VIRADO AO NORTE

            O FUTEBOL CLUBE DO PORTO é uma entidade desportiva fundada em 1893, tem reconhecimento de utilidade pública, os seus associados ultrapassam os 100 000 e os seus seguidores em Portugal e no mundo são muitos milhões de portugueses.
         NO Porto, a cidade sede do clube e a região norte onde se insere, trabalham e pagam os seus impostos portugueses com iguais deveres e direitos garantidos pela Constituição da República, estando entre os segundos a igualdade de acesso e tratamento pelos órgãos de comunicação social dos cidadãos por ela abrangidos.
         A RTP, é uma estação de televisão do Estado, que subsiste com pesados encargos para o erário público, cobertos pelos impostos da grande maioria de portugueses, entre os quais se incluem alguns milhões de adeptos do Futebol Clube do Porto.
         Era de prever que, a expectativa gerada à volta da apresentação do novo treinador dos nortenhos, André Vilas Boas, hoje, pelas 13 horas, no Estádio do Dragão, tivesse merecido da parte dos responsáveis daquele órgão NACIONAL de informação o destaque que a cerimónia merecia e tivesse cumprido as suas obrigações em moldes semelhantes aos que, noutras apresentações idênticas mas com protagonistas de estatuto de privilégio, habitualmente concede sem olhar a gastos e ao tempo de emissão.
         Lembre-se, a título de exemplo, o que foi o tratamento (e a dimensão em tempo e gastos) dado pela RTP, à apresentação de José Mourinho, em MADRID, ESPANHA, como técnico do REAL MADRID, um  clube da capital ESPANHOLA.
          Todos os portugueses são iguais perante a lei. É verdade, está na Lei Constitucional. Então, por que razão, tantos cidadãos têm tratamento de portugueses de segunda?