sábado, fevereiro 16, 2013

PRELÚDIO À BEIRA MAR.



O Jogo
Liga Zon Sagres
Estádio Municipal de Aveiro
2013.02.15

                        Beira-Mar, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
                                      (ATSU, aos 34' e JACKSON MARTÍNEZ, aos 73´)

FCP: Helton. Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Lucho, Moutinho e Fernando. Marat Izmaylov e Atsu. Jogaram ainda: Maicon, no lugar de Atsu, aos 65'; Lucho, cedeu o lugar a James Rodriguez, aos 71' e, Moutinho, cedeu o lugar a Castro, aos 81'.


                            Antecedendo a jornada europeia da próxima quarta-feira em que o Futebol Clube do Porto vai defrontar o Málaga para a 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, os bi-campeões nacionais foram a Aveiro derrotar o SC Beira-Mar, pelo resultado de duas bolas sem resposta.

                            O triunfo foi tão natural e justificado quanto previsível perante o desnível de potencial que distingue os conjuntos em confronto: os aveirenses a lutar pela permanência no escalão maior do futebol luso,  tendo como opositor uma das melhores equipas da Europa do momento e candidato primeiro à renovação do título de campeão.

                            A partida não excedeu as previsões dos jogos em que um dos contendores está implicado numa prova com a importância da Liga dos Campeões. Não obstante as declarações de técnicos e jogadores, ainda que eles se esforcem por demonstrar o contrário, o comportamento dos atletas fica condicionado pela maior importância que é dada ao jogo seguinte.

                            Foi assim no jogo de ontem, em que o FC Porto adoptou um ritmo de jogo baixo, quase de treino activo, durante grande parte da partida. É um facto que acontece frequentemente, provavelmente contra o que a equipa técnica recomenda, sendo muito difícil de motivar um jogador para "meter o pé" e manter uma atitude agressiva na disputa da bola.

                           Por outro lado, estes jogos têm uma visibilidade que os jogadores das equipas consideradas mais fracas aproveitam para "dar nas vistas", pondo em campo todas as energias e virtudes que possuem para contrariar o favoritismo do adversário poderoso, o que, como ficou provado no jogo anterior no Dragão, o resultado é uma surpresa amarga...

                          O FC Porto controlou o jogo de princípio ao fim. O melhor período da equipa aconteceu a partir da hora, quando Vìtor Pereira procedeu ao reposicionamento dos jogadores de que resultou um aumento da velocidade e redefinição das jogadas e maior acerto do passe  final. Foi o período que mais me agradou e que me aumentou a certeza de que não haveria surpresa no resultado final.


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                          Como já referi, os jogadores não usaram de grandes acelerações e jogadas com piques desgastantes. Na defesa, Alex Sandro, Mangala, Otamendi e Danilo, por esta ordem, cumpriram o seu papel. O defesa direito terá de fazer, porém, muito melhor do que tem vindo a mostrar. Notável, foi o passe que deu a Jackson Martínez para este concluir com um golo de grande espectáculo. Helton, não foi posto à prova.
                          No miolo esteve (como de costume) a virtude. Moutinho, Lucho e Fernando, no mesmo plano, trabalham como um relógio suíço. 
                          Na frente, Atsu, enquanto manteve frescura física, foi  o que mais trabalhou e deu nas vistas. Até pelo belo golo que marcou. Jackson Martínez, é já uma referência da equipa pelo que joga, faz jogar e...pelo que marca: útil e bonito. Marat Izmaylov, cumpriu, pela primeira vez, noventa minutos completos. Isto, diz muito mas, é de justiça salientar, que esteve muitíssimo bem!

                          Maicon, regressou ao lugar onde melhor cumpre e sabe jogar. É um regresso que se saúda. Vítor Pereira, vai ter vida difícil para escalar a defesa... James Rodriguez, regressou para vinte minutos bons de adaptação ao ritmo competitivo e Castro, mostra agora muito mais à vontade quando é chamado. É um valor seguro que vai ter muitas opoirtunidades.

                         Olhem, dispenso-me de comentar esta ...da que nem nos distritais deveria ser chamado a arbitrar jogos. Se não estivesse em Portugal e visse um coitado como este ajuizar uma partida de uma Liga Profissional, diria que...só em Portugal é que existem dirigentes que permitem estas aberrações.


                           

2 comentários:

  1. Frente a uma equipa que jogou como se previa, muito fechada e apenas com Yazalde na frente, o conjunto treinado por Vítor Pereira entrou bem, dominador, a controlar totalmente o jogo, mas em ritmo baixo, pouca intensidade, pouca pressão, pouca gente junto dos avançados, pouca profundidade e pouca contundência, com Jackson algo complicativo. Valeu o golo de Atsu e pouco mais digno de registo se passou, com a equipa portista a ir para o intervalo com uma vantagem justa, frente a uma equipa aveirense totalmente inofensiva.

    Na segunda-parte, foi bem diferente, para melhor, a exibição do conjunto azul e branco. Mesmo sem ter aumentado muito a velocidade e intensidade, o F.C.Porto pressionou mais, circulou melhor, meteu mais gente na zona ofensiva, teve mais largura e profundidade, foi criando lances de perigo, marcou o segundo golo, por Jackson - magnífica jogada e conclusão, com pormenor de classe, de Cha Cha Cha - e daí até final, com o adversário vencido e convencido, quase se limitou a deixar passar o tempo.

    Resumindo, foi uma vitória tranquila, sem discussão, embora, pelo domínio absoluto, pela superioridade em todos os capítulos de jogo e até pela qualidade, nomeadamente na etapa complementar, a equipa portista devia ter marcado mais golos. Não marcou, é pena, mas paciência, o fundamental, a conquista dos 3 pontos, foi conseguido.

    Notas finais:
    Em vésperas de um jogo muito importante e já com o pensamento no Málaga, Vítor Pereira a teve possibilidades para gerir, fazendo sair Atsu, Lucho e Moutinho, dando minutos a Maicon, James e Castro.
    De destacar os 90 minutos e de qualidade, de Izmaylov.

    O jogo não podia ter terminar sem uma Xistralhada, com uma expulsão incrível de Mangala. Está visto, neste futebolzinho, um jogador que salte muito, que tenha uma grande capacidade física, tem que ter cuidado. Só faltava agora darem dois jogos de castigo ao francês do F.C.Porto...
    Se tivessemos a mania da perseguição até podíamos dizer que os cartões foram mesmo para os jogadores que estavam em risco.

    Abraço

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  2. Amigo :

    ..."o FC Porto adoptou um ritmo de jogo baixo, quase de treino activo, durante grande parte da partida."...

    De facto , assim foi !

    Abraço

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