domingo, outubro 02, 2016

NO DIA DO IDOSO, O FESTIVAL FOI DA JUVENTUDE.

 O Jogo

Liga NOS
7ª jornada
Estádio da Madeira (RAM), Funchal
2016.10.01
Bom tempo.
Claque de apoio numerosa.

              CD da Madeira, 0 - FC do PORTO, 4
                                (ao intervalo: 0-3)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 80' Rúben Neves, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Otávio, aos 76' Yasine Brahimi, André Silva e Diogo Jota, aos 72' Maxi Pereira.

Equipamento: alternativo de cor amarela

Treinador: Nuno Espírito Santo 

Equipa de arbitragem: Rui Costa, Tiago Costa e João Matos, AFP.

GOLOS: 0-1 aos 11' por Diogo J, concluindo uma troca de bola com Otávio e frente ao guarda redes rematou rasteiro de pé esquerdo; 0-2, aos 38' de novo por Diogo J em passe de André Silva isolando o marcador que "pica" a bola por cima do guarda redes em lance vistoso; 0-3 aos 44' ainda por Diogo J a chegar ao primeiro hat trik da carreira, em jogada iniciada por Otávio no flanco direito a entregar a Miguel Layún que centra para o poste esquerdo onde aparece J a bater de cabeça para o fundo das redes; o 0-4 aos 58' foi apontado por André Silva numa jogada iniciada por Óliver Torres, continuada por Otávio no flanco esquerdo a servir o ponta de lança a desmarcar-se pelo centro, veloz, e a rematar forte e rasteiro.

              Alex Telles (23), Danilo Pereira (22) depois Rúben Neves (20), Óliver Torres (22), Otávio (21), André Silva (20) e Diogo J (20), foram os principais artistas do festival da juventude que ocorreu no Estádio da Madeira, contribuindo de forma significativa para a robusta vitória alcançada pelo Futebol Clube do Porto na primeira deslocação desta época à Região Autónoma da Madeira.

             Quando uma equipa vence por uma margem dilatada de golos pouco previsível e fora de casa, o que de menos bom fizer o vencedor parece ter pouca relevância. E, se o merecimento da vitória do Futebol Clube do Porto está amplamente justificada e os números pudessem até ser (bastante) ampliados, a verdade é que nem tudo o que se viu fazer à equipa do Porto foi impecável. Melhorou quase tudo relativamente ao que se viu nos últimos jogos, sem dúvida, mas permaneceu em percentagem elevada a falta de eficácia, o desaproveitamento das ditas "bolas paradas" e o exagerado (imperdoável!) desperdício de passes. Tudo isso acabou superado pela extraordinária capacidade técnica dos atletas, pela irreverência, saúde física e entendimento de uma juventude promissora a transmitir uma mensagem de esperança aos adeptos, que esteve na origem dos melhores momentos que a equipa logrou fazer em todo o tempo de jogo e nos embates nesta época realizados. Num 4x4x2 de matriz, com as nuances que as circunstâncias do desenrolar do jogo requeria, Nuno espírito Santo viu, finalmente, a ideia de jogo tipo que deseja implantar e consolidar na equipa azul e branca.

             Diogo Jota terá sido o jogador mais valioso ao conseguir um espetacular hat-trick, mas André Silva, Danilo Pereira, Otávio e Óliver Torres e Alex Telles, por esta ordem de grandeza relativamente ao desempenho deram brilho ao triunfo alcançado. Iker Casillas, não foi importunado e apenas aos 90'+1' o Nacional logrou fazer um remate com algum perigo. Felipe um furo acima de Marcano, constituíram uma barreira a varrer o perigo de modo prático. Alex Telles, esteve comedido mas seguro; Miguel Layún está empenhado em ajudar a equipa e a aumentar a (boa) dor de cabeça ao treinador; é pau para toda a obra e merecia o golo no livre que a barra lhe negou; no meio, Danilo Pereira fez de pêndulo na ligação do jogo a meio campo, sempre na posição certa, conseguiu (talvez) a exibição mais regular da equipa. Saíu para dar minutos a Rúben Neves numa decisão acertado do mister; o capitão Hèctor Herrera trabalhou bem, com altos e baixos. Óliver Torres, pisando áreas atrasadas, conduziu a batuta da orquestra com mestria -no passe longo, encantou; no ataque, o trio maravilha: Otávio, André Silva e Diogo J. Espetáculo! o joven André, contudo, corre e esforça-se de mais! Tem a ânsia de fazer tudo, é louvável, mas precisa dosear a sua entrega, que é enorme! Esbanja esforço sem necessidade. Precisa de controle, de refrear a genica que possui e que, aliada às qualidades inatas e ao treino da técnica que tem hão de fazer dele um ariete de respeito do futebol nacional e europeu! Rúben integrou-se no ritmo da partida melhor do que Yassine Brahimi, muito "apegado" ao esférico.


            O árbitro portuense Rui Costa produziu uma arbitragem que primou pela vulgaridade, no que foi imitado pelos seus auxiliares, os quais, anularam cinco (!!!) jogadas ao ataque portista por fora de jogo sem que em qualquer deles tivesse havido alguma irregularidade. Imperdoável que, aos 36', Diogo J tivesse sido atingido com o punho num ouvido por um jogador do Nacional, sem que o auxiliar, perto, e Rui Costa tivessem visto a agressão e deixassem que a partida prosseguisse algum tempo com o jovem avançado no relvado sem assistência. Porém, com o FC do Porto a exibir-se deste modo, equipas de arbitragem sem categoria não irão impedir a vitória da competência e do (bom) trabalho.

RC.

1 comentário:

  1. Amigo :

    Mais uma vez fomos roubados . Vamos de mal a pior ... arbitragem incompetente ! Abraço

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