Maicon, apontou o golo da vitória (2-1) sobre o Chelsea (Mais futebol)
Liga dos Campeões
2ª Jornada - 1ª Mão
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2015.09.29
Espectadores: 46 124
FC do PORTO, 2 - Chelsea FC, 1 (UK)
(Ao intervalo: 1-1)
GOLOS: 1-0, aos 39', por André André; 1-1, aos 46',15'', por Williams; 2-1, aos 54', por Maicon.
FC do PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi, Rúben Neves (78', Evandro), Danilo, Imbula, André André (80', Layún), Aboubakar e Brahimi (86', Osvaldo).
Árbitro: Mateu Lahoz (Espanha).
Voltou ao Dragão o espetáculo das grandes noites europeias, com a equipa do Futebol Clube do Porto a alcançar um grande vitória que premeia uma exibição global das mais brilhantes e conseguidas das últimas participações na prova da elite dos clubes europeus. Assumindo uma postura de combate sem complexos ou exagerados temores, os Dragões evidenciaram uma saúde física e mental de registo elevado no desenvolvimento do jogo, proporcionando aos assistentes do estádio e a milhões de portugueses e espanhóis que viram pela TV, um jogo de altas emoções, bom futebol e um espetáculo que ficará como uma noite de glória na celebração dos 122 anos da criação do Clube.
Como vem sendo normal a constituição da equipa que iniciou o confronto com o campeão da Inglaterra, do professor José Mourinho e do milionário Abramovich, foi tema glosado pelos experts de cadeirinha e cachet a recibo verde nas apreciações prévias ao confronto, mormente com as entradas de Martins Indi para o lugar onde vem atuando Layún e o posicionamento de André André no xadrez da equipa, mas as "asneiras" que muitos apontaram de cátedra provaram em campo que o adversário foi bem estudado e o antídoto para o combater foi o adequado.
Com um primeiro tempo repartido e com altos e baixos em função da inspiração casual do valoroso adversário, o conjunto portista mostrou o potencial que tem com uma segunda parte de luxo, valente, destemida, suada e profundamente imbuída de espírito de conquista que sempre foi apanágio do glorioso baluarte do futebol luso e internacional e lhe conferiu mérito total na conquista de três preciosos pontos.
Tenho registada a cronologia dos momentos mais empolgantes da partida mas não me atrevo a mencioná-los nesta crónica porque não seria capaz de os descrever com a emoção que os presenciei. Também não me é fácil apontar jogadores que mais contribuíram para alcançar esta vitória saborosa. Dos que cumpriram o tempo integral, porém, houve quem se superasse a si próprio e tivesse ido além do que se poderia exigir. De Casillas a Brahimi, passando por Aboubakar, tudo a dizer. O camaronês é um espanto de força, técnica e disponibilidade. Imbula, foi gigante portentoso. Mostrou-se, emfim! Rúben Neves, um colosso em técnica e visão de jogo. André André, fundamental e mais um golo precioso; Danilo, uma força incrível; Brahimi, um luxo; Martins Indi, um pêndulo, Maicon afirma-se como patrão da defesa e esteio sólido, faz o golo da glória; Marcano, anti vedeta, prático e eficaz; Maxi Pereira, um utilidade indispensável; Casillas, o toque do prestígio que valoriza a equipa.
Mateu Lahoz: é um dos árbitros que mais aprecio no futebol espanhol. Terá sido impressão minha mas pareceu-me que usou de maior rigor em relação às entradas ilegais dos jogadores do FC do Porto de que do Chelsea; sem que eu tivesse notado que deu compensação de tempo no final da primeira parte, o golo de livre direto de William foi apontado aos 46',15'' e, a falta que o originou, muito duvidosa. Ainda estou sem perceber por que não marcou Lahoz uma grande penalidade causada por Marcano com o jogo a esgotar-se, o qual corta a bola de forma deliberada com o braço a merecer sanção máxima, num jogada que aconteceu junto à linha de fundo e frente a um dos árbitros assistentes que ninguém sabe para que serve, que, se tivesse sido assinalada poderia ter causado um castigo injusto para quem teve tamanho mérito. Haja Deus!