domingo, dezembro 31, 2017

SAIR DOS QUARTOS COM MEIAS CALÇADAS.

 

Taça da Liga
Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
Fase de Grupos - Último jogo
Sportv - Hora: 20:15
Tempo: sem chuva - Relvado:aceitável
Assistência:bancadas muito compostas c/maioria portista
2017.12.30 (sábado)

     Paços de Ferreira, 2 - FC DO PORTO, 3
                             (ao intervalo: 2-2)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 45' Jesùs Corona,  Diego Reyes, Iván Marcano, Alex Telles, Ricardo Pereira, Hèctor Herrera (C), André André, Yacine Brahimi, aos 76' Miguel Layún, Moussa Marega e Tiquinho Soares, aos 45', Vincent Aboubakar.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Bruno Esteves (AF Setúbal)

GOLOS E MARCADORES; 0-1 aos 17' por Diego Reyes, batendo de cabeça um pontapé de canto apontado à direita por Alex Telles; 0-2 aos 21' por Yacine Brahimi, numa jogada individual iniciada a meio do meio campo pacence, com o argelino a conduzir a bola acossado por meia equipa da casa, a fletir em diagonal para a baliza, a acomodar a bola para se enquadrar com a baliza e a arrancar um remate potente com a bola a entrar junto à barra. Lance individual de grande capacidade técnica, física e mental, que identifica o génio do criativo de jogador de eleição! 1-2 aos 31' por Luiz Phellype num lance ocorrido no miolo da área portista, no qual o marcador ganha a bola a defesa portista num gesto técnico perfeito e atira sem hipótese de defesa para Iker; 2-2 aos 45',de novo por Luiz Phellype, na sequência de uma boa jogada da equipa do Paços que terminou numa assistência perfeita para o marcador que rematou em jeito com a parte interior da bota. O Paços obteve os seus golos nas duas únicas vezes que entrou na área do FC Porto e rematou à baliza, na primeira parte.
O golo que acabou por fazer o resultado final e garantiu a passagem à meia final da Taça CTT, foi obtido por Vincent Aboubakar aos 49', concluindo uma assistência de Jesùs Corona.

      Sobre o jogo:

      O Futebol Clube do Porto jogou a seu belo prazer do início da partida até à obtenção da vantagem de dois golos. A partir daí abrandou a intensidade ofensiva e o Paços de Ferreira conseguiu respirar e disputar a bola à entrada do meio campo portista, sem conseguir concluir qualquer jogada que pusesse à prova a defesa do Dragão. Logrou obter os seus golos pela capacidade técnica do marcador e algum laxismo da defesa visitante. Entretanto, a equipa azul e branca manteve a toada atacante embora com menor número de lances para bater Defendi, com um exceção na qual Moussa Marega, isolando-se, de desenquadrou com a baliza e permitiu a recuperação posicional da equipa do Petit.

     No segundo período e com a obtenção rápida da posição favorável do marcador, o massacre verificado no período inicial não se verificou por duas razões fundamentais; a primeira, pelo aumento da virilidade com que alguns jogadores do Paços fizeram marcações a jogadores influentes na manobra da equipa do FC do Porto, nomeadamente, a Yacine Brahimi, Hèctor Herrera, André André, e, intensionalmente, a Tiquinho Soares, mantida no segundo a Jesùs Corona e Vincente Aboubakar; a segunda, pela complacência, inércia e incompetência de um pseudo juiz incapaz de discernir lances agressivos "subterrâneos" que não visam desarmar o adversário que conduz o esférico mas "castigar" e refrear quem tem a sua posse e pretende fazer uso dela em benefício da equipa e beleza do jogo. O que a mim muito me espantou, é que uma equipa a quem o resultado final pouco ou nada significava, tivesse ido para a partida como se estivesse a decidir a sua permanência na primeira liga, ou a fazer por vencer um troféu. Marcações individuais "em cima" com dois ou mais polícias a determinados jogadores (como atrás referi), defesa multiplicada, e uso dos pitons e botas a tirar caneleiras aos adversários, bem à imagem e estilo de um treinador "petit" formado na academia do bairro da segunda circular.

     O Futebol Clube do Porto é, indubitavelmente, a melhor equipa do momento em Portugal. Até já consegue jogar para vencer duas equipas no mesmo jogo no campo dos adversários, mesmo que a que veio de Setúbal seja muito, mas muito fraquinha, fraquinha. Nem na segunda evitava a despromoção.

    

   

sexta-feira, dezembro 22, 2017

JOGAR ASSIM, SÓ VEJO NA PLASTATION


TL: FC Porto-Rio Ave, 3-0 (crónica)

Taça CTT
1ª jornada (jogo em atraso)
Estádio do Dragão, Porto
RTP1 - Hora: 21:15 (!)
Tempo: frio e seco
Relvado: excelente
Assistência: cerca de 30 000
2017.12.21

        FC DO PORTO, 3 - Rio Ave FC, 0
                             (ao intervalo: 2-0)

FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Héctor Herrera (C), Jesùs Corona, aos 79' Miguel Layún, Yacine Brahimi, aos 70' André André, Moussa Matrega e Tiquinho Soares, aos 63' Vincent Aboubakar.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Nuno Oliveira (AF Faro)

GOLOS e marcadores: 1-0 aos 11' por TIQUINHO SOARES. Numa recuperação da bola reposta por Cássio, Yacine Brahimi serve Hèctor Herrera, o qual, com um toque delicioso de calcanhar a cedeu a Tiquinho Soares, com este a controlar e a atirar rasteiro e certeiro para o primeiro da noite; 2-0 aos 21' por MOUSSA MAREGA, na sequência de uma magistral assistência de Yacine Brahimi a meio do meio campo do Rio Ave, como o maliano a recolher em corrida a ultrapassar um opositor e a evitar Cássio que saiu ao seu encontro para atirar com a baliza deserta; 3-0 aos 90'+1' por Vincente ABOUBAKAR na conversão de uma grande penalidade por falta sobre si próprio quando se aprestava para fazer golo. Da falta resultou a expulsão do defesa do Rio Ave. 

      Estava em perspetiva um jogo interessante, bem disputado e com elevado grau de incerteza quanto ao desfecho, atendendo à importância que tinha para a continuidade da prova e ao valor atual dos dois conjuntos. A partida excedeu largamente as expetativas mais otimistas, principalmente pela exibição do Futebol Clube do Porto no primeiro período do encontro, a melhor que nesta época ainda não tinha sido visto fazer a qualquer equipa portuguesa e em qualquer outro estádio em jogos transmitidos pela tv, a qual poderia ter terminado com números históricos a favor do FC do Porto caso os lances criados para golo tivessem sido concluídos com êxito. 

      O facto da equipa de Vila do Conde ter encarado a partida com uma ideia de ataque, bem patente na disposição adiantada da sua linha defensiva, concedeu ao FC do Porto o espaço ideal de que precisava para usar com eficácia a qualidade técnica e a inspiração das suas unidades ofensivas, tendo sabido gizar jogadas sucessivas de grande espetáculo graças às excecionais exibições de Hèctor Herrera, Yacine Brahimi e Ricardo Pereira no delinear das assistências milimétricas em jogo corrido para Moussa Marega e Tiquinho Soares, ou nos livres e cantos a cargo de Alex Telles a cada jogo mais científico e criterioso na sua marcação. Ao invés do que é corrente acontecer nos confronto no Dragão , um tanto surpreendentemente, o FC do Porto abdicou da posse da bola usando-a para lançamentos em profundidade ou para os corredores laterais, onde apareciam como bólides ora um ora outro dos seus avançados para lançar o pânico nas hostes adversárias.

      Aos 2' Tiquinho Soares perde de forma incrível um passe de veneno de picada de escorpião de Moussa Marega, e depois de um remate de Geraldes com algum frisson ao lado da baliza de Iker Casillas, aconteceu a jogada do primeiro golo graças à interceção de uma jogada de reposição de bola, que Tiquinho Soares aproveitou com oportunidade. Veio a seguir um chorrilho de jogadas até à obtenção do segundo da noite, aos 21' onde Moussa Marega deu espetáculo graças à soberba inspiração de Yacine Brahimi, Héctor Herrera, Ricardo e Danilo Pereira e, também, de Jesùs Corona, levantando o estádio aos 17', 19' 20', com lances de inspiração, continuando depois de aos 24' João Novo, do Rio Ave, ter batido forte um livre que passou ao lado da baliza de Iker, ficando antes um penalti por assinalar por corte de bola com o braço por um defesa vilacondense, o desenvolvimento de uma jogada sensacional aos 27' que envolveu Alex Telles com Marega a ser travado em falta dentro da área com o árbitro a apontar para a marca de grande penalidade mas a anular o lance por fora de jogo por "uma unha negra", aos 33' uma obra de arte de Yacine Brahimi, aos 36' um trabalho excecional de Ricardo Pereira a assistir Hèctor Herrera e o remate a cortar o poste num dos melhores lances da noite, outra bomba de Marega aos 39' devolvido em ressalto para Y. Brahimi que fez um remate forte e colocado que o guarda redes desviou por cima da barra com a ponta da luva, um outro canto de Alex Telles que Danilo Pereira enviou de cabeça ao poste aos 40', aos 44' é Tuiquinho Soares que isolado consegue rematar mas contra do guarda redes e aos 45'+1' de novo Yacine Brahimi a conduzir a bola como uma seta mas a não ser feliz no último passe.

      Apesar de o segundo período ter decorrido em ritmo mais brando e por alteração da posição tática da equipa visitante, a partida decorreu sempre com muito interesse e se o Rio Ave foi mais rematador do que o havia sido no primeiro período, certo é que não criou qualquer oportunidade clara de golo em remates feitos aos 71' e 75', período em que esteve mais na frente, contra um de Marega aos 74', outro de Alex Telles depois de excelente jogada individual de Miguel Layún, outra de Vincent Aboubakar aos 89' de que resultou o penalti terminando o jogo com André André, perto da baliza, a rematar ao lado.

      Grande noite da equipa do Futebol Clube do Porto.

      Ao contrário de que possa pensar quem não viu esta partida, o Rio Ave é uma excelente equipa, recheada de muitos bons jogadores e a praticar futebol de excelente nível. Fosse um clube com outro orçamento que lhe permitisse manter este naipe de atletas e até fazer algumas aquisições que acrescentassem mais valor ao plantel, estaria sem dúvida no escasso número das equipas nacionais com hipóteses de conquistar títulos. Embora se aceite que a equipa de Vila do Conde tem vindo a subir na qualidade do futebol que pratica de há tempos a esta parete, o alto nível atual que exibe deve-se inteiramente ao seu treinador Miguel Cardoso, um técnico bem preparado, com personalidade ainda que bastante jovem, com ideias próprias de jogo, qualidades de liderança e facilidade e profundidade  de expressão, méritos que a curto prazo o colocarão em Clube de dimensão estruturalmente grande e com projetos ambiciosos, nacional ou internacional. É para mim, a revelação dos novos treinadores portugueses.

     ´Não é fácil distinguir os jogadores do FC do Porto que mais se distinguiram nesta partida mas devo destacar Yacine Brahimi e Hèctor Herrera, pela superior qualidade do que jogaram e pelo que fizeram joga, bem como Moussa Marega pela disponibilidade e terror que provoca às defesas adversárias. Com exceção de Tiquinho Soares que não atingiu ainda a forma correspondente às qualidades que possui, todos os demais se revelam condições bastantes para integrar a equipa. Vou fazer um reparo em relação a Danilo Pereira, com papel fandamental na espinha dorsal da equipa, que não parece estar psicologicamente no seu melhor momento. Cometeu uma falta dispensável por agarrar a camisola a um adversário, e foi penalizado com cartão amarelo e já com o jogo no fim teve uma atitude que não merece desculpa mesmo que a razão lhe assistisse porque não cometeu falta no lance em que se envolveu com o adversário. Foi expulso com o 2º cartão.
      
     Relativamente ao trabalho desta equipa de arbitragem só um distraído poderia esperar trabalho imparcial e de nível aceitável, conhecendo-se o seu passado na arbitragem os atropelamentos seletivos que tem no cadastro da arbitragem, e  a animosidade que dedica ao norte e ao Futebol Clube do Porto. Há um fora de jog mal assinalado a Marega numa jogada de perigo iminente,viu à sua frente um desvio da bola com o braço de Nadjack do Rio Ave aos 33' e não assinalou o penalti devido, puniu com amarelo uma entrada para cartão vermelho a Rúben Ribeiro por entrada violenta  e desorientou-se nos últimos dez minutos numa partida sem grau de dificuldade alto,não deixando de causar surpresa que tivesse vindo de Loulé para arbitrar um jogo entre duas equipas do norte. Nuno Almeida, tal e qual.

  


     

terça-feira, dezembro 19, 2017

MAREGA CONHECIA A ROTA DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A VITÓRIA


Resultado de imagem para O jogo Porto marítimo fotos

Liga NOS
15ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Sportv-Hora: 21:00 
Tempo: frio (6º) e seco
Relvado: muito bom
Assistência: 34123
Data: 2017.12.18 (2ª feira)


        FC DO PORTO, 3 - Marítimo, 1
                          (ao intervalo: 2-1) 

FCP alinhou com: José Sá, Maxi Pereira, Diego Reyes, Ivàn Marcano, Ale Telles, Danilo Pereira, Ricardo Pereira, Hèctor Herrera (C) Yacine Brahimi, aos 83' André André, Moussa Marega e Vincent Aboubakar, aos 72´Tiquinho Soares.
Suplentes não utilizados: Iker Casillas, Felipe, Óliver Torres e Hernâni.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Manuel Mota (AF Braga)

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 19´por DIEGO REYES, elevando-se e batendo de cabeça um pontapé de canto apontado por Alex Telles, à régua e esquadro. Foi a estreia do central mexicano na obtenção de um golo ao serviço do Clube. 1-1 aos 26' por Fábio Pacheco, na primeira descida da equipa do Marítimo ao meio campo do FCP, com José Sá a defender um primeiro remate de Carlos Valente, levando a bola para o bico da área ao encontro do jogador do Marítimo, que executou um remate forte a bater em D. Reyes a anular a defesa de José Sá; 2-1 aos 45'+'1 (houve 2' de compensação), numa espetacular jogada em que Yassine Brahimi executa uma assistência magistral para Moussa MAREGA, o qual escapa ao defesa que o marcava, e arranca de pé esquerdo uma "bojarda" imparável para o guarda redes do Marítimo. Lance brilhante desde o início à conclusão! 3-1 aos 78' com Moussa MAREGA a bisar, na conclusão de uma jogada desenhada por Yassine Brahimi, de novo, como maliano do FC do Porto a concluir de pé esquerdo com a bola a passar sob o corpo do guarda redes.

            Sem pressão visível como se pretendeu fazer crer que a equipa iria sentir nesta partida, dada a pontual diferença na posição na tabela classificativa por ter sido a última a jogar na jornada e os dois primeiros terem vencido os seus jogos, o Futebol Clube do Porto enfrentou o Marítimo, quinto da geral e com uma das defesas menos batida do campeonato, denotando segurança, tranquilidade, total conhecimento das características e valor do adversário e antecipada previsão da tática que o treinador Daniel Ramos usaria para anular a superioridade do Dragão. 

           Ninguém esperava outra postura do Marítimo que não fosse defensiva  (o que se compreende e aceita) mas não tão agressiva, faltosa e antidesportiva como depois se comportou. E a "tática" até pareceu poder vir a ser bem sucedida quando na primeira descida que a equipa madeirense se atreveu a fazer ao campo contrário terminou no golo que deu o empate a um golo. Mas o FC do Porto não tremeu nem se enervou, manteve a sua toada ofensiva e de pressão alta, ora alargando o relvado pelas alas ora broqueando a cabeça da barreira de cimento postada na linha da grande área, ora cercando os maritimistas dentro dos quarenta e cinco metros do relvado quando não dentro da sua área maior. Sucederam-se as jogadas de perigo uma na sequência das outras, livres e cantos, cada minuto cheirava a pólvora, e ninguém tinha dúvidas de quem sairia vitorioso da peleja.


          O triunfo do Futebol Clube do Porto não está viciado de qualquer mancha. Dominou o seu adversário do primeiro ao último suspiro da partida, ultrapassou inteligentemente todas as armadilhas montadas pelo seu técnico, foi capaz de contornar com sucesso o "catenácio" montado para enervar e limitar a maior valia dos jogadores portistas, tendo chegado ao fim com um quadro estatístico verdadeiramente arrasador. Nem o argumento de que jogou reduzido a dez elementos desde os 40' aproveita a Daniel Ramos para justificar tão substancial superioridade, já que para defender com a sua equipa o fez, um jogador a menos é um pequeno pormenor.

         Como se depreende do que atrás fica escrito, os jogadores do Futebol Clube do Porto, respiram saúde e confiança. Mesmo que não tenham sido "apertados" José Sá, Maxi Pereira, Diego Reys, Iván Marcano e Alex Telles, foram donos de senhores dos seus domínios. Danilo Pereira faz-se notar pela revelação progressiva da sua técnica pois da solidez física já tem curriculo que baste, Hèctor Herrera deu-lhe para colocar tinta nas botas e desenha maravilhosas figuras, Ricardo Pereira é o carteiro inteligente que distribui o serviço sem se enganar no número da porta do destinatário; Yacine Brahimi diverte-nos e diverte-se a virar do avesso a cabeça dos seus algozes; Vincent Aboubakar e Moussa Marega, só de senti-los por perto já assustam e os adversários devem suspirar de alívio quando chega o intervalo ou o fim do jogo. Até a mim me cansa a vista só de vê-los na Tv porque tão depressa os vejo num sítio do relvado perto da baliza do adversário como a ajudar a cortar a goela a um ou dois adversários. E André André, e Óliver Torres e Tiquinhp Soares, para as (boas) ocasiões.


        Seria fenomenal dizer que o "magarefe" de Braga e a sua equipa atingiram um bom nível de arbitragem. É certo que não teve que julgar lances de penalti, não anulou ou validou golo que viciasse o resultado, procedeu como devia na expulsão. Mas tomei nota de um fora de jogo mal tirado ao ataque do Porto, dois empurrões pelas costas a Yassine Brahimi, que passaram sem punição, a dificuldade em meter ordem o antijogo dos jogadores visitantes e o seu "ar" de moço de recados que nada tem a ver com a postura de "juiz".

          

         

          

sexta-feira, dezembro 15, 2017

VITÓRIA, VITÓRIA, É O DRAGÃO.


TP: FC Porto-V. Guimarães, 4-0 (destaques)
 (FotoMaisFutebol)

Taça de Portugal
1/8 da prova
Estádio do Dragão, Porto
Sportv1 - Hora: 20:15
Tempo: chuva moderada e frio
Relvado: Muito bom
Assistência: 19155 espectadores
2017.12.14 (Quinta feira)

   FC DO PORTO - 4 - V. Guimarães, 0
                                (ao intervalo: 1-0) 

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Diego Reyes, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Ricardo Pereira, aos 52' André André, Hèctor Herrera (C), Jesùs Corona, Moussa Marega, aos 79' Óliver Torres e Vincente Aboubakar, aos 71' Tiquinho Soares. Suplentes não utilizados: José Sá, Hernâni, Yacine Brahim e Felipe.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

VSC, Guimarães alinhou com: Miguel Silva, Vítor Garcia, aos 75' João Aurélio, Moreno, Jubal, Conan, Rafael Miranda, Francisco Ramos, Rincon, Sturgeon, aos 81' Kiko, Helder Ferreira, aos 59' Heldon e Tallo.
Equipamento:branco
Treinador: Pedro Martins

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco). Auxiliares: Nuno Pereira/Jorge Cruz. 4º árbitro: Luís Máximo.

GOLOS E MARCADORES: 1- 0 aos 12' por ABOUBAKAR (g.p.)-Dentro da área, Víctor Garcia luta com Aboubakar pela posse da bola, e ao tentar controlá-la, abre o braço e toca-lhe, cometendo falta de que não me apercebi na transmissão corrida; 2-0 aos 58' por DANILO PEREIRA, na conclusão de livre de canto apontado à direita por Alex Telles, em remate de cabeça. Aos 8' e aos 25' Danilo Pereira viu dois remates seus baterem nos postes, o primeiro na parte interior com a bola a percorrer a linha de baliza; 3-0 aos 64' por ANDRÉ ANDRÉ, a concluir uma preciosa assistência de Hèctor Herrera, o qual levantando subtilmente a bola num arco sobre a defesa do Vitória a levou até AA: 4-0 aos 83' com ANDRE ANDRÉ a bisar, na sequência de pontapé de canto, com a bola a chegar a Tiquinho Soares situado ao segundo poste, com este a devolvê-la no sentido contrário para AA concluir.

     A vitória do Futebol Clube do Porto sobre o Vitória SC de Guimarães não merece contestação. Foi inequivocamente a melhor equipa da noite, numa partida em que o adversário adotou uma atitude competitiva honesta e profissional aplicando todas as suas melhores capacidades para tentar impedir o FC  do Porto de assumir o controle do jogo, lutando de início ao fim pelo melhor resultado. O Vitória de Guimarães, com um início de campeonato bastante inseguro, tem vindo a melhorar a cada jogo que faz sobretudo pela alta valia de algumas das suas pedras , reunindo condições para atingir a breve prazo o nível dos melhores conjuntos da Liga quando o entendimento entre eles corresponder às qualidades técnicas que possuem.

    A equipa portista continua bem e recomenda-se. Joga tranquila, pauta o ritmo que o momento exige, varia as opções táticas, ocupa todo o relvado, pelas alas e pelo interior. E remata. E executa livres como há muito se não via. Todos os jogadores utilizados atravessam um momento bom, física e psicologicamente, e os que há mais tempo se encontram no Clube nunca terão atingido o nível que mostram nesta fase.

   Iker Casillas não foi chamado a resolver situações muito apertadas, exceto uma vez, num remate à distância de Heldon, quando a bola roçou o poste direito da baliza; Maxi Pereira, respira saúde física, Diego Reyes cumpre muito bem o lugar com discrição e eficácia; Iván Marcano, rigoroso no posicionamento é quase intransponível pela relva e pelo ar; Alex Telles, está a atingir nível alto na conversão de livres e como flanqueador lateral, a defender e a atacar; Danilo Pereira, o mais valioso da partida a par do capitão Hèctor Herrera, apresenta-se como proprietário do miolo do relvado mas tanto anda por aí como guarda a retaguarda e assalta "à bomba" a defesa contrária; Jesùs Corona estaria mais confortável à direita, mas há que procurar adaptação a outros espaços; André André é o chamado jogador útil porque aparece disponível quando é preciso; Ricardo Pereira,  está feito como jogador polivalente, Tiquinho Soares foi a jogo como se nele estivesse desde o início, Óliver Torres dispôs de tempo curto para render o que sabe e pode e a dupla Vincent Aboubakar/ Moussa Marega, está a converter-se num "caso de estudo". 

    Amigos: o FC do Porto campeão, regressou. Cuidem-se os cartilheiros, mostrem as coroas na cabeça os "padres".


    Carlos Xistra nem com um jogo fácil conseguiu cumprir. Quis, mas não soube, impor-se pela persuasão e condescendência. Falhou, outra vez. Louve-se-lhe a intenção.


 

segunda-feira, dezembro 11, 2017

LARANJAS SUCULENTAS COM DOCE SABOR AFRICANO

(Fotografia O Jogo online)
Liga NOS
14ª jornada
Estádio do Bonfim, Setúbal
TV - Hora: 20:15 - Domingo
Relvado: normal
Tempo: vento forte + chuva (2ª parte)
Assistência: escassa, sobressaindo a claque portista
2017.12.10

    
                  Setúbal, 0 - FC do PORTO, 5
                   (AO INTERVALO: 0-3)

FC do Porto alinhou: José Sá, Maxi Pereira, Diego Reyes, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 73' Tiquinho Soares, Ricardo Pereira, aos 65' André André, Yacine Brahimi, na 2ª parte Jesùs Corona, Moussa Marega e Vincent Aboubakar.Não utilizados: Iker Casillas, Felipe, Sérgio Oliveira e Hernâni
Equipamento: alternativo de cor laranja
Treinador: Sérgio Conceição

Setúbal: Cristiano, Pedro Pinto, Vasco Fernandes, aos 66' Arnold, César, Nuno Pinto, Nené Bonilha, Podstawsky, aos 72' André Barbosa, João Teixeira, Costinha, Edinho e João Amaral, aos 81' Alief.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: José Couceiro.

Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa). Auxiliares: André Campos e Pedro Ricardo Ribeiro. VAR:  Rui Oliveira. AVAR: Paulo Vieira. 

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 31', por Vincent ABOUBAKAR. Livre de canto apontado por Alex Telles, com o camaronês a ganhar a bola em disputa com Edinho e a rematar de cabeça para o golo. 0-2 aos 40' por Moussa MAREGA, servido num passe longo por Aboubakar de longa distância, em remate de recarga à defesa de Cristiano; 0-3 aos 45'+4', de novo por Vincent ABOUBAKAR, na conversão de uma grande penalidade cometida por falta inequívoca sobre si próprio, ao ser rasteirado depois de ter saído de um drible brilhante sobre dois adversários. A falta foi prontamente assinalada pelo árbitro, mas o VAR quis intervir e parou a marcação, tendo a mesma sido confirmada depois de Tiago Martins ter ido visionar o lance na tv do estádio. Aboubakar, apesar do tempo de espera não se deixou perturbar, e com remate rasteiro e forte, atirou para o golo; 0-4 aos 69', de novo por Vincent ABOUBAKAR na sequência de uma jogada espetacular de Marega junto à linha de fundo que concluiu em passe para a marca de grande penalidade onde surgiu o avançado portista e enviar para o fundo das redes; 0-5 aos 82' por Moussa MAREGA numa assistência magistral de Aboubakar prosseguida pelo maliano a isolar-se, e à entrada da área e perante a saída do guarda redes sadino a "picar" a bola por cima dele num gesto de frieza e classe.

       O Futebol Clube do Porto respondeu aqueles que esperavam um resultado negativo na deslocação ao Bonfim, com uma exibição de grande classe traduzida numa goleada que poderia ter atingido números bem mais substanciais. Foi uma equipa personalizada, confiante nas suas capacidades, fresca fisicamente não obstante as provas a que tem sido submetida, lutadora, virada para o ataque, constante e persistente na liderança da partida no tempo e no espaço inteiro do relvado, capaz de superar um adversário hostil, excessivo na vontade de roubar a bola na peleja dos lances individuais recorrendo frequentemente à falta, algumas perto da violência física, e capaz de resistir com fair play e paciência à costumada incompetência das equipas responsáveis pelo cumprimento das leis do jogo.

       O FC do Porto foi a melhor equipa do princípio ao fim da partida. Excetuando o início do encontro em que lhe foi permitido aproximar-se da baliza defendida por José Sá, aliás sem perigo iminente de cedo se adiantar nio marcador como estaria planeado por Couceiro, o Setúbal foi manietado nos movimentos coletivo e individuais pela organização global da equipa portista, muito embora tudo fizessem os seus atletas para contrariar a superioridade absoluta do conjunto portista.


      José Sá não foi chamado a resolver situações complicadas, revelou tranquilidade e segurança;  Maxi Pereira, Diego Reyes, chamado à equipa para adquirir rotina de jogo, Ivàn Marcano e Alex Telles, mandaram nas ameias da fortaleza derrubando as escadas por onde o adversário tentava escalar; Danilo Pereira mostra-se cada vez mais forte e assertivo, sendo notável a "bomba" despoletada à distância de pé esquerdo abafada a custo pelo Cristiano; Hèctor Herrera, o capitão, está a converter-se no mandão da orquestra, o maestro que pauta a concerto e faz vibrar os instrumentos com o som apropriado; Yacine Brahimi é o encantador de serpentes, sinuoso e "malandro" de meter raiva ao adversário mais paciente e cordato; Ricardo Pereira, um lutador incansável, trabalhador consciente e criterioso, pau para toda a obra; Moussa Merega, só visto como tem vindo a  evoluir, espanta a força de búfalo africano e a revelação da criatividade que lhe negavam que pudesse ter, Vincent Aboubakar, imperturbável com uma esfinge, respira saúde, força e...pontaria! Três de uma só vez! Impassível na transformação do penalti apesar da expetativa pela demora da confirmação inútil. Tiquinho Soares, teve mais una minutos para se ambientar, Jesús Corona entrou e destabilizou, André André não conseguiu mostrar o que, na realidade, é.


      O árbitro. E o vídoárbitro. Aconteceu que os atletas não complicaram e facilitaram a vida a Tiago Martins. Apesar do bom comportamento dos jogadores, o juiz lisboeta não superou as suas insuficiências. É incompreensível o recurso ao VAR na jogada da grande penalidade, sendo ela tão evidente e a sua decisão imediata. Mais pareceu uma pantomina encenada para que passe a mensagem de que o FC do Porto é tratado nos mesmos termos e igualdade com os seus mais diretos rivais. Quanto ao "empurrão" que estatelou o idoso Edinho e que tanto impressionou o "comentador da sport tv Pedro Henriques que repetiu a sua certeza de falta ate ficar esfalfado, só quem nunca viu jogar o (agora) avançado setubalense substituto de Gonçalo Paciência, poderá crer que o "tombo" é resultante da força de Aboubakar; e depois, aquela mãozinha marota, subrepetícia, a puxar a camisola pertinho dos calções do camaronês ninguém se lembraria de classificar como penalti irrecusável. Como o lance resultou em golo e não há, no caso, benefício ao infrator, se o VAR viu não tinha que intervir.


       Não estou de acordo que se expulse um treinador na situação em que ontem José Couceiro foi protagonista. O treinador é um figura do jogo, tal como o árbitro e os jogadores, embora com maiores responsabilidade. Contudo, um árbitro sensato, com personalidade consolidada, teria entendido o momento do responsável da equipa setubalense, tê-lo-ia advertido e aconselhado a acalmar-se sem o sujeitar à humilhação de uma expulsão privando-o de exercer as suas competências e desvalorizado o espetáculo. Os árbitros portugueses só teriam a aprender se seguissem o exemplo dos profissionais ingleses, pelo menos dos mais categorizados, que usam de estilo apaziguador e tolerante para resolver situações semelhantes.


        Mas isto é uma opinião de leigo, que nada percebe de bola.


  

quinta-feira, dezembro 07, 2017

DRAGÃO PUJANTE, DETERMINADO E CONFIANTE, RETOMA O CAMINHO DA GLÓRIA.


LC: FC Porto-Mónaco, 5-2 (crónica)

​Dragões
Liga dos Campeões
Fase de Grupos (G) 
6ª jornada (última)
Estádio do Dragão, Portugal
TV - Hora: 19:45 
Tempo: Frio e seco
Relvado: impecável
Assistência: acima de 40000
2017.12.06 (quarta feira)


   FC DO PORTO, 5 - AC MÓNACO, 2
                                (ao intervalo: 3-0)

FC do Porto alinhou com: José Sá, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (c), André Andrém aos 42' Diego Reyes, Yacine Brahimi, Vincent Aboubakar, aos 74' Tiquinho Soares e Moussa Marega, aos 68' Jesùs Corona. Não utilizados: Iker Casillas, Maxi Pereira e Miguel Layún.
Equipamento: camisola oficial tradicional, calção e meias brancas.
Treinador: Sérgio Conceição.

AC Mónaco alinhou com:Benaglio, Touré, Grik, Jenerson, Kongolo, Ronny Lopes, Meilé, N'Doranna, Ghezzam, Carrilho e Donakhby. Aos 66' Entraram Radamel Falcao e João Moutinho. Também foi a jogo, Baldé.
Treinador: Leonardo Jardim.

Árbitro: Jonas ERIKSON (Suécia)

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 9' por Vincent ABOUBAKAR, na sequência de livre apontado á direita por Alex Telles, com a chegar à entrada da área e Yacine Brahimi a servir em chapéu para as costas da defesa monegasca com Aboubakar a receber e controlar e a enviar para a baliza com segurança: 2-0 aos 33', de novo por Vincent ABOUBAKAR, na conclusão de jogada coletiva iniciada no início do meio campo com finalização do camaronês; 3-0 aos 45' por Yacine BRAHIMI, numa assistência de Aboubakar e remate colocado do argelino: 3-1 aos 61' por GLIK, na conversão de penalti, com José Sá a acertar no lado escolhido pelo marcador, mas sem travar a bola chutada com muita força; 4-1 aos 65' numa jogada individual de ALEX TELLES concluída com um remate cruzado rente à relva a bater por dentro no poste contrário e Benáglio a ver. Golaço do lateral esquerdino portista. 4-2 aos 78' por RADAMEL FALCAO, desviando de cabeça a bola um cruzamento e entrada "à Falcao"; 5-2 aos 88' por Tiquinho SOARES, elevando-se e rematando forte de cabeça sem defesa para o guarda redes do Mónaco.

     Noite de gala e de grande euforia foi vivida ontem à noite no Dragão para celebrar a passagem do Futebol Clube do Porto à última fase da Liga dos Campeões, com uma vitória estrondosa e exibição notavelmente brilhante obtida sobre o Mónaco de Leonardo Jardim, campeão em título do campeonato francês e atual terceiro da classificação geral.

    O FC do Porto superiorizou-se claramente ao seu adversário quer pela qualidade de jogo que a equipa produziu quer pelas situações criadas para chegar ao golo. Adiantando-se no marcador ainda antes de atingir os 10', os jogadores embalaram a equipa para uma exibição de grande estilo que empolgou a numerosa falange de apoio que quase lotou as bancadas do espetacular estádio do Dragão, vibrando a cada alteração do marcador o qual atingiu a marca de três golos sem resposta nos primeiros quarenta e cinco minutos.

    A toada atacante e o ritmo de jogo abrandaram na segunda parte enquanto o resultado se manteve inalterado, mas perante a marcação do primeiro golo dos visitantes, a equipa reagiu de pronto e repôs a diferença 4' minutos depois do penalti convertido por Glik, repetindo mais tarde o feito quando o "nosso" Radamel Falcao fez, de cabeça, o segundo do Mónaco, na resposta de Tiquinho Soares concretizada aos 88'.

   Se globalmente a equipa do Futebol Clube do Porto logrou atingir um nível de jogo à altura da importância da Liga dos Campeões, individualmente, quase todos os que participaram contribuíram para isso em esforço, técnica e inspiração, merecendo os aplausos que a multidão dos seguidores presente lhes dedicou. 

   O Futebol Clube do Porto ganhou o direito de estar na prova maior do futebol europeu, a 14ª da sua fantástica carreira, sendo o lídimo único representante do nosso país para gáudio e orgulho da naçon do baluarte azul e branco.

  Jonas (!) Erikson, sueco de nacionalidade, dececionou-me. Esperava (muito) melhor qualidade para justificar a fama de perfeição de que goza o pais de origem quanto ao que lá se produz. Em equidade de julgamento, tem a favor as expulsões que ajuizou devidamente. Quanto aos penaltis, sim porque houve penaltis não assinalados e um duvidoso ratificado, e outras situações mal avaliadas, eu não pude evitar ter pensado não ser o Jonas distinto do seus pares que, por cá, são tidos por competentes.

 

   

   

  

sábado, dezembro 02, 2017

LEITEIRAS MIXORDEIRAS.




Liga NOS 
13ª jornada
Estádio do Dragão, Portugal
TV - Hora: 20:30
Tempo: 8º e sem chuva
Relvado: muito bom
Assistência: Esgotado (49 809)
2017.12.01(sexta feira)

           FC DO PORTO, 0 - Sport Lisboa e Benfica, 0 

FCP alinhou com: José Sá, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, aos 58' Otávio, Yassine Brahimi, Moussa Marega e Vincent Aboubakar, aos 75' Tiquinho Soares. Suplentes não utilizados: Iker Casillas, Maxin Pereira, Hernâni, Diego Reyes e André André.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

SLB: Bruno Varela, André Almeida, Luisão, Jardel, Grimaldo, Feijza, Pizzi, aos 64' Samaris, Krominovic, Sálvio, Jonas, aos 85' Gimenez e Cervi, aos 76' Zivcovic.

 ÁRBITRO: JORGE SOUSA. Auxiliares:ÁLVARO MESQUITA E NUNO MANSO
VAR. HUGO MIGUEL (Lisboa)  


         Colaborando com o ungente apelo à paz e à concórdía no agora conturbado ambiente do futebol lusitano, proclamado pelos eficientes, isentos e honestíssimos ocupantes dos cargos das instituições que lideram a sua complexa estrutura funcional, não devo perturbar a "paz dos cemitérios" que é recomendada aos consumidores do jogo da bola pelo que procurarei manter uma postura simpática e tolerante subserviência, ao gosto dos senhores da Corte alfacinha, nas referências sobre a black football fryday do derby PORTO-Benfica, da 13ª jornada da Liga corrupta portuguesa:

      Assim:  
                  - não se pode comentar um jogo quando só uma equipa estiver determinada a praticar futebol, decorridos que estejam os primeiros vinte minutos do início do encontro.

                  - quando um árbitro contundido num atropelamento em plena arena, fica com a visão perturbada e não vê a batota de um idoso praticante, estendido na fofa relva, a tentar travar com o braço o que não conseguiu com a cabeça por não ter cabelo

                   - que o auxiliar Nuno Manso(inho...) junto à linha e com ângulo aberto, e  que um VAR sob a visão de um árbitro internacional, por acaso inscrito da AF Lisboa, não sirva para esclarecer o que não convém ficar claro mas vermelho e seja ignorada o que passa e se repete numa dúzia de câmaras

                  - que um dos membros mais cotados do grupo "dos melhores árbitros do mundo" (v.g. Pedro Proença, presidente de Liga de Clubes em entrevista na tv transmitida esta semana), intua um fora de jogo a um jogador que tem mais de meia pequena área em posição legal e anule o lance que terminou em golo ainda antes do auxiliar Álvaro Mesquita reputado bandeirinha internacional, ter tido tempo de levantar a bandeira a travar a jogada, e interfira no resultado final favorável ao infrator

                   - que não é possível ignorar a mixordeira da leiteira na Mata Real onde um espaldado senhor Rui Costa vira as costas à dignidade e honra e branqueie um falta passível de livre de onze metros como alguém que não tem nada a ver com o assunto

                  - não sendo relevante que em dois jogos sucessivos o líder invicto da prova fosse assaltado e roubado em QUATRO PONTOS!

                  - que seja tão fácil a Nuno(s) Almeida(s) assinalar penalti como fazer cócegas a um jerico manhoso, em Loulé

                  - que o nacional benfiquismo dos imparciais especialistas da escrita atue em força e sem poupança de água e lixívia para tentar tapar o sol com a peneira continuando a fazer de conta que o Sport Lisboa e Benfica é (apenas) uma (má) equipa de futebol e tem participação de honra numa prova europeia com cinco derrotas em cinco jogos e um, um, um!!! golo apontado de que até se ri em Viena da Áustria o profeta Bella Gutman,

                  ESPERO QUE, COMO ACONTECIA HÁ 100 ANOS, AS MIXORDEIRAS LEITEIRAS DO FUTEBOL EM PORTUGAL TENHAM OS NOMES DIVULGADOS "PARA PRECATAR" QUEM AINDA TIVER VONTADE DE CONTINUAR A CONSUMIR "FUTEBOL"  made in Portugal.
   
 

                 

                  

       

domingo, novembro 26, 2017

AVES À SOLTA CAUSAM ESTRAGOS

 Aves-FC Porto (equipas): Soares titular, mais de dois meses depois
Liga NOS
12ª jornada
Estádio da Vila das Aves 
Sportv - 20:3O horas
Tempo s/ chuva - 12º temperatura
Relvado: irregular
Assistência: cerca de 5 000 
2017.11.25

       CD das Aves, 1 - FC DO PORTO, 1
                                  (ao intervalo: 1-1)

GD Aves alinhou com: Quim, Rodrigo Soares, Defendi, aos 59' Gauld, Diego Galo, Nildo, Vítor Gomes, aos 72 Braga, Carlos Ponk, Paulo Machado, aos 85' Cláudio Falcão, Salvador Agra, Amilton e Arango.
Treinador:Lito Vidigal

FC do Porto alinhou com: José Sá, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Héctor Herrera (C), Jesùs Corona, expulso aos 52' por duplo cartão amarelo, Yassine Brahimi, aos 87' André Pereira, Tiquinho Soares, aos 56' Maxi Pereira, Vincente Aboubakar, aos 68' Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Iker Casillas, Diego Reyes, André André, Sérgio Oliveira 
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Rui Costa (Porto), VAR: Bruno Esteves.

MARCADOR: 0-1 aos 6' por RICARDO PEREIRA numa assistência de Tiquinho Soares, com o remate já dentro da área a meter a bola por entre as pernas de Quim que saíra do encontro do marcador. 1-1 aos 63' por Vítor Gomes a desviar de cabeça um cruzamento bem medido sobre a baliza na sequência de excelente jogada de entendimento do ataque do Aves.

    Sendo previsível que este jogo na Vila das Aves não iria ser fácil, e não foi como ficou depois claramente provado, o Futebol Clube do Porto andou longe do que seria expectável poder fazer para colher os três pontos em disputa. Contra um conjunto que surpreendeu pelo empenho e organização com que se bateu de princípio ao fim da partida, o líder da prova nunca assumiu o comando e o controle do jogo, e permitiu ao adversário um bom número de oportunidades para alcançar um resultado ainda mais favorável.

     Um tanto surpreendentemente, Tiquinho Soares, de início, e mais tarde Moussa Marega), integraram a equipa depois de terem recuperado de lesões, aumentando o crédito quanto à obtenção de um resultado positivo face ao entendimento e eficácia demonstrados no início da prova. A equipa ganhou mais presença e soluções de ataque, contudo os regressados não deixaram de evidenciar carência de ritmo e  ineficácia na conclusão de alguns lances.


     O Futebol Clube do Porto pareceu desgastado fisicamente, não conseguiu imprimir velocidade ao seu jogo,os jogadores erraram demasiados passes e algumas (raras) boas chances de golo e concretizaram poucos remates enquadrados à baliza. A equipa foi mais reativa que ativa, a expulsão de Jesùs Corona diminuiu a possibilidade de intensificar a procura do golo de desempate e a defesa, onde se tem fundamentado os resultados até agora obtidos não revelou a solidez e entendimento habituais.


     José Sá solidifica progressivamente a posse do lugar, Ricardo Pereira jogou com a energia e empenho que lhe são reconhecidos, Danilo Pereira entregou-se ao jogo com a raça que que o caracteriza, Vincent Aboubakar atuou alguns furos acima do que tem vindo a conseguir, mas voltou a não ser decisivo. Jesús Corona, irreconhecível, deveria ter saído so jogo antes da expulsão. Tiquinho faz falta a Aboubakar.

    Recomeçou a "pacificação" do futebol português. Rui Costa e Bruno Esteves (VAR)roubaram ao Futebol Clube do Porto a melhor oportunidade de somar os três pontos em jogo. Golpe maior não poderiam ter dado (a não ser fazerem explodir uma caixa MB com uma garrafa de gás) ao ignorarem um pontapé no joelho de Danilo Pereira aplicado por um defesa local, dentro da área, tão real quanto  ser manifesta a certeza de que Rui Costa e o amigo Esteves não consideraram a falta porque têm garantida a imunidade das malfeitorias arbitrais que causarem ao Futebol Clube do Porto.


    
   

quarta-feira, novembro 22, 2017

O MILITANTE BENFIQUISTA QUE É PRIMEIRO MINISTRO VERDADEIRO.


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Qualquer cidadão investido em cargo com vínculo ao Estado, seja administrativo ou político, não tem que abdicar, esconder ou ver cerceada a preferência que nutre pelo clube desportivo com o qual se identifica e apoia como adepto, enquanto no exercício público do cargo que desempenhar. Mas tem obrigação de ser contido, delicado, neutro ou mesmo abster-se de manifestações efusivas excessivas, quando em atos oficiais de natureza pública em que participa, comportamento tanto mais exigível quanto mais destacada e maior relevância tiverem as funções que lhe estão cometidas.
     
    O atual primeiro ministro do Governo dr. António Costa, é um assumido adepto do Sport Lisboa e Benfica. Tem todo o direito, faz parte de seis milhões de portugueses que apoiam o clube da capital, o que lhe confere uma almofada de conforto na hora em que o voto em eleições vale lugares e lideranças apetecíveis. E como um comum apaixonado pelo jogo da bola, desfardado de obrigações de Estado, tempo disponível e apetência física ninguém se atreveria a criticar o cascol da águia envolto no pescoço, ou, mais discretamente, o emblema na lapela ao vê-lo no estádio a entoar os típicos cânticos dos demais sócios organizados do glorioso Benfica do regime.

   Há tempos numa assembleia em que discursava, o sr. Primeiro Ministro notando perturbação na sala, perguntou, respondendo: -Foi golo do Benfica, não foi? Bem, assim ficámos todos mais satisfeitos. Num dia da semana passada, na televisão pública subsidiada pelos contribuintes, Sua Excelência andava em visita numa qualquer região suponho que asiática, tendo contatado uma escola onde se aprendia a Língua Portuguesa. A um dos alunos que leu um pequeno texto na nossa Língua, o primeiro ministro de Portugal quis saber se o jovem acompanhava o futebol luso, e perante a resposta afirmativa, perguntou-lhe: -E qual é o clube que conheces? - Binfica (coincidência admirável!). O sr. Costa, sorriso aberto "Pepsodente", premiou o jovem confrade com caloroso cumprimento.

     Enfim, dir se à que são pormenores de reduzida relevância, e terão mesmo escapada à maioria dos que seguem os telejornais. Mas, se juntarmos as pontas do manto protetor, melhor se perceberá a imagem transmitida em direto colhida na tribuna de honra do estádio do Benfica, no decorrer de um jogo na época anterior em que participava o Estoril Praia, mostrando o "primeiro ministro", faz de conta, do clube das águias, tendo à sua direita o sr. Primeiro Ministro do Governo, sr. António Costa, e a sua esquerda o sr. Ministro das Finanças, Mário Centeno. 

     Tudo bem. Veremos o que o futuro nos reserva...

    

DRAGÃO DE OUVIDOS MOUCOS AO RUÍDO DE BESIKTAS PARK.


LC: Besiktas-FC Porto, 1-1 (resultado final)


Liga dos Campeões
Fase de grupos
5ª jornada - 2ª mão
Besiktas Park, Istambul, Turquia
RTP1. Hora: 17:00 (TMG)
Condição do tempo: frio sem chuva
Relvado; bom
Assistência: 40000
2017.11.21, terça feira







                    Besiktas JK 1 - FC do PORTO, 1 
                                                    (ao intervalo: 1-1)

Besilktas JK alinhou com: Fabri, Dusko Todic, Görkhan Gönn, Pepe, Adriano, Atiba Hautchtinson, Talgan Arslan, Anderson Talisca, Cenix Tosun, Ryan Babel e Ricardo Quaresma. Suplentes: Tolga Zengn, Matei Mitrovich, Gary Mendel, Caner Erkin, Jereemiastins, Ogulhan Ozyakul e Álvaro Negredo.

FC do Porto alinhou com: José Sá, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), aos 90'+1' Diego Reyes, Ricardo Pereira, aos 80' Jesùs Corona, Vincent Aboubakar e Yassine Brahimi.
Equipamento: alternativo de cor laranja
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Mateo Lahoz (Espanha)

GOLOS: 0-1 aos 29' por Felipe, no desenvolvimento de uma jogada bem sucedida iniciada na direita por Alex Telles a bater um livre direto em passe curto para Ricardo Pereira, com este a meter no miolo da área onde FELIPE aparece a concluir com remate rente à relva; o empate a 1-1 foi obtido por  Anderson Talisca, a concluir à boca da baliza um lance em que Felipe vê a bola ser-lhe passada por cima da cabeça em lance corrido, com cruzamento para o lado contrário onde apareceu isolado sem marcação o brasileiro a concretizar sem remissão.


       Excetuando os vinte(+-) minutos iniciais do segundo tempo em que teve que suportar um forte caudal atacante da equipa do Besiktas, nesta decisiva partida para manter a confiança no acesso à fase seguinte da Liga dos Campeões, o Futebol Clube do Porto bateu-se em posição de igualdade com o conjunto turco,  fazendo o bastante para regressar do ambiente escaldante do Besiktas Park, em Istambul,  com um empate que garante desde logo a participação na Liga Europa, e o ganho de vantagem de depender do que for capaz de fazer no Estádio do Dragão contra o Mónaco no último jogo desta fase.

      Sérgio Conceição introduziu algumas mudanças pouco previsíveis para leigos na formação inicial, chamando à equipa Maxi Pereira e Ricardo Pereira para assumirem a facha direita, e voltou a confiar em Sérgio Oliveira para dar maior solidez e consistência à linha intermédia, além de manter a confiança em José Sá entregando-lhe a guarda da baliza em detrimento de Iker Casillas.

    A partida decorreu interessante com boa disputa de lances de parte a parte, tendo ambos os conjuntos andado perto de fazer funcionar o marcador, designadamente aos 33' por Ricardo Quaresma, aos 36' e 39' por Ricardo Pereira e Aboubakar, este na sequência de excelente jogada de Yassine Brahimi e assistência de Hèctor Herrera, no primeiro período, e um grande pontapé que fez abanar a baliza à guarda de José Sá aos 58' da autoria do excelente Babá; Quaresma ainda haveria de dar oportunidade a José Sá de brilhar quando, aos 61' na sequência de jogada de patente registada do cigano foi ao ângulo da baliza mandar a bola para canto.

     A enorme chance do Futebol Clube do Porto trazer na carteira o bilhete pago da passagem à derradeira fase da Liga, esteve nos pés de Ricardo Pereira, o qual, depois de protagonizar uma incursão na área turca e ter a baliza à mercê, não tendo o dom que Quaresma possui, não conseguiu a trivela e a bola perdeu-se ao lado do poste.

    Um a um, José Sá mostrou-se sereno, executou duas ou três intervenções difíceis e não cometeu erros comprometedores. Muito bem. A defesa em geral cumpriu não obstante as dificuldades com que teve que se haver, sobretudo nas laterais, onde Alex Telles sentiu muitas dificuldades em travar os adversários que lhe surgiam pela frente; Danilo Pereira e Sérgio Oliveira nunca viraram a cara aos adversários, mas o que mais se terá evidenciado foi o capitão Herrera, até o depósito ter gasolina. Considerando que Ricardo Pereira foi mais atacante do que defesa direito, o avançado fez uma bela exibição. Merecia ter tido sucesso no lance atrás descrito, poderia ser considerado o mais regular em todo o tempo que esteve em campo. Yassine Brahimi, foi especialmente vigiado e poucas vezes logrou escapar ao cerco que lhe era movido por três ou quatro "polícias". E, Vincent Aboubakar: espero, continuo a esperar, ver de regresso o grande Aboubakar. Jesùs Corona foi estratégia para os últimos 12´minutos e Diego Reyes para os 90'+2'

    Conheço do campeonato espanhol (e não só), Meteo Lahoz. Tem personalidade muito própria de quem gosta de dominar. É um grande árbitro, mas infalíveis só os deuses. Na segunda parte, terá sido mais equidistante  nas suas decisões em relação ao ambiente e diluiu as minhas dúvidas iniciais. Um excelente exemplo para a arbitragem lusa.

    

segunda-feira, novembro 20, 2017

RUI MASSENA, FORA DE CENA.

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   O que conheço de Rui Massena é que se trata de destacado maestro compositor musical, com mérito reconhecido no país e fora dele, nada de relevante como adepto do Futebol Clube do Porto. Além das referências sempre abonatórias que lhe são feitas nos órgãos de informação generalista relacionadas com a intensa atividade artística que produz, foi no Porto Canal que mais seguimento lhe dediquei desde algum tempo a esta parte não obstante o relativo interesse que nutro pela música clássica em geral.

    Sabia que Rui Massena é adepto (sócio) do Futebol Clube do Porto.

    Quando terminou o jogo em Guimarães, procurei encontrar outro programa que estivesse a ser emitido em direto (não aprecio ver repetições a não ser por interesse pontual), tendo entrado no "play-off" que estava a iniciar. Surpreendeu-me não fazer parte do painel o Miguel Guedes, comentador residente adepto do FC do Porto e estar no seu lugar Rui Massena; e como é (talvez) o único sítio onde cada interveniente fala a seu tempo e logra concluir o que pretende falar de modo a que quem estiver a ver ouça o que diz, não resisti à curiosidade e fiquei.

    Falava João Govern, falou, falou e falou. Entrou o Inácio depois, e falou. Massena, neste espaço alargado de tempo, não tugiu nem mugiu. O moderador lembrou-se de que compositor estava lá para compor, isto é, para expor de memória o que estava na pauta, O maestro equivocou-se pensando estar na Casa da Música e em vez de orientar a orquestra para um concerto inspirado na tragédia que na atualidade vive o futebol nacional, ensaia um prelúdio de uma área mística, uma espécie de ensaio onde entram anjos de asas brancas a apaziguar e desculpabilizar as matreirices do diabo para instalar a paz e a concórdia das partes.

    Perante o gáudio e os repetidos  "muito bem" e de movimentos de concordância feitos com a cabeça do representante do clube do regime, a inchar a cada frase que ouvia,  o ilustre portista maestro compositor orientou a sua intervenção para falar de um futebol lírico, puro na sua essência lúdica e apaixonante, que fizesse dos estádios o Éden dos verdadeiros apreciadores do ancestral jogo da bola. Sobre a realidade totalmente inversa ao idealismo poético do nefelibata pregador, que virou o futebol português na rota do roubo organizado denunciado no programa da estação oficial do Clube "Universo Porto de Bancada , Massena disse nada! Ou não tem estado no pais nos últimos tempos, ou não lê jornais ou vê televisão, desconhece o tema com quem conversa sobre futebol e onde, porque, estou seguro não será com os amigos do camarote do Estádio do Dragão, nos bastidores da Casa da Música, no Majestic, nas bancadas entre as claques, nos gabinetes da preparação das cidades capitais da cultura, que se vive o Futebol Clube do Porto espoliado, difamado, apoucado, desvalorizado nos títulos conquistados nacional e internacionalmente, como é sentido pela massa adepta nas obras, nas deslocações para apoiar a equipa suportando intempéries e despesas, nas abdicações de gastos pessoais para poder pagar a quota, para suportar os comentadores parciais que pululam nas redações da informação alfacinha, nos que arriscam ser linchados se entram em certos estádios identificados pelo cascol azul e branco. Foi tão desfasada da realidade a sua exposição que, Augusto Inácio, de si apiedado e talvez num impulso de reconhecimento por ter sido dos nossos, tentou lembrar-lhe aquilo que lhe competia e deveria ter falado.

     Nem esperei pelo fim do programa.

     Companheiro, Senhor Rui Massena. Sem o movimento dos capitães, a democracia tardaria ou nem mesmo chegaria ao país. Sem bombardeamentos, a antiga Mesopotâmia estaria nas garras do Islão, não haveria Brexit do Reino Unido, Israel não era nação, Hitler tinha imposto a sua ideologia fascista, os professores e os médicos não recuperariam direitos adquiridos, os incêndios esqueceriam até à próxima catástrofe, o Norte de Portugal continuaria a ser a zona dos penedos e das serras.  Sem a luta de Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto, à frente de muitos outros, o Futebol Clube do Porto, hoje, seria ainda aquele que o caro confrade tristemente representou na deplorável cena que protagonizou ontem à noite no programa play-off: simpáticos e conformados com o stato quo do poder centralizado despótico e egoísta.

    

   

sábado, novembro 18, 2017

MAGIA AFRICANA NO TRIUNFO EM CIMA DA HORA.

 André Pereira foi a novidade de Sérgio Conceição

TAÇA DE PORTUGAL
4ª eliminatória
Estádio do Dragão, Porto
Sportv1 - Hora: 20:30
Tempo: seco e frio
Assistência: cerca de 20000
2017.11.17 - sexta feira


              FC DO PORTO, 3 - Portimonense SC, 2
                                            (ao intervalo: 1-1)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, André André, aos 70' André Pereira, Óliver Torres, Hernáni, aos 53' Yassine Brahimi, Jesùs Corona, aos 77' Miguel Layún e Moussa Aboubakar.
Equipamento: camisola oficial tradicional, calção e meias brancos
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto). 4º árbitro: João Pinheiro

GOLOS: 1-0 aos 5' por DANILO PEREIRA. Junto à linha de fundo André André ganha canto; Alex Telles de é esquerdo coloca a bola no miolo da área onde DANILO PEREIRA aparece a desviar para o golo: 1-1 aos 30' por Wellington Carvalho, na conclusão de jogada iniciada com uma perda de bola de Ricardo Pereira com o jogador do Portimonense a escapar-se até fazer um cruzamento sobre a defesa onde um colega a desvia para o marcador, a rematar de cabeça para junto das pernas de Casillas com a bola a entrar junto ao poste; 1-2 aos 69' em remate fulminante de pé esquerdo de fora da área de Pedro Sá, com o esférico a entrar como um bólide no ângulo superior direito da baliza sem hipótese de defesa parav Iker Casillas: 2-2 aos 90'+1´por Vincent ABOUBAKAR,desmarcando-se entre os centrais para receber um lançamento mortal de Alex Telles, isolar-se e a atirar sob o corpo do guarda redes: 3-2 aos 90'+6' por Yassine BRAHIMI, num rápido lance de ataque com André Pereira a servir Aboubakar na cabeça da área com a bola de chegar a Yassine BRAHIMI solto à esquerda, que domina, progride uns passos dentro da área rematando calmo e preciso.


           Como esperava, o Futebol Clube do Porto deparou com muitas dificuldades para vencer o Portimonense. Mal avisado andava quem pensou que a equipa algarvia com mais um ou menos um golo acabaria por cair naturalmente perante a supremacia do Dragão. E o que aconteceu foi que a partida decorreu muito difícil para as camisolas azuis e brancas, sendo que o resultado era de 1-2 no fim dos 90' regulamentares e os dois golos que validaram a passagem à eliminatória seguinte da competição apenas surgiram no 1º e 6º minutos dos sete concedidos como compensação da perdas de tempo.

          Tinha feito algures um comentário no facebook de que só quem não tinha visto jogar este Portimonense e o avaliava pelos dois resultados verificados nos dois últimos confrontos entre as equipas, poderia estar à espera de um jogo fácil. Engano: a equipa de Vítor Oliveira, um dos mais experientes e conhecedores treinadores do futebol português, está recheada de excelentes executantes, sabem bem o que fazer no decorrer do jogo e foram a jogo olhando olhos nos olhos a equipa que neste momento está a executar o melhor futebol em Portugal.

           Por seu lado, este não era o momento ideal para o Futebol Clube do Porto jogar contra adversário tão motivado e em excelente momento de forma; a interrução prolongada de jogos competitivos, as participações em jogos de seleção de muitos dos seus elementos, o número de excluídos por força de recuperação de lesões, alguns titulares indiscutíveis e a próxima deslocação à Turquia para o embate com o Besiktas para a Liga dos Campeões, constituíam contrariedades, que Jesùs Corona, parecendo em déficit físico e moral e Hernâni e Ricardo Pereira, nesta partida muito inseguros, não conseguiram disfarçar.

          Até aos trinta minutos do início, o Futebol Clube do Porto sem que estivesse a nível elevado, tinha o jogo perfeitamente controlado até porque ganho vantagem cedo no marcador. Contudo, o golo um tanto inesperado e a forma como aconteceu, produziu um efeito positivo no futebol do visitante e um menor à vontade no jogo dos visitados. E em espaços demasiados extensos no segundo período, foram os Portimonenses que mandaram no relvado (!). Porém, no cômputo dos lances passíveis de concretização em golo ocorridos, e classe individual dos portistas e um pouco da tal fortuna que ninguém dispensa para chegar ao êxito, o Futebol Clube do Porto mereceu vencer. Pena que o Portimonense, como excelente equipa que provou ser, tenha sido a vítima imolada na ara do sacrifício.

        Em termos de entrega os jogadores do FC do Porto não merecem reprovações. Em termos exibicionais, raros foram os que atingiram nível elevado. A defesa sofreu dois golos, Ricardo Pereira não atingiu o nível do costume, o meio campo não brilhou e viveu muito do esforço de Danilo Pereira; Jesùs Corona, com pouco rendimento, Hernâni jogou fora mais uma oportunidade de se afirmar. Aboubakar, desaparece do cenário de guerra demasiado tempo, com o mérito de quando se mostra não há quem o não veja. Miguel Layún foi útil, mas dispensava-se a manifestação de protesto do primeiro lance em que interveio; Yassine Brahimi foi, simplesmente, decisivo. André Pereira, em estreia (quem diria!) trouxe animação e vida ao ataque portista.


       Neste jogo, Artur Soares Dias e a sua equipa, não cometeram erros com influência direta no resultado. A expulsão por segundo cartão amarelo do jogador portimonense não é questionável porque as faltas são claras (antes, escuras), não vejo qualquer irregularidade no lance em que foi reclamada sobre André Pereira dentro da área, e o cartão amarelo que puniu Alex Telles, que Vítor Oliveira gostaria que tivesse sido da cor "do outro" pareceu-me adequado dado que o lance estava a ser muito disputado pelos vários intervenientes e não se verifica evidencia qualquer na  intenção de atingir o adversário por parte do defesa portista.
       Quanto aos sete minutos de compensação de tempo só pode pecar por defeito nunca por excesso. Aliás, foi o aspeto mais negativo da exibição elogiável do Portimonense SC, que o Clube algarvio e o seu competente treinador bem poderiam ter excluído da bela peça que pintaram.