quarta-feira, setembro 30, 2015

PORTO VINTAGE NA ELITE DOS CAMPEÕES.

  
   Maicon, apontou o golo da vitória (2-1) sobre o Chelsea (Mais futebol)

Liga dos Campeões
2ª Jornada - 1ª Mão
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2015.09.29
Espectadores: 46 124

                FC do PORTO, 2 - Chelsea FC, 1 (UK)
                             (Ao intervalo: 1-1)

GOLOS: 1-0, aos 39', por André André; 1-1, aos 46',15'', por Williams; 2-1, aos 54', por Maicon.

FC do PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi, Rúben Neves (78', Evandro), Danilo, Imbula, André André (80', Layún), Aboubakar e Brahimi (86', Osvaldo).

Árbitro: Mateu Lahoz (Espanha).


                          Voltou ao Dragão o espetáculo das grandes noites europeias, com a equipa do Futebol Clube do Porto a alcançar um grande vitória que premeia uma exibição global das mais brilhantes e conseguidas das últimas participações na prova da elite dos clubes europeus. Assumindo uma postura de combate sem complexos ou exagerados temores, os Dragões evidenciaram uma saúde física e mental de registo elevado no desenvolvimento do jogo, proporcionando aos assistentes do estádio e a milhões de portugueses e espanhóis que viram pela TV, um jogo de altas emoções, bom futebol  e um espetáculo que ficará como uma noite de glória na celebração dos 122 anos da criação do Clube.

                           Como vem sendo normal a constituição da equipa que iniciou o confronto com  o campeão da Inglaterra, do professor José Mourinho e do milionário Abramovich, foi tema glosado pelos experts de cadeirinha e cachet a recibo verde nas apreciações prévias ao confronto, mormente com as entradas de Martins Indi para o lugar onde vem atuando Layún e o posicionamento de André André no xadrez da equipa, mas as "asneiras" que muitos apontaram de cátedra provaram em campo que o adversário foi bem estudado e o antídoto para o combater foi o adequado.

                           Com um primeiro tempo repartido e com altos e baixos em função da inspiração casual do valoroso adversário, o conjunto portista mostrou o potencial que tem com uma segunda parte de luxo, valente, destemida, suada e profundamente imbuída de espírito de conquista que sempre foi apanágio do glorioso baluarte do futebol luso e internacional e lhe conferiu mérito total na conquista de três preciosos pontos.

                           Tenho registada a cronologia dos momentos mais empolgantes da partida mas não me atrevo a mencioná-los nesta crónica porque não seria capaz de os descrever com a emoção que os presenciei. Também não me é fácil apontar jogadores que mais contribuíram para alcançar esta  vitória saborosa. Dos que cumpriram o tempo integral, porém, houve quem se superasse a si próprio e tivesse ido além do que se poderia exigir. De Casillas a Brahimi, passando por Aboubakar, tudo a dizer. O camaronês é um espanto de força, técnica e disponibilidade. Imbula, foi gigante portentoso. Mostrou-se, emfim! Rúben Neves, um colosso em técnica e visão de jogo. André André, fundamental e mais um golo precioso; Danilo, uma força incrível; Brahimi, um luxo; Martins Indi, um pêndulo, Maicon afirma-se como patrão da defesa e esteio sólido, faz o golo da glória; Marcano, anti vedeta, prático e eficaz; Maxi Pereira, um utilidade indispensável; Casillas, o toque do prestígio que valoriza a equipa.

                           Mateu Lahoz: é um dos árbitros que mais aprecio no futebol espanhol. Terá sido impressão minha mas pareceu-me que usou de maior rigor em relação às entradas ilegais dos jogadores do FC  do Porto de que do Chelsea; sem que eu tivesse notado que deu compensação de tempo no final da primeira parte, o golo de livre direto de William foi apontado aos 46',15'' e, a falta que o originou, muito duvidosa. Ainda estou sem perceber por que não marcou Lahoz uma grande penalidade causada por Marcano com o jogo a esgotar-se, o qual corta a bola de forma deliberada com o braço a merecer sanção máxima, num jogada que aconteceu junto à linha de fundo e frente a um dos árbitros assistentes que ninguém sabe para que serve, que, se tivesse sido assinalada poderia ter causado um castigo injusto para quem teve tamanho mérito. Haja Deus!

                         

                         

                         

                        

domingo, setembro 27, 2015

OS INDIGNADOS DO FCP.

              
Exclusivos Cm ao Minuto Nacional Mundo Insólitos Desporto Tv Media Cultura Tecnologia Domingo Opinião Multimédia Mais CM Vidas

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/desporto/futebol/detalhe/lideranca_isolada_esbarra_na_muralha.html
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O empate cedido pelo Futebol Clube do Porto em Moreira de Cónegos foi aproveitado pela falange de adeptos portistas que querem ver Julen Lopetegui afastado do comando da equipa para zurzirem no treinador basco como em centeio verde, reclamando sem mais aquelas a sua substituição. É certo que poucos admitiriam no seio da nação portista que, após o claro triunfo, embora custoso e pela diferença mínima, realizado na jornada anterior no Dragão, sobre a equipa dos encarnados da corte lisboeta, não fossem tão incompetentes a ponto de consentirem um empate no jogo a escassos minutos do seu termo. E pior do que isso, ter sido evidente a má exibição global da equipa e a pouco aplicação individual dos seus jogadores.

               Há, todavia, agora que as emoções esfriaram, que repensar as atitudes que se tomam a quente nem sempre condizentes com a postura que um adepto fiel e convicto deve ter perante os insucessos a que nenhum clube se pode eximir seja qual for grandeza e valor que possa ter.

               Reportando-me apenas a alguns clubes que na próxima semana vão disputar a segunda jornada da Liga dos Campeões, recordo que aqui ao lado, o todo poderoso Real Madrid cedeu em casa um empate a zero com o Málaga, o Atlético de Madrid do Jackson Martínez foi a Vilareal perder por 1-0, o separatista Barcelona venceu (2-1), perdeu Messi para os próximos dois meses depois de na última semana ter sido arrasado na minha vizinha Galiza por um 4-1 (!) de secar de vergonha o mais crente dos seguidores culé, na Premier League, o Chelsea do Zé Fugitivo Mourinho viu-se a perder por 0-2 com um ignorado qualquer coisa, conseguindo safar-se da quinta derrota na prova ao empatar 2-2 com o jogo a findar, levando quase à loucura o Happy One que terá dito ao intervalo no balneário aos seus atletas que, se fosse permitido, substituía não três mas pelo menos seis dos seus jogadores. Entretanto, o Bayern de Pepe Guardiola, foi empatar fora de casa a 1-1 com um conjunto de segunda linha e em Moscovo, o Zenith, de Vilas Boas, logrou empatar com o SPARTAK. E hoje há mais.

                Juntem-se, pois, "indignados do FCP",  aos adeptos dos clubes acima referidos e façam um movimento europeu no sentido de serem os respetivos treinadores mandados trabalhar para as obras, limpar florestas ou apanhar meixões, porque de futebol, está visto, são tal e qual como o Evaristo do Pátio das Cantigas.

                Ah, que já estava a escapar-me. Roubaram ao Jesus duas Petit pastilhas no Bessa e o Bruno pensa abraçar a carreira de árbitro....Descarrilhou.


            

sábado, setembro 26, 2015

LIÇÃO DE EFICÁCIA AO CUSTO DE UM PONTOS POR REMATE


Moreirense-FC Porto, 2-2 (crónica)
Liga NOS
Estádio Comendador Joaquim Almeida Freitas
Moreira de Cónegos
2015.09.25
6ª Jornada

                         Moreirense, 2 - FC do PORTO, 2
                                   (Ao intervalo: 0-1)

FCP: Casillas, Maxi, Maicon, Marcano (aos 77' Aboubakar) Layún, Héctor Herrera (59', Cristián Tello), Danilo, André André, Corona, Osvaldo, Brahimi (45'+1', Varela).

Árbitro: Vasco Santos (Porto)

Sequência dos golos: 0-1, aos 18', por Maicon, de livre direto; 1-1, aos 50', por Iuri Medeiros; em remate rasteiro na conclusão de uma triangulação bem sucedida; 1-2, aos 79'' por Corona, depois de dois dribles à direita e à esquerda e remate já perto do guarda-redes; e aos 88' por André Fontes, emendando de cabeça um livre que caiu na zona dos centrais do FC do Porto e foi entrar junto ao poste no sentido da trajetória da bola.


                   Por duas vezes na situação de vencedor o FC do Porto consentiu dois empates ao Moreirense nos únicos remates direcionados à baliza defendida por Ikar Casillas em toda a partida. O FC do Porto criou pelos menos três ocasiões flagrantes de marcar uma das quais, criada por Osvaldo aos 72' que colocaria o resultado em 1-3, mas que um jogador da casa evitou com a bola a centímetros do risco de baliza deserta.

                 Com o FC do Porto a jogar a primeira parte ao ritmo de um velho comboio de mercadorias puxado por locomotiva a vapor do início do século XX, a equipa de Moreira de Cónegos adotando uma previsível postura de "tudo atrás" e Deus à frente, logrou obter dois golos em dois remates certeiros e difíceis de anular por Casillas, mas que uma defesa mais atenta e coesa teria evitado. Com o resultado em 1-1, e sem Brahimi  que saiu lesionado ao expirar o primeiro tempo entrando para o seu lugar Silvestre Varela, Julen Lopetegui reposicionou Corona (inoperante como extremo) e fez entrar Tello tirando Herrera e, a seguir, tirar do jogo Marcano e metendo Aboubakar. O ritmo de jogo e a intensidade da pressão sobre a equipa da casa aumentaram conseguindo os Dragões adiantar-se de novo no marcador a cerca de dez minutos do termo da partida. Aos 88' num livre onde estava Danilo em vez de Marcano e Maicon diminuído fisicamente, um golpe feliz de cabeça de Iuri sentenciou o desfecho da partida com a perda de dois preciosos pontos. 

                 Não há injustiça nos resultados de futebol. Ela, a justiça, é feita de golos e quando são obtidos de forma legal como foram os desta partida sem casos relevantes, então há que aceitar e procurar fazer melhor. Como dizia no último post, um jogo de futebol comporta três hipóteses de resultado independentemente do valor dos contendores. Hoje (ontem) foi o X, amargo e até certo ponto decepcionante para os portistas com certeza, surpreendidos pela resposta da equipa idêntica em situações que se repetem desde a última época contra adversários tidos por fáceis.

            

quinta-feira, setembro 24, 2015

FOI VOCÊ QUE PEDIU UMA ESTREVISTA AO QUARESMA?

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                   Como é sabido deixaram de ser jogadores do Futebol Clube do Porto nesta época vários jogadores, entre eles Ricardo Quaresma que regressou ao Besiktas (Turquia) depois de ter cumprido duas épocas no Dragão. Desconheço, obviamente, a fundamentação da dispensa mas não duvido de que a decisão do descarte coubesse ao treinador Julen Lopetegui, com a legitimidade que o cargo lhe confere.

             Foi com alguma estranheza minha que ontem veio a lume na rádio e na Tv e, hoje no papel dos jornais, uma entrevista de fundo com o mágico Harry Potter, porque não tive conhecimento de qualquer facto relevante de que ele tivesse sido protagonista no seu atual clube nestes últimos tempos ou surgisse forte novidade relacionada com a sua segunda passagem pelo Clube que o acolheu e recuperou de uma situação de insolvência prematura da sua brilhante carreira. Contudo e notada a coincidência da entrevista dada à estampa na semana após a derrota, limpa e inequívoca, infringida no Dragão ao campeão em título que o remeteu para quatro pontos abaixo do primeiro lugar à quinta jornada da prova e,  que para além disso, pôs a nu as insuficiências e fraquezas da equipa de Carnide, pode chegar-se com naturalidade  à conclusão de que a escolha do Ricardo para ser entrevistado é, sem qualquer dúvida, uma jogada capciosa para amaciar os efeitos da coça que a equipa da Dona Victória apanhou no Dragão e uma tentativa de aliciar os adeptos do FC do Porto para colaborarem na campanha de descredibilização do treinador espanhol e assim enfraquecer a sua ascendência progressiva e segura no caminho do sucesso da carreira que se perspetiva vir a ser brilhante.

              E, logo, a escolha recaiu sobre o simplório cigano, boa paz, menino bonito dos apoiantes do FC do Porto, com inúmeros amigos e ele de Jesus, quando tinham à mão de semear Danilo e Casemiro, do Real Madrid, Jackson Martínez e Óliver Torres, do Atlético madridista, ou, Alex Sandro, que valeram em conjunto mais de cem milhões de euros e foram treinados no Olival pelo descurriculado Lopetegui ; melhor e bastante mais económico e indubitavelmente mais interessante do que ir à Turquia e mesmo a Madrid, seria um caminhada até Carnide e montar tenda em frente da frequentada Porta 18 da catedral branca de neve que, aí sim, não faltarão "personalidades" internas e externas com assuntos que todo o mundo está à espera sejam esclarecidas...

            

segunda-feira, setembro 21, 2015

RUI DERROTA QUERIA MAIS COLINHO.

O Jogo

Liga NOS 
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
5ª Jornada
2915.09.20
Espectadores: Lotado (50 000


                                        1 - 0

                FC do PORTO        -       SL Benfica
                                    (Ao intervalo: 0  -  0)

FCP: Casillas, Maxi Pereira, Maicon (cap.), Marcano, Layún, Rúben Neves (78' Danilo), Imbula, André Andrém Corona (Varela, aos 62'), Aboubakar (82', Osvaldo) e Brahimi.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)


                       O Futebol Clube do Porto derrotou um dos seus mais diretos rivais na luta pelo título da Liga NOS, numa partida em que foi manifestamente a melhor equipa no cômputo final do jogo, deixando o seu adversário a quatro pontos de distância na tabela classificativa à quinta jornada da competição. Depois de um período inicial de cerca de meia hora em que os Dragões mostraram dificuldades no controlo do adversário e permitiram que este ameaçasse adiantar-se no marcador em dois lances de bola parada onde brilhou Casillas com igual número de excelentes defesas, os Dragões foram reis e senhores do relvado, em toda a segunda parte, vindo a obter um triunfo aos 86' numa jogada espetacular concluída de forma magistral pelo melhor jogar da partida, o portista de coração, André André.

                        Apesar das inesperadas dificuldades que a equipa teve que superar para assumir o controle e a supremacia sobre o rival alfacinha, há que realçar o esforço e a entrega de todos os nossos atletas no decorrer de todo o tempo de jogo sendo evidente uma enorme determinação e vontade em fazer vergar a cerviz do presunçoso e sempre protegido rival.

                        Até agora, esta foi a segunda vez que vi atuar pela TV na presente época a ex-equipa de Jorge Jesus (antes só tinha assistido ao épico triunfo conseguido sobre um tal Astana, de um certo Cazaquistão, potência futebolística mundial inquestionável), pelo que não me surpreendeu que a formação vitoriana ( Rui e Dona Victória) viesse agora jogar ao Dragão com a mesma determinação e esperança de uma equipa de segunda linha em busca de um resultado honroso, do milagre de um empate ou até um triunfo caído do céu com a ajuda do santo do apito à semelhança do sucesso da última época. O "colinho" andou lá perto, mas a justiça prevaleceu.

                         Se quer falar de arbitragem o sr. Rui Derrota deveria contar tudo o que viu: um condicionamento bem cedo de alguns jogadores do FC do Porto pela exibição de cartões só vendo faltas no adversário para sanção è medida que a partida se aproximava do seu termo, das faltas de Semedo em jogadas sucessivas, das brincadeiras de André Almeida e da cotovelada dada a um jogador portista, da bola que foi ao braço de Jardel, do toque de Luisão quando Aboubakar ia a entrar na área e, depois, no chão junto à linha quando o caramonês procurava recuperar a bola, das entradas do Samaris de cortar a respiração, do "respeito" que Soares Dias vota aos jogadores das camisolas vermelhas, etc e tal. Primeira derrota importante e Rui Vitória e o antigo treinador do Vitória, de Guimarães, a fazer beicinho porque quer ter colinho...

                         Grande é André André e André André.!

                         Casillas, e toda a defesa, fecharam a baliza com zero. Rúben Neves, bom jogo como vai sendo normal para a sua categoria; Imbula, a subir na integração, mas eu "via" Danilo na formação inicial; Brahimi, com a virtude de lutar de princípio ao fim para jogar bem. Esteve no início do lance da jogada fenomenal do golo. Varela e Danilo, muito úteis; Osvaldo só irei analisar quando o vir jogar. Aboubakar, é uma preciosidade de homem e jogador. Fair play, ingenuidade, pureza, honestidade, no lance onde poderia "cavar" um penalti e nem lhe terá passado pela cabeça que, se aproveitasse o desequilíbrio provocado por Luisão, teria ganho um penalti.

                         Para que servem cinquenta mil adeptos (mesmo que tivessem sido apenas metade) que vão ao estádio supostamente para apoiarem a sua equipa e brindam o treinador Julen Lopetegui com uma monumental assobiadela por tomar uma decisão que só a ele compete? Tenham tento e vão bugiar para o Castelo do Queijo.

                      

                     

                     

                      


quinta-feira, setembro 17, 2015

ERROS MEUS, MÁ FORTUNA...E CRITÉRIOS TEUS.


O Jogo
Liga dos Campeões
Estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia)
1ª mão - 1º jogo
2015.09.16
50 000 espectadores.

                  FC Dínamo de Kiev, 2 - FC do PORTO, 2
                                       (Ao intervalo: 1-1)

Marcador: 1-0, aos 20'; 1-1, aos 23', Aboubakar; 1-2, aos 81', Aboubakar; 2-2, aos 89'.

FCP: Casillas, Max, Maicon, Martins Indi, Layún, Danilo, Rúben Neves, Héctor Herrera (Cristán Tello, aos 65'), André André, Aboubakar (92', Osvaldo) e Brahimi (Corona, 78')

Árbitro do jogo: Félix Brych, Alemanha.
Ação disciplinar: Cartão amarelo: Maicon, 17', Max, 40', Aboubakar, 48'  e Danilo, 88'


                       A vitória que a exibição do FC do Porto merecia na partida realizada contra do FC Dínamo, em Kiev, na Ucrânia, gorou-se a um minuto do termo do encontro, com a equipa da casa a obter o empate a dois golos numa jogada em que prevaleceu o critério do árbitro alemão; Félix Brych, que não considerou em posição de claro fora de jogo um jogador ucraniano postado em frente a Casillas e se movimentou quando percebeu que o colega de equipa, partindo de posição legal, poderia concluir com êxito a jogada que daria o empate. Toda a defesa dos Dragões antes de tempo o que facilitou o desenrolar do lance.

                       De todo imerecido o desenlace do encontro para a equipa de Julen Lopetegui e uma sensação de injustiça para os decepcionados adeptos portistas perante o que foi a partida, na qual os Dragões produziram uma exibição de muito mérito sobretudo no período complementar em que superaram em todos os capítulos de jogo o seu valoroso adversário.

                      O Futebol Clube do Porto surpreendeu pela disposição tática dos seus jogadores, criando uma linha média de quatro elementos onde André André se movia entre várias posições consoante as alternâncias das jogadas, articulando os seus movimentos com Héctor Herrera, ora no apoio ao ataque ora na pressão dos jogadores do Dínamo nas saídas para o meio campo portista. Enquanto nos primeiros quarenta e cinco minutos os nossos jogadores procuraram não quebrar as posições rígidas que o esquema exigia, no segundo período agiram mais soltos e com liberdade mais ampla que lhes permitiu maior controle de bola e obrigar os ucranianos a maior esforço físico para tentar travar os ataques e as movimentações do adversário.

                      Passando despercebido até aparecer a apontar de cabeça a centro de Layún o golo do empate a uma bola, ABOUBAKAR foi a grande figura da partida não apenas por ser o autor dos golos portistas como pela capacidade de luta, concentração absoluta no trabalho da equipa, pureza nas intenções na disputa dos lances, da energia inesgotável que possui e na disponibilidade em jogar para o todo. 

                      Salvo no primeiro golo do Dínamo em que estava completamente desordenada e no segundo em que se ausentou da jogada antes do apito do alemão, a defesa comportou-se bem. Casillas, não segurou uma bola que lhe chegou por alto na marcação de um canto e esteve próximo de ver a bola entrar, não fora Max Pereira e a atrapalhação dos ucranianos. Redimiu-se com uma defesa "do outro mundo" no último lance da primeira parte. Fiquei com a impressão de que foi surpreendido também no segundo golo, mas joga o seu favor o facto de estar tapado pela presença do adversário.

                      Max Pereira, Maicon e Martins Indi, com boas prestações transmitiram confiança. Layún alterna entre o bom e o suficiente e não disfarça as suas limitações para posição. No meio campo esteve a virtude, com Rúben Neves a jogar "como gente graúda". Danilo sob de rendimento a cada jogo e, neste, só me pareceu atraiçoado pelo cansaço com o aproximar do final da partida. Héctor Herrera, teve a virtude de desempenhar bem a missão que lhe deram, não tendo registo de coisas extraordinárias. André André já não surpreende ninguém quanto à sua importância dentro desta equipa e está no pódio dos melhores. Brahimi também andou próximo do seu real valor, ainda que dele se possa exigir mais. 

                       E ABOUBAKAR, sim, senhor ABOUBAKAR!

                       Dos suplentes utilizados, Cristián Tello não brilhou, mas também não comprometeu; Corona, apenas entrou a 12' do fim e teve uma boa jogada que concluiu com forte remate. Ambas as entradas foram justificadas e oportunas, apesar de, provavelmente, constarem do caderno de instruções que Rui Barros levou consigo para o banco. Osvaldo, nem tempo teve para saber onde estava.

                      O empate fora de casa contra uma equipa forte como é o Dínamo de Kiev numa prova curta como é a Champions, nunca pode ser considerado um mau resultado. O essencial era não entrar a perder e o objetivo foi alcançado.

                      Esta partida era também importante para avaliar o que vale neste momento o FC do Porto. Era um teste às suas reais capacidades e valor potencial e, para certos notáveis, a competência do primeiro responsável da equipa técnica. Equipa e treinador, passaram com nota alta. Acesso garantido à entrada direta na Universidade.



                     

                     



domingo, setembro 13, 2015

O BOM JESÚS É DRAGÃO!


O Jogo

Liga NOS4ª Jornada
Estádio do Arouca
2015.09.12

             FC de Arouca, 1 - FC DO PORTO, 3
                                 (Ao intervalo: 0-1)

Marcadores; 0-1, aos 5' e 0-2, aos 61', por Jesús Corona; 0-3, aos 71', por Aboubakar e, 1-3, aos 83', por Maurides.

FC PORTO: Casillas, Maximiliano, Maicon, Marcano, Layún,  (70', Héctor Herrera), Imbula, Rúben Neves, André André, Jesús Corona (85', Bueno), Aboubakar e Brahimi (aos 55', Danilo).


                        Terá causado alguma surpresa a entrada direta na equipa dos reforços mexicanos Layún e Jesús Corona, mas o desenrolar da partida e o desempenho daqueles jogadores demonstrou o acerto da decisão de Julen Lopetegui. Também a entrada de Rúben Neves e a opção de Imbula por Danilo e de André André para formar um trio do meio campo inédito não deixou de criar expectativas acrescidas quanto ao resultado das profundas alterações introduzidas para o confronto com o Arouca que partia para o jogo em igualdade pontual com os Dragões.

                       O FC do Porto tomou a iniciativa do jogo e colocou-se em vantagem no marcador logo aos 15', depois de ter ameaçado a baliza arouquense aos 5' e 7'. Sem fazer alarde de grandes preciosismos ou jogadas muito elaboradas, os jogadores portistas investiam com determinação em jogadas de ataque em toda a largura do relvado cortando ao adversário as tentativas de se acercar com perigo da baliza de Casillas. Com Rúben Neves e pegar bem no jogo, a mobilidade e entrega de André André e um Imbula (finalmente!!!) a jogar para a frente, a equipa do FC do Porto sem que estivesse a conseguir uma grande exibição, mostrava muita determinação e garra, nunca deixando de mandar no jogo cerceando as esporádicas reações dos locais que não incomodaram muito Casillas. 

                      Com a substituição de Brahimi que na realidade esteve na primeira parte francamente mal não me recordando de uma única jogada correspondente ao seu valor técnico, por Danilo e a libertação do "operário" qualificado André André para o flanco esquerdo, o FC do Porto melhorou a sua consistência e continuou a olhar de cima o resistente e inconformado conjunto de Vidigal. Aos 61', Jesús Corona, bem colocado, aproveita um desvio para o lado do guarda redes da casa de um potentíssimo remate de André André e faz o seu segundo para a sua estreia de sonho e liquidar a equipa arouquesa, tendo Aboubakar dado a estocada final aos 71' fazendo o 0-3 concluindo uma excelente jogada que envolveu Rúben, André e o caramonês na finalização.

                      Vitória merecida e sem mácula.

                      Casillas não teve trabalho difícil e o golo que sofreu dificilmente poderia ser evitado. Aliás, na jogada corrida fiquei com dúvidas na legalidade da posição de Maurides.Maximiliano, fez valer a sua experiência e os centrais vacilaram em demasia. No miolo tanto Rúben como André André conseguiram boas prestações e vi um Imbula com qualidades que até agora não lhe reconhecia. Brahimi, mal, mal, mal. Danilo e Héctor Herrera, substitutos entraram bem na partida.

                       Destaque para Jesús Corona porque marcou os dois primeiros importantes golos da partida. Tem velocidade, bom drible (com alguns excessos), sentido posicional e de jogo coletivo. Muito oportuno no primeiro golo depois do calcanhar artístico de Aboubakar. E vem bem rodado, em boa forma física. Layún, também mostrou boa qualidade técnica. Tem rotina de jogo, não sei se posicional. Não foi feliz a centrar e nem sempre no desfazer do lance. 

                       Não serei desportivamente correto porque deveria talvez atribuir a Jesús Corrona a cotação de maior valor neste jogo. Foi importante, sem dúvida, marcar dois golos em estreia e jogar bem. mas os golos não foram resultado de criação sua mas do jogo coletivo. Quem. segundo o meu critério merece a coroa de louros é Aboubakar, pelo que trabalha para a equipa de princípio ao fim e pela oportunidade com que intervém no golo que apontou.

                      Quem espera que Capela faça uma arbitragem de qualidade num jogo em que entre o Futebol Clube do Porto, desiluda-se. Seja por aversão ao norte, perseguição doentia ao FCP ou simpatia de cor, será sempre um árbitro sem categoria.

                     

terça-feira, setembro 08, 2015

UM GOLO E TRÊS PONTOS NOS DESCONTOS.

Albânia-Portugal, 0-1 (resultado final)

Apuramento para o Euro2016
2015.08.11

                          Albânia, 9 - PORTUGAL, 1
                                (Ao intervalo: 0-0)

GOLO: Miguel Veloso, aos 90'+2', de cabeça, na sequência de pontapé de canto marcado por Ricardo Quaresma.


Equipa inicial: Rui Patrício, Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho,Eliseu, Nani, Danilo Pereira, Miguel Veloso, Danny, Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva.

                Ao revés das expectativas levantadas a propósito desta deslocação à Albânia, Portugal venceu sem grande dificuldade, embora pela diferença mínima e no esgotamento do tempo regulamentar, um jogo em que os albaneses apenas apareceram verdadeiramente nos últimos vinte minutos da partida. Até aí, sem que se possa afirmar que a equipa portuguesa realizou uma grande exibição, foi a formação dirigida por Fernando Santos quem mais atacou e procurou o golo e com mais sorte porque viu uma bola ser desviada para o poste com Patrício a assistir com o olhar. Eliseu, numa jogada em que ficou isolado na sequência de um passe de Ronaldo, desperdiçou a melhor oportunidade em todo o jogo ao pretender "chapelar" o guarda redes saindo a bola ao lado do poste.

                De todo o modo Portugal venceu com justiça e cumpriu o objetivo de manter o primeiro lugar no seu grupo garantindo a presença no mundial de França em 2016.

                O herói do jogo foi Miguel Veloso, o qual teve uma atuação de relevo durante toda a partida e concluiu muito bem o canto apontado por Ricardo Quaresma que entrou no jogo aos 65' em substituição de Bernardo Silva, o estreante na seleção e jogador do Mónaco que estava a conseguir destacar-se de outros como Danny que só mais tarde acabou substituído para entrar Éder.

                Danilo Pereira, o médio do Futebol Clube do Porto, realizou uma exibição de grande nível cotando-se como um dos mais regulares da seleção durante todo o jogo. Cristiano Ronaldo mostrou de novo que está a ter um arranque de época muito abaixo das suas capacidades. Pepe e Ricardo Carvalho chegaram e sobraram para enfrentar um ataque que, como acima refiro só foi verdadeiramente incómodo nos últimos vinte minutos de jogo.

              Continua com luz viva a estrela do "engenheiro do penta", que joga com a juventude mas não descarta a experiência e a classe de quem pode fazer a diferença.