sábado, fevereiro 22, 2014

DA FÉ QUE NUNCA ACABA À COMPAIXÃO PELOS ARRUINADOS.

   




  O Futebol Clube do Porto não poderia ter feito o resultado que fez na partida de quinta-feira passada no Dragão, contra o Eintracht Frankfurt da primeira mão da fase de eliminatórias da Liga Europa. Só uma vitória que resultasse de uma exibição convincente da nossa equipa poderia diluir ou mesmo dissipar a onda de pessimismo que se instalou no seio da família portista há tempo de mais a esta parte.

     Nem o facto da equipa de Paulo Fonseca ter conseguido realizar uma partida de muito bom nível, pelo menos relativamente ao que se lhe tem visto fazer na presente época, é suficiente para recuperar o déficit de confiança que acumulou noutros jogos menos exigentes.

    Na partida contra os alemães viu-se um FC Porto próximo do melhor que no Dragão se tem visto em provas europeias, vocacionado para o ataque sem lateralizações ou atrasos de bola despropositados, combativo, rematador, passes verticais quase sempre bem direccionados, exercendo uma pressão alta que dificultava a saída para o contra-ataque da equipa alemã, bom desempenho que foi mal premiado apesar da "obra prima" do golo ao cair do intervalo do imprevisível Ricardo Quaresma. No período complementar, fosse por mudança de estratégia, carência física ou melhoria do Eintracht, a intensidade de jogo não foi a mesmo do primeiro período, contudo, o FC Porto mantinha o equilíbrio necessário para chegar ao segundo golo e a esperança de um bom resultado parecia confirmada.

    A verdade é que dois erros individuais viriam a cobrir de cinzento o ambiente no Dragão, do nosso lado, pois que os alemães presentes na bancada rejubilaram e redobraram os incitamentos na razão inversa dos decepcionados corajosos dos nossos apoiantes. Mangala, "assiste" na tentativa de safar a bola da área de qualquer maneira o jogador alemão que remate forte e colocado sem chance para Helton, reduzindo para 2-1. Atarantada, a equipa desequilibrou-se como uma criança que aprendeu a andar há pouco tempo e, na sequência de uma canto, novamente o possante francês tem um gesto inacreditável e alivia de cabeça (remata?) contra Helton , que sacode instintivamente para a frente onde uns dos vários alemães ali postados devolve para a  baliza, Alex Sandro tenta, em voley, safar golo mas o esférico bate na barra e entra estabelecendo o empate que os germânicos desejavam. No último suspiro é Ghilas, que tinha saído do banco para se juntar a Jackson que falha, desastradamente, o 3-2.

    A sorte pode ser, efectivamente, madrasta!

   Vamos esperar pelo jogo contra o Estoril no próximo domingo para avaliar os prejuízos do resultado desalentador com que partiremos para a Alemanha, para Frankfurt mais propriamente. É que, apesar de se anteverem grandes dificuldades contra este Eintracht, nervos de aço e eficazes, sortudos e agora também eufóricos, o Futebol Clube do Porto da primeira  mão vai vencer a eliminatória e prosseguir na prova  porque  merece  e é melhor.



  A respeito da campanha em estilo dèjá vu do auto-instituído paladino da verdade desportiva ao jeito de Dias da Cunha, a múmia que fala, que deu o resultado que tinha que dar e não o que a comunicação alfacinha desejaria, seria muito curioso saber se o fundamento da acusação contra o FC Porto, em vez de 2,40' de atraso verificado tivessem sido contabilizados 5'', 10'', 30'' ou até 1 minuto, porque o guarda-redes do Marítimo ainda não tinha apertado as luvas e o árbitro esperou que o fizesse para autorizar o começo do jogo no Dragão. Sim, porque o sr. Bruno Voz Profunda esportinguista regenerador-aprendiz-novas oportubidades não admite, nem perante S. Pedro, que o jogo pudesse ter principiado um segundo que fosse depois de ter apitado o trombone para o início do "baile" em Penafiel.!

     É mesmo de calimero arruinado!


2 comentários:

  1. Depois de tantos avanços e recuos, mesmo quando tudo parece bem encaminhado, lá vem borrasca, estou na fase João Pinto, prognósticos só no final do jogo.

    Abraço

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  2. Amigo :

    ..."O Futebol Clube do Porto não poderia ter feito o resultado que fez "...
    ..."A sorte pode ser, efectivamente, madrasta! "...

    Não poderia mas fez !
    E a sorte (ou a fata dela) não explica tudo !

    Pois não?

    Abraço



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