segunda-feira, novembro 07, 2016

IGUALDADE PREMEIA VULGARIDADE.



Liga NOS
10ª jornada
Estádio do Dragão, Porto.
Lotação esgotada
Bom tempo
2016.11.06


                             FC do PORTO, 1 - Benfica, 1
                                    (ao intervalo: 0-0)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Otávio, Jesùs Corona, aos 66' Rúben Neves, Óliver Torres, aos 76' Miguel Layún, André Silva e Diogo J, aos 87' Hèctor Herrera.
Equipamento: tradicional oficial.
Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

GOLOS: 1-0 aos 50', por Diogo J: Jesùs Corona conduz a bola da direita até ao semicirculo da área, serve Diogo J desmarcado do lado esquerdo que, depois de contornar um adversário remata forte e rasteiro entre o guarda redes e o poste. O empate "caiu do céu" aos 90'+2' na sequência de um pontapé de canto provocado por lance desastrado de Hèctor Herrera ao pretender pontapear a bola  contra um adversário e tentar interromper o jogo a seu favor, de cuja execução resultou num golo obtido por L. Lopez em golpe de cabeça.

             O Futebol Clube do Porto produziu a melhor exibição desta época em todas as competições em que está envolvido e reduziu à vulgaridade da sua real dimensão um adversário que em momento algum da partida fez por merecer um resultado positivo. O empate acontecido num lance fortuito em tempo de compensação, festejado no fim do encontro por técnico, jogadores e dirigentes do clube da Dona Victória como se do título nacional se tratasse, tem a forma de compensação injusta e indevida à mediocridade, à ausência de caráter competitivo, à falência de campanhas empoladas de falsas grandezas, sem correspondência real e efetiva quando confrontados com adversários capazes de desmitificar os cenários fantasiosos de um valor que o clube do regime (antigo e novo) está longe de merecer. 

            O FC do Porto foi dono e senhor no jogo do estádio do Dragão na noite de ontem, submetendo o seu opositor ao papel de ator secundário, de terceira linha. Jogou e criou lances de entusiasmar, os seus jogadores mostraram a sua classe individual na técnica e arte de bem criar futebol, confundindo e desorientando o adversário apenas preocupado em "fazer sombra" e confiar na fortuna. O primeiro tempo teve laivos de massacre, com Ólver, Otávio, Diogo J e André Silva, a asfixiarem os desorientados victorianos da segunda circular alfacinha, deixando-os sem folgo para ultrapassarem a linha do meio campo. Depois do golo de Diogo J. a equipa portista desacelerou um pouco e consentiu um primeiro remate, à distância, à baliza de Iker Casillas, gasta que estava a hora do começo do jogo! O lance terá sido o mais perigoso criado pelo adversário em todo o encontro e não houve qualquer outro digno de registo. Para tão louvado adversário, convenhamos que é deveras insignificante!

          O "coronel" Vitória treinou o Fátima e terá confiado na Senhora. Milagre houve, a menos de dois minutos do fim através de um lance caricato protagonizado por Hèctor Herrera. Aconteceu, é futebol, com soi dizer-se. É, acontece, porque não há justiça num jogo de bola. Contam os golos, e a sorte dos tolos...

          Quem viu este jogo tem muito por onde escolher entre os jogadores do Dragão, os que mais se destacaram. Quase todos, no meu entendimento, com variantes em pormenores de classe que cada um tem especificamente. Não destacarei nenhum. Foram extremamente esforçados, deram tudo que lhes seria legítimo pedir. Tudo teria sido perfeito não tivesse acontecido o lance de que resultou o escandaloso empate, na origem e na conclusão.

          Artur Soares Dias, do Porto, sim, não de Braga ou Leiria, Castelo Branco, Loulé ou Setúbal, ainda que tudo esteja sediado na capital sugadora dos impostos. Teve atuação equilibrada, como não se lhe vira fazer antes nos jogos em que participou o clube da sua região, fez por ser justo e imparcial. Fica, porém, por justificar, claramente, por que invalidou aos 25' um golo ao Futebol Clube do Porto. A bola vinda do ar foi ao braço de Mitroglou e daí foi à mão de Felipe. Se o lance foi invalidado por falta do defesa do Porto errou pois ela primeiro bateu no avançado encarnado. Não terá visto, mas, mais uma vez, Soares Dias decidiu contra o FC do Porto. Além do mais, num e noutro jogador a bola terá batido por acaso. Há, ainda, na segunda parte a anulação por fora de jogo mal assinalado de um ataque portista, mas é da responsabilidade do auxiliar do lado da bancada central.

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