quinta-feira, setembro 17, 2015

ERROS MEUS, MÁ FORTUNA...E CRITÉRIOS TEUS.


O Jogo
Liga dos Campeões
Estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia)
1ª mão - 1º jogo
2015.09.16
50 000 espectadores.

                  FC Dínamo de Kiev, 2 - FC do PORTO, 2
                                       (Ao intervalo: 1-1)

Marcador: 1-0, aos 20'; 1-1, aos 23', Aboubakar; 1-2, aos 81', Aboubakar; 2-2, aos 89'.

FCP: Casillas, Max, Maicon, Martins Indi, Layún, Danilo, Rúben Neves, Héctor Herrera (Cristán Tello, aos 65'), André André, Aboubakar (92', Osvaldo) e Brahimi (Corona, 78')

Árbitro do jogo: Félix Brych, Alemanha.
Ação disciplinar: Cartão amarelo: Maicon, 17', Max, 40', Aboubakar, 48'  e Danilo, 88'


                       A vitória que a exibição do FC do Porto merecia na partida realizada contra do FC Dínamo, em Kiev, na Ucrânia, gorou-se a um minuto do termo do encontro, com a equipa da casa a obter o empate a dois golos numa jogada em que prevaleceu o critério do árbitro alemão; Félix Brych, que não considerou em posição de claro fora de jogo um jogador ucraniano postado em frente a Casillas e se movimentou quando percebeu que o colega de equipa, partindo de posição legal, poderia concluir com êxito a jogada que daria o empate. Toda a defesa dos Dragões antes de tempo o que facilitou o desenrolar do lance.

                       De todo imerecido o desenlace do encontro para a equipa de Julen Lopetegui e uma sensação de injustiça para os decepcionados adeptos portistas perante o que foi a partida, na qual os Dragões produziram uma exibição de muito mérito sobretudo no período complementar em que superaram em todos os capítulos de jogo o seu valoroso adversário.

                      O Futebol Clube do Porto surpreendeu pela disposição tática dos seus jogadores, criando uma linha média de quatro elementos onde André André se movia entre várias posições consoante as alternâncias das jogadas, articulando os seus movimentos com Héctor Herrera, ora no apoio ao ataque ora na pressão dos jogadores do Dínamo nas saídas para o meio campo portista. Enquanto nos primeiros quarenta e cinco minutos os nossos jogadores procuraram não quebrar as posições rígidas que o esquema exigia, no segundo período agiram mais soltos e com liberdade mais ampla que lhes permitiu maior controle de bola e obrigar os ucranianos a maior esforço físico para tentar travar os ataques e as movimentações do adversário.

                      Passando despercebido até aparecer a apontar de cabeça a centro de Layún o golo do empate a uma bola, ABOUBAKAR foi a grande figura da partida não apenas por ser o autor dos golos portistas como pela capacidade de luta, concentração absoluta no trabalho da equipa, pureza nas intenções na disputa dos lances, da energia inesgotável que possui e na disponibilidade em jogar para o todo. 

                      Salvo no primeiro golo do Dínamo em que estava completamente desordenada e no segundo em que se ausentou da jogada antes do apito do alemão, a defesa comportou-se bem. Casillas, não segurou uma bola que lhe chegou por alto na marcação de um canto e esteve próximo de ver a bola entrar, não fora Max Pereira e a atrapalhação dos ucranianos. Redimiu-se com uma defesa "do outro mundo" no último lance da primeira parte. Fiquei com a impressão de que foi surpreendido também no segundo golo, mas joga o seu favor o facto de estar tapado pela presença do adversário.

                      Max Pereira, Maicon e Martins Indi, com boas prestações transmitiram confiança. Layún alterna entre o bom e o suficiente e não disfarça as suas limitações para posição. No meio campo esteve a virtude, com Rúben Neves a jogar "como gente graúda". Danilo sob de rendimento a cada jogo e, neste, só me pareceu atraiçoado pelo cansaço com o aproximar do final da partida. Héctor Herrera, teve a virtude de desempenhar bem a missão que lhe deram, não tendo registo de coisas extraordinárias. André André já não surpreende ninguém quanto à sua importância dentro desta equipa e está no pódio dos melhores. Brahimi também andou próximo do seu real valor, ainda que dele se possa exigir mais. 

                       E ABOUBAKAR, sim, senhor ABOUBAKAR!

                       Dos suplentes utilizados, Cristián Tello não brilhou, mas também não comprometeu; Corona, apenas entrou a 12' do fim e teve uma boa jogada que concluiu com forte remate. Ambas as entradas foram justificadas e oportunas, apesar de, provavelmente, constarem do caderno de instruções que Rui Barros levou consigo para o banco. Osvaldo, nem tempo teve para saber onde estava.

                      O empate fora de casa contra uma equipa forte como é o Dínamo de Kiev numa prova curta como é a Champions, nunca pode ser considerado um mau resultado. O essencial era não entrar a perder e o objetivo foi alcançado.

                      Esta partida era também importante para avaliar o que vale neste momento o FC do Porto. Era um teste às suas reais capacidades e valor potencial e, para certos notáveis, a competência do primeiro responsável da equipa técnica. Equipa e treinador, passaram com nota alta. Acesso garantido à entrada direta na Universidade.



                     

                     



3 comentários:

  1. Também concordo que soube resumir bem no título, o que aconteceu. Contudo, como se diz, agora o caminho é para a frente e domingo é decisivo o jogo, na minha maneira de ver, quanto ao futuro.
    Armando Pinto

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