do Porto não permitiu veleidades aos algarvios quanto à discussão do resultado final. Ainda nos primeiros minutos o FC do Porto chegou ao golo, que viria a ser invalidado por fora de jogo. Não fiquei esclarecido porque ainda estava a instalar-me para assistir à transmissão do Porto Canal e nem tive oportunidade de ver a repetição da jogada. Porém, entre os 8' e os 22' a equipa portista chegou rapidamente ao 0-3 como corolário da evidente superioridade demonstrada, e o golo dos locais obtido aos 33' não abalou minimamente a convicção na vitória da equipa nortenha.

       Com as alterações verificadas nas duas formações, a segunda parte não atingiu a cadência e harmonia de jogo que a primeira teve. Contudo, o interesse e a entrega na partida dos jogadores do FC do Porto não esmoreceu, por força das agradáveis exibições individuais dos atletas que foram a jogo, garantindo o interesse pelo desenrolar da partida até final.

       Continuam animadores os ótimos indícios dados pela formação azul e branca nesta pré época. Bons índices físicos dos jogadores, desenvoltura na ação individual, entre-ajuda, e jogadas coletivas bem conseguidas. Cada jogador tem o papel que lhe cabe bem assimilado, deambula com a bola por todo o relvado sem perder "o norte", retoma a posição que ocupa, ataca e defende indiferentemente perseguindo a bola para a recuperar. Recordo a ação de Miguel Layún cerca dos 80' a  atravessar o relvado numa diagonal da defesa ao ataque a conduzir a bola para romper a defensiva contrária. 

       Casillas está mais interventivo nas recomendações no decorrer da partida, a defesa continua coesa, o meio campo está servido de génios da bola; na frente Tiquinho e Aboubakar causam mais estragos que elefante numa loja de louças, Yassine sente-se no miolo como um marajá num oásis, Ricardo Pereira defende e ataca como melhor convier, Hernâni é um a flecha, Marega um tanque, M. Indi, Hèctor Herrera um senhor jogador (hão de ver...), e há Rafa, e Sérgio Oliveira, e Otávio fantasista criativo e letal, e André André, e o Rui Pedro, o Dalot, e...e...por aí fora, e um treinador mad in Portugal, ambicioso, trabalhador e competente. Se não houver desfalque, pois 31 de Agosto vem longe,,,

       Estou à vontade para falar de Sérgio Piscarreta. Vi todo o jogo sem saber quem estava a arbitrar. Apenas ouvi o seu nome no final da partida. Não notei grande plano e mesmo que tivesse havido e visto não o reconheceria. Pois bem, independentemente de ter sido bem ou mal anulado um golo ao FC do Porto, não notei em Piscarreta o mínimo de parcialidade nas decisões que tomou. Não abusou do apito, não recorreu ao cartão para impor autoridade, mesmo numa entrada a roçar a violência cometida pelo capitão algarvio sobre um jogador portista cometida sobre a linha lateral, por volta dos oitenta minutos, a merecer sanção pesada, chamando-o para que pedisse desculpa do uso da violência exagerada na disputa do lance. Muito bem, senhor Piscarreta, não resvale nas provas "a valer" e ganhará estatuto de árbitro sério e competente.

Remígio Costa

      

       

       

       

            

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