quarta-feira, outubro 19, 2016

SALVAÇÃO "IN EXTREMIS"


(O JOGOonline)

Liga dos campeões
Fase de grupos 
3ª jornada - 1ª mão
Brugges (Bélgica)
2016.10.18
Espectadores: cerca de 28000 
Apoiantes do FCP: 2000


                Clube Brigge KV, 1 - FC do PORTO, 2
                                   (ao intervalo: 1-0)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 60' Yacine Brahimi, Óliver Torres, Diogo J, aos 60' Jesùs Corona, Otávio, aos 72´André André e André Silva.

Equipamento alternativo: cor amarela.

Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: Paolo Taglianento (Itália)

MARCADOR: 1-0, aos 12', por Vossen, que pela esquerda passou por Miguel Layún sem oposição ativa, rematou no interior da área contra Felipe, tendo a bola a sobrado no centro da mesma para o belga, sem marcação e beneficiando da passividade de M. Layún, apontar calmamente para o lado superior esquerdo da baliza sem hipótese para Ikar Casillas Aos 68', por Miguel Layún, no aproveitamento rápido de contra ataque a partir da linha do meio campo,  servido por passe para a facha direita de Otávio, com o mexicano a ganhar posição em corrida e junto da linha da grande área a bater forte e colocado fora do alcance do guarda redes do Brugge. Excelente lance de futebol e belo golo. O tento do triunfo aconteceu aos 90'+2' (a 1' do termo da compensação) da partida na conversão de pontapé de grande penalidade apontada por André Silva de forma imparável (para o lado contrário do movimento do guarda redes), por rasteira inequívoca sobre Jesùs Corona.


COMENTÁRIO DO JOGO

      Para efeitos de qualificação para a fase seguinte, o triunfo nesta partida era absolutamente crucial. Sem obter os três pontos em jogo, as aspirações do Futebol Clube do Porto na prova maior do futebol europeu terminavam aqui.


      A massa adepta portista tinha fundadas razões para acreditar que a equipa tinha condições para ultrapassar o campeão belga de Michel Preud'Home. Pelo que foi dado perceber nos media centralista portugueses, os portuenses iriam encontrar menos dificuldades para vencer fora os comandados do antigo guarda redes encarnado do que aquelas com que se deparou no jogo da Taça de Portugal, no Dragão, para bater o CD da Gafanha para a Taça de Portugal. E, por mais que se realce que não há jogos ganhos antes de se jogarem, não falta quem embarque nos cantos da sereia e por ela se deixe enganar dando por adquirido o que só a classe pode dar. Certo é que nas últimas prestações do FC do Porto foram apontadas algumas melhorias na produção do jogo da equipa e nas prestações individuais, que vieram criar uma onda positiva de otimismo quanto a valia da equipa e esperançosos desempenhos futuros. Por isso, para além de um inquestionável triunfo na partida, do Futebol Clube do Porto aguardava-se que esta viagem a Brugges constituísse a confirmação das boas impressões dadas nos últimos jogos.

 A realidade crua e nua é a de que o Futebol Clube do Porto, sim, cumpriu um objetivo imediato vencendo, mas, falhou redondamente quanto à demonstração do atual valor da equipa.

Os primeiros vinte e cinco minutos do Dragão foram atrozes. Mau de mais. Um desnorte completo, um retrocesso na qualidade do jogo coletivo, uma anarquia posicional das pedras no relvado. Valeu a fragilidade do adversário ao Dragão, porque, fosse o Brugges, neste momento, um conjunto de categoria e o desenrolar do jogo em noventa minutos seria um suplício insuportável de ver para os adeptos portistas. É certo que à meia hora a equipa portuguesa deu sinais de pretender assumir o jogo, desceu em jogadas quase sempre em rasgos individuais até à área contrária, mas sem  inspiração e sem eficácia não o conseguiu.

Espantosamente, Nuno Espírito Santo, a perder e a ver o descalabro da sua equipa, apenas uma hora decorrida procedeu a alterações, fazendo entrar Yassine Brahimi e Jesùs Corona, saindo Diogo J. e Hèctor Herrera. Aos 72' André André substituiu Otávio. Aí, sim, o Futebol Clube do Porto, conseguiu ser nitidamente melhor do que o Brugge, construiu jogadas para dezanove remates à baliza contra três da equipa da casa e virou o resultado desfavorável para um triunfo "in extremis" embora de penalti, pela diferença de 1-2, sem poder negar que a sorte o bafejou.

Iván Marcano confirmou o bom momento de forma que está a atravessar. Miguel Layún, um desastre na acumulação de erros, salvo no equilíbrio da balança pelo grande remate que deu o empate. Iker não falhou, Felipe não jogou. Alex Telles fity-fity; Hèctor Herrera, erra e emperra de mais, tem jogos que atrapalha mais do que trabalha; Danilo Pereira, esteve bastante bem na luta e na vontade de empurrar a equipa par a frente, conseguiu, o que se poderia dizer, um bom jogo. Otávio, muito vigiado e apertado pelos defesas, foi quem mais se distinguiu no ataque. Jota, em esforço, não pode ser criticado mas não lhe correu bem quanto ao resultado do empenho. Óliver Torres andou apagado bastante tempo para aparecer na meia hora final no melhor da equipa. André Silva, não recebeu expediente preparado para colocar a sua assinatura. Fantástico na frieza de que se revestiu na marcação de um penalti de tanta responsabilidade. André André, dentro do que se lhe pode exigir.

Tanto Yassine Brahimi como Jesùs Corona, foram fundamentais para a remontada mo marcador. Porque, foram responsáveis influentes na viragem, dir se à que entraram no hora certa. Sorte tem o Nuno ES pois ninguém poderá garantir que tivesse sido a mexida mais cedo o sofrimento não teria existido.

NOTA FINAL: Voltou à equipa do FC do Porto o péssimo (e intragável!) recurso aos passes para a retaguarda e para os lados, dando tempo de sobra para que o adversário pudesse recompor-se. Não devem ter reparado, mas eu não me recordo de, em todo o tempo de jogo, de ter visto os jogadores do Brugge atrasar a bola, uma vez que fosse.

Com duas ou três faltas (mal) apontadas contra do FC do Porto, o árbitro italiano Paolo Taglianento e os seus auxiliares não prejudicaram o resultado final.

      

    
 

3 comentários:

  1. Amigo :

    Jogo inconsequente do F.C.Porto . Valeu pelo "IN EXTREMIS" !

    Abraço

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  2. Vitória importantíssima. Que é o que conta. Quanto ao mais, está aqui tudo dito e escrito. Ficando meu desejo que se vá ganhando mesmo sem convencer muito, que assim pode ser que se vença o momento de alguma indefinição. Há que termos confiança.
    Armando Pinto

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  3. Falta competência no nosso F. C. do Porto. Inacreditável a postura de André André.

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