sexta-feira, dezembro 09, 2011

OS FESTEJOS DOS GOLOS E OS GESTOS DOS SEUS AUTORES TOLOS.

      

El jugador de Colombia, Freddy Guarín, festeja un gol contra Venezuela por las eliminatorias mundialistas el viernes, 11 de noviembre de 2011, en Barranquilla, Colombia. (AP Photo/Ricardo Mazalan)
          

          O futebol é um manancial de contradições e bizarrias muitas delas a roçar o ridículo, não somente de quem as protagoniza mas também dos responsáveis que as regulam e as impõem aos seus autores.

         Uma das que mais polémica suscita é a do jogador que, tendo obtido um golo determinante ou resultante de uma bela execução, despe a camisola e expande com exuberância a sua alegria. Até mesmo quando Guarin colocou na cabeça um chapéu fetiche para celebrar um golo fantástico, acabou por ser admoestado com um cartão amarelo tal qual como aconteceria se, em vez de cobrir a cabeça tivesse tirado os calções.

         De há uns tempos a esta parte é comum o festejo do golo levando o dedo à boca apontando com a mão oposta para as bancadas ou câmaras da TV, num gesto patético com que o papá intenta impressionar o descendente recém-nascido que, provavelmente, naquele momento estará a mamar na tetilha da mãezinha completamente indiferente a que o bobo maricão do papá tivesse alcançado o único objectivo que levou para o jogo e atrás do qual andou até ter a sorte de ser ele a obtê-lo.


              Estou convencido de que o gesto canino de Danny no jogo de S. Petersburg não visava objectivamente humilhar o Futebol Clube do Porto por ser ele, português da madeira mas educado na Venezuela, a sentenciar a sorte do jogo, mas, como viria fora de horas a esclarecer, estaria a cumprir um desejo dos filhos. Bem intencionado ou não é coisa que me não aflige, mas que acho a sua atitude de muitíssimo mau gosto e sumamente infeliz e imprópria, lá isso é verdade, mesmo que o visado fosse outro que não o meu clube do coração. Pior foi, depois, a forma como reagiu à reacção dos simpatizantes do FC Porto, também estes a meu ver a empolar excessivamente o significado da mijadela plebeia, que teria sido abafada com um humilde pedido de desculpas ou uma atempada explicação. Mas se até o seu treinador italiano tentou tirar proveito dos efeitos produzidos pela urina do seu jogador...

          Não li ou ouvi dizer que esta maneira de festejar o golo não é inédita, porque, há já muitos anos atrás, um outro jogador (julgo que africano) o fez identicamente num jogo de uma prova organizada FIFA (talvez um campeonato do mundo). Nessa altura houve também bastantes comentários e a patente não foi aceite e caiu em desuso.

          
            Se a UEFA e o seu catavento presidente Michel Platini estivessem muito interessados na melhoria dos espectáculos que lhes sustentam o real modo de vida que levam, com o dinheirinho que lhes entra no cofre às pàzadas, entenderiam com facilidade a diferença que há entre celebrar um golo com um chapéu típico do país da sua nacionalidade e o de outro que, acintosamente ou não, o faz como um animal que vive num canil, o "negócio" futebol ficaria muito mais limpo. Mas se eles acham que é natural uma equipa precisar de marcar cinco golos e fazer sete para se apurar para a fase seguinte da Liga maior da Europa, e que nada se passa se uma equipa de arbitragem chefiada pelo categorizado árbitro português Jorge Sousa nega sem fundamento legal dois golos a uma equipa que necessitava da vitória para se apurar, e que o não conseguiu porque não venceu, então, porque carga de água salgada despejada na relva por rafeiro se hão-de preocupar?

2 comentários:

  1. Meu caro :

    Eu já tinha desvalorizado a patetice do Danny mas, agora ...

    Abraço

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  2. No meio disto tudo só admira como um jogador é penalizado com cartão amarelo quando, ao festejar um golo, tira a camisola, inclusive até simplesmente a pôr um chapeu na cabeça (como com o Guarin, na época passada), por exemplo, e não acontece nada num caso destes em que este espécime de cão deixa ficar mal os animais...

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