terça-feira, abril 30, 2019

CAMPEÕES DA EUROPA SÃO FUTEBOL CLUBE DO PORTO.

 
UEFA YOUTH LEAGUE (sub-19) . FINAL
Centro Desportivo de Colovray 
Cidade de Nyon, Suíça 
Bom tempo 
Relvado bem tratado 
Assistência: +-4000 
2019.04.29 (2.ª-feira)  

                          FC do PORTO, 3 - CHELSEA FC (Ing.), 1
                                            (ao intervalo: 1-0)

FC Porto alinhou com: Diogo Costa, Tomás Esteves, Diogo Queirós (C), Diogo Leite, Tiago Lopes, Mor N'Diaye, Fábio Vieira, aos 71' Vítor Ferreira, Romário Baró, aos 89' Gonçalo Borges, João Mário, aos 63' Afonso Sousa, Fábio Silva, aos 89' NKeng. Suplentes n/utilizados: Francisco Meixedo, g.r., Tiago Matos e Pedro Justiniano.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Mário Silva 

Chelsea FC alinhou com: Ziguer, Colley, Guehi, Maatsen, Lampty, aos 7i6' Anjorin, MC Eachran, Famílio-Castillo, Gilmour, Gallaghes, aos 76' Brown, Redan e Mc Cornick. Suplentes n/utilizados: Tie, g.r., Lavinier, Laurence, Mola Nunn.
Equipamento: alternativo totalmente de cor amarela
Treinador: Joe Edwards.

Arbitro: François Letexier (França)
Auxiliares: Cyril Mugnier/Mehdi Rahmounni
4.º árbitro: Jerôme Brisard 

Escolha de campo: CFC

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 18' no seguimento de uma assistência de Angel Torres na ala direita, com a bola a percorrer rente ao relvado a área até ao lado oposto, onde apareceu FÁBIO VIEIRA a rematar tranquilamente para o golo; o empate aconteceu aos 53', na sequência de um passe longo por alto para a cabeça da área, onde REDAN chegando primeiro e elevando-se mais alto do que Diogo Leite bateu de cabeça para a baliza com Diogo Costa, que entretanto saíra da baliza, a ficar fora do lance; o 1-2 aos 55' aconteceu numa jogada e minuto subsequentes, no desenvolvimento de lance dentro da área do Chelsea e participação de numerosos jogadores de ambas as equipas, com DIOGO QUEIRÓS a recuperar a bola que Ziger não segurou no remate de uma jogador do Porto, empurrando para a bola para além da linha de golo e junto ao poste, depois de dois ressaltos no corpo do guarda redes e tentativa de a sacudir com a luva; aos 75' AFONSO SOUSA que pouco antes entrou tinha entrado na partida, com um remate à entrada da área a levar a bola a entrar rente ao poste, na conclusão de magnífica assistência e entendimento com Romário Baró.

     O símbolo ímpar do Futebol Clube do Porto passou a constar do livro de honra do futebol europeu, através do feito histórico inédito em Portugal da conquista de UEFA YOUTH LEAGUE, categoria de sub-19, consumado na cidade suíça de Nyon, ao bater a equipa inglesa do CHELSEA FC pelo resultado de três bolas a uma, numa partida a todos os títulos brilhante e com vencedor inquestionável.

     Enfrentando o competente campeão em título e participante pelo terceiro ano consecutivo na final, os jovens da formação azul e branca encantaram com a arte e beleza do seu futebol, pela alegria e entusiasmo com que o exercitaram, e pelo alto desportivismo e lhaneza de procedimento que notoriamente demonstraram.

     Ressalvando os incaraterísticos dez minutos iniciais que durou a afinação das teclas do piano, Romário Baró chegou ao palco e deu início à partitura com a orquestra a executar harmoniosamente um inesgotável reportório de melodiosas composições, para espanto da formação londrina e gáudio dos apreciadores do futebol genuíno e puro.

    O triunfo é um feito incontestável no panorama desportivo do futebol europeu. Prestigia internacionalmente a formação das classes jovens e honra o nome do Clube da Invicta Cidade do Porto. 

   Os melhores? Foram estes:

   Diogo Costa, Tomás Esteves, Diogo Queirós, Diogo Leite, Tiago Lopes, Mor N'Diaye, Angel Torres, Fábio Vieira, Vítor Ferreira, Romário Baró, Gonçalo Borges, João Mário, Afonso Sousa, Fábio Silva, Nkeng, Francisco Meixedo, Tiago Matos, Pedro Justiniano e a equipa técnica orientada por MÁRIO SILVA coadjuvado por António Frasco, Tiago Moreira e Fernando Monteiro, são as caras visíveis de um projeto sério, competente e triunfador que há de garantir a continuidade da grandeza e riqueza histórica do mais heróico e lutador clube português.

  Arbitragem? Ah, excecional!

sábado, abril 27, 2019

SÓ FICARAM AS PENAS NAS MÃOS DO PREDADOR.

 
 (Foto OJogo online)

Primeira Liga
31.ª jornada 
Estádio dos Arcos, Vila do Conde 
TV - Hora: 20:30 
Tempo: bom. Temperatura 13.º)
Relvado: bom 
Assistência:  7532 
2019.04.26 (sexta-feira) 


                       Rio Ave FC, 2 - FC do PORTO, 2 
                                      (INTERVALO: 0-2)

Rio Ave FC alinhou com: Leo Jardim, Júnio Rocha, Rúben Semedo, Borenkovic, Afonso Figueiredo, Filipe Augusto, Tarantini (C), aos 69' Jambor, Nuno Santos, Nelson Dias, Gabrielzinho, aos 82' Joca e Bruno Moreira, aos 69' Ronan. Suplentes N/utilizados: Paulo Victor, Matheus Reis, Jambur e Meshias. 
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Daniel Ramos 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, Alex Telles, Danilo Pereira, Héctor Herrera (C), Otávio, aos 87' Bruno Costa, Jesús Corona, aos 85' Tiquinho Soares, Yacine Brahimi, aos 76' William Manafá, e Moussa Marega. Suplentes n/utilizados: Vaná, Maxi Pereira, Óliver, Óliver e MBemba.
Equipamento: alternativo totalmente azul 
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Artur Soares Dias (AFP)
Auxiliares: Rui Licínio/Paulo Soares
4.º árbitro: Fábio Melo 
VAR: Bruno Esteves

Escolha de campo: Rio Ave: N/S

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 18', por YACINE BRAHIMI, a desviar com remate de cabeça um centro com conta, peso e medida de Otávio na ala direita; 0-2 aos 22' por MOUSSA MAREGA na sequência de lançamento da linha lateral na ala direita executado para a área por Jesús Corona, com a bola a aliviada pela defesa vilacondense ao encontro do avançado maliano do fcp, que remata para o golo depois da bola bater num defesa local; 1-2, aos 85' por NUNO SANTOS, o qual entrou em velocidade pela defesa portista até à entrada da área sem oposição, e à saída de Iker Casillas bateu em arco para a baliza; 2-2 aos 90'+1', por RONAN, com remate a ser desviado no corpo de Alex Telles a trair Iker Casillas.

      Este era um jogo que o Futebol Clube do Porto não tinha margem para errar, e outro resultado que não fosse o triunfo constituiria um golpe quase insanável nas convicções da equipa, e muito especialmente na fé que os fervorosos adeptos alimentavam na renovação do título. A perda de dois pontos, e principalmente a desoladora exibição da equipa, se não acaba desde já com a discussão quanto ao vencedor da prova, além do aumento da diferença pontual entre o segundo e o primeiro lugar a três jornadas do fim do campeonato, arrasa moralmente o pretendente à liderança e moraliza quem atualmente a detém.

     Pode afirmar-se que o Futebol Clube do Porto "teve o pássara na mão e deixou-o fugir". Dois golos de avanço aos 22' do início da partida dava margem folgada para jogar com segurança e serenidade e disponibilidade para chegar a uma atitude pragmática e poder controlar o adversário. Estranhamente, ou talvez não, foi o Rio Ave quem notoriamente mais acreditou poder inverter a desvantagem no resultado, logrando conseguir a subida de produção do jogo da equipa e igualar o resultado em apenas cerca de 5', enquanto o campeão em título, estranha e surpreendentemente, se vulgarizou mostrando-se incapaz de reagir à negatividade do futebol que praticou. 

     O desfecho premeia quem acreditou e lutou para ser feliz.

     Arbitragem. Para Artur Soares Dias, segue duas cartilhas no seu mester de árbitro: a própria, marginal e sectária, quando um dos intervenientes é o Futebol Clube do Porto, e a comum à carreira, "à portuguesa" colorida nos demais confrontos.
Aos 8' Rúben Semedo dá uma "peitada" e empurra com as mãos, dentro da área, Moussa Marega; aos 61', em disputa com o mesmo jogador do FCP, o mesmo defesa mete a mão na bola deliberadamente permitindo que o guarda-redes da sua equipa a recolhesse. Até se poderia aceitar o critério de não punição com a marcação de grande penalidade no primeiro dos lances referidos, não se compreende que no segundo a falta não devesse ser punida, tão óbvia foi a ilegalidade cometida. Soares Dias terá assumido as decisões por conta própria, já que achou por bem prescindir de visionar os lances, o que nele não é caso inédito, não gosta se ser corrigido. Neste jogo, episódios destes não foram tidos por ilegais. Veremos como serão julgados similares noutros campos e com outros intervenientes.

    Não foi o fim. Há (ainda) doze pontos em jogo.

                      

segunda-feira, abril 22, 2019

TRÊS PONTOS COMPENSARAM ESFORÇO EXTRA



O Jogo online)

PRIMEIRA LIGA 
30.ª jornada 
Estádio do Dragão, Porto 
Hora; 20:30 
Tempo: ameno 
Relvado: bom 
Assistência: 43911
2019.04.19 (sábado) 

              FC DO PORTO, 1 - CD Santa Clara, Ponta Delgada, 0
                            (ao intervalo: 1-0) 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, William Manafá, Éder Militão, Filipe, Alex Telles, Danilo Pereira, Héctor Herrera (C) Otávio, aos 64' Jesús Corona, Yacine Brahimi, aos 61' Fernando Andrade, Tiquinho Soares, aos 78' Óliver Torres e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Vaná, Maxi Pereira, MBemba e Vincent Aboubakar.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição.

CD Santa Clara alinhou com: M. Pereira, Patrick, Cardoso, Rachid, aos 74' Santana, Lucas, Kaio, Lamas, Chrein, aos 63' Ukra, Zé Manel, aos 82' Pablo, Patrick e Schsttine. Suplentes n/utilizados: João Lopes, Mamadoum, Lucas Marques e Evonna.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: João Henriques.

Árbitro: Manuel Oliveira (AFP)
Auxiliares: Tiago Leandro/Paulo Vieira
4.º Árbitro: Fábio Nunes
VAR: António Godinho.

Escolha de campo: bola FCP - ataque S/N

Guardado 1' de silêncio (respeitado) em homenagem às vítimas do acidente rodoviário da Madeira.                       

GOLO E MARCADOR: 1-0 aos 18' por intermédio de MOUSSA MAREGA em recarga na esquina da pequena área completando o remate de fora da área de Otávio que o guarda-redes insular defendeu para a frente, permitindo ao maliano desviar para a baliza sem oposição. 

Um jogo a todos os títulos difícil de vencer, porquanto os insulares da Região Autónoma dos Açores se apresentaram surpreendentemente competentes e libertos de complexos ou temores, exibindo futebol de qualidade numa equipa harmoniosa na conjugação entre setores, muito bem fisicamente e a conseguir mostrar futebol de qualidade, e se entregou à luta de princípio ao fim sem manhas ou subterfúgios ameaçando seriamente poder surpreender, tendo mesmo batidos em dois lances de muito bom recorte a defesa portista, incluindo Iker Casillas, os quais contudo não foram validados porque os autores dos remates estavam em inequívoca situação de "fora de jogo", e só não consumou os objetivos em dois momentos cruciais da partida porque o FC do Porto tem um guarda-redes chamado Iker Casillas.

 Para o Futebol Clube do Porto, este Santa Clara aconteceu no pior momento dada a proximidade do combate travado no mesmo relvado na quarta-feira antecedente para a Liga dos Campeões sendo adversário o Liverpool, quiçá neste momento o mais credenciado à candidato à vitória da Liga inglesa, a melhor do mundo, em que o campeão português jogou nos limites da exigência física e mental na heróica tentativa de reverter o resultado de Anfield Road. Não o tendo conseguido, a equipa dificilmente poderia recuperar em tão curto período de tempo do tremendo desgaste físico que a partida exigiu, nem limpar a mente do insucesso por que tanto tinham lutado. Não obstante a delicada situação, a equipa foi capaz de encontrar a força e a qualidade bastantes para conseguir um triunfo justo e inequívoco, valorizado pela ação do antagonista que não escondeu as intenções de afastar, desportiva e honestamente, o Dragão da renovação do título de campeão da presente época.

 Manuel de Oliveira não conseguiu uma arbitragem sem erros, contudo, algumas das situações provavelmente menos acertadas também não se refletiram no resultado final, cuja legalidade é inatacável. Excelente, foi o trabalho dos seus auxiliares que estiveram atentos  aos três lances essenciais da partida, dois dos quais acima relato e o que deu a Moussa Marega a oportunidade de fazer o golo que valeu os três preciosos pontos, afinal o primeiro fim a obter neste jogo.

 Estamos aí, vivinhos da silva.

quinta-feira, abril 18, 2019

JOGAR NOS LIMITES SEM COMPENSAÇÃO.

 

 (Foto internet)

LIGA DOS CAMPEÕES 
1/4 de final, 2.ª mão (2-0)
Estádio do Dragão, Porto 
TV24 - Hora: 20:00 
Tempo: chuva intermitente 
Relvado: bom estado 
Assistência: 49117 (+-2700 claque ingleses)
2019.04.17 (quarta-feira)

         FC DO PORTO, 1 - LIVERPOOL CF (Inglaterra), 4
                               (intervalo: 0-1)

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, Alex Telles, Danilo Pereira, Héctor Herrera (C), Otávio, na 2.ª parte Tiquinho Soares, Jesús Corona, aos 78' Fernando Andrade, Yacine Brahimi, aos 81' Bruno Costa e Moussa Marega. Suplentes n/utilizados: Vaná, Maxi Pereira, Óliver Torres e André Pereira.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição 

LIVERPOOL FC alinhou com: Alisson, Alexander-Arnold, aos 76' Joe Gomez, Matip, Van Dijk, Robertson, aos 71' Henderson, Wiljnaldum, Fabinho, Milner, Salah, Origi, aos 46' Firmino, e Mané. Suplentes não utilizados: Mignolet, g.r., Keita, Shaquiri e e Sturridge. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Jurgen Klopp (alemão)

Árbitro: DANNY MAKELLIE (Holanda)
Auxiliares: Mário Diks/Hessel Steegstra
4.º árbitro: Tasos Sidiropoulos (Grécia) 
VAR: Polvan Boekel 

Escolha de campo: bola p/ FCP - Início: S/N

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 26' por MANÉ: com a bola a a ressaltar por entre o aglomerado de jogadores dentro da área, Salath toca para Mané que à boca da baliza desvia para o golo; 0-2 aos 65' por SALAH, na conclusão de uma contra-ataque a partir da área do Liverpool, com o envolvimento de três jogadores ingleses e três toques na bola, com o egípcio a ultrapassar Felipe e a enviar para o golo; 1-2 aos 68' por ÉDER MILITÃO, numa excelente impulsão e batimento de cabeça a dar seguimento a pontapé de canto apontado à esquerda por Alex Telles; 1-3 aos 77' por FIRMINO a concluir de cabeça num movimento muito rápido uma assistência a régua e compasso para a pequena área; 1-4 aos 84' num remate de cabeça de VAN DICK sem oposição no seguimento de pontapé de canto.

FC Porto «fecha» Champions com quase 80 milhões de receitas

   O exagero dos números do resultado pode encontrar-se na real superioridade do conjunto inglês que é, neste momento, uma dos melhores equipas do futebol europeu, quer pelo valor individual de um alargado naipe dos seus componentes como pelo alto nível técnico de futebol que pratica. É o atual líder da melhor Liga do Mundo e quiçá o presumível candidato mais credenciado para vencer a Liga dos campeões.

   O triunfo obtido no Dragão não constitui um facto surpreendente, não obstante a demonstrada fortíssima resistência do Futebol Clube do Porto até acontecer o segundo golo obtido por Salath aos 65', no que foi o quarto remate do total de cinco em toda a partida dos ingleses à baliza de Iker Casillas.

  A equipa de Sérgio Conceição mandou na partida em toda a primeira parte e jogou de igual para igual até cerca de vinte minutos da segunda, momento a partir do qual a equipa do alemão Klopp jogou "sem oposição", trocando a bola nas clareiras que se abriram no relvado. Impossível exigir mais dos briosos atletas do FC do Porto, tão abnegados e disponíveis se mostraram na obtenção de um resultado honroso, pelo qual se bateram até à exaustão. 

  Numa prova tão exigente como é a Liga dos Campeões, o FC do Porto foi líder do seu grupo com um record de pontos, chegou aos quartos da prova onde outros credenciados e históricos emblemas não estiveram e saiu dela ao mesmo tempo de outros "tubarões" bimilionários, tendo arrecadado quantia a rondar os oitenta milhões de euros, com a valorização da sua marca e dos seus jogadores.

  Para além do fortíssimo adversário que teve pela frente, o Futebol Clube do Porto foi, clara e comprovadamente, azarado nas nomeações dos árbitros. Nos dois confrontos. Quiçá mais em Liverpool do que no Dragão, mas ainda assim, o holandês DANNY MAKKELIE não fez trabalho de nível compatível com a importância da prova. Esteve mal na validação do golo de Mané, que o auxiliar do lado da bancada anulou, e bem, por fora de jogo do marcador, e ao aceitar o parecer do VAR que não detetou, mal, a irregularidade, viu mas não considerou, nem o VAR,  um corte de bola com o braço dentro da área por um jogador do Liverpool aos 44', deu "rédea solta" a Fabinho para "distribuir" um pilha de lenha pelos jogadores portistas enquanto lhe deu na gana. Na dúvida, contra o Futebol Clube do Porto. 

  Voltámos para o ano.

 

  

domingo, abril 14, 2019

SUCESSO TOTAL NA ESCAPADINHA ALGARVIA.

 

Primeira LIGA
29.ª jornada 
Estádio Municipal de Portimão 
Tv - Hora: 18:00 
Tempo: primaveril (20.º!)
Relvado: excelente 
Assistência: 5989 (Onda Azul em maioria)
2019.04.13 (sábado)

        Portimonense SC, 0 - FC do PORTO, 3
                                     (intervalo: 0-1)

Portimonense SC alinhou com: Ricardo Ferreira, Tormena, Lucas, Jadson, Ruben Fernandes, aos 12' Henrique,Tabata, aos 78' Ruster, Lucas Fernandes, aos 70' Wellington, Pedro Sá e Aylton Boa-Morte. Suplentes n/utilizados: Leo; Hackman, Felipe Macedo e Bruno Reis.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: António Folha 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, William Manafá, Éder Militão, Pepe, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Jesús Coronja, aos 59' Otávio, Yacine Brahimi, aos 82' Bruno Costa, Tiquinho Soares, aos 64' Fernando Andrade e Moussa Marega. Suplentes n/utilizados: Vaná, Maxi Pereira, MBemba e André Pereira
Equipamento: alternativo totalmente azul  
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)
Auxiliares: Paulo Soares/Pedro Martins
4.º Árbitro: Luís Godinho
VAR: João Bento 
AVAR: Rui Teixeira 

Escolha de campo: saída para o Portimonense 

 Portimonense volta a apostar em ‘relvado artístico’ para receber o FC Porto

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 15' por YACINE BRAHIMI. Pelo flanco direito, William Manafá executa um passe longo a solicitar a corrida de Moussa Marega, este fica com a bola e acerca-se da linha de fundo donde faz uma assistência para trás depois de livrar-se do seu marcador direto, e na cabeça da área o argelino do FC do Porto executa um remate com a parte interior do pé direito fazendo o golo inaugural; 0-2 aos 73' por MOUSSA MAREGA, numa assistência mortal de Alex Telles para as costas da defesa da casa, com o maliano a isolar-se e frente ao guarda-redes que saíra da baliza ao seu encontro, a picar a bola sobre ele; 0-3 aos 90'+2' pelo capitão HÉCTOR HERRERA, a emendar de cabeça junto ao poste um ressalto de bola na sequência de pontapé de canto.

Comentário.

    Estavam reunidos os pressupostos principais para tornar aliciante o confronto entre o clube algarvio de Portimão e o Futebol Clube do Porto, da Invicta cidade do Porto: hora do decurso de jogo convidativa, bom tempo para a prática desportiva, excelente relvado e bancadas razoavelmente preenchidas. E relevância do desfecho, especialmente para o Clube nortenho.

    O jogo correspondeu às expetativas geradas. Decorreu vivo, com ritmo acima do que frequentemente acontece na prova maior do futebol português, sem artimanhas para consumir estéreis minutos, sem casos ou situações tumultuosos que desfeiam o futebol. Dois conjuntos a exibirem-se a bom nível apenas e só a pensar em chegar à vitória pondo em campo o que de melhor podem e sabem fazer.

    Foi o Futebol Clube do Porto quem mais esteve ao ataque e mais e melhores oportunidades de golo soube criar. Esteve melhor no segundo período do que no tempo inaugural, no decorrer do qual foram demasiados os lançamentos em profundidade falhados para o ataque portista, especificamente para Moussa Marega. Vindo do intervalo com ideias melhor definidas e eficientemente concretizadas depois no relvado magnífico, a equipa campeã nacional em título conseguiu "esfriar" um pouco melhor a energia dos portimonenses e assumir claramente a superioridade natural do jogo.

    Ficou demonstrado que o FC do Porto quando puder formar a equipa com os melhores elementos do plantel, que Sérgio Conceição escolher consoante o adversário, é uma equipa temível capaz de vencer a maioria dos confrontos por maior valor que os adversários possuam, e as arbitragens não condicionem os resultados. Nesta partida, Pepe e Héctor Herrera, cada um na missão que lhes cabe, foram fulcrais para o nível da exibição atingido e para o importante triunfo alcançado. E, depois, é muito mais fácil chegar aos golos pela mobilidade imparável de Moussa Marega, e a irrequietude e imprevisibilidade de Jesús Corona e Yacine Brahimi, a acutilância e poder de luta de Tiquinho Soares, e o trabalho eficaz no miolo de Hèctor Herrera e Danilo Pereira. E Iker na baliza é (sempre) uma garantia de bom comando para os menos experientes.

      O Portimonense constitui uma equipa de bom nível, pratica futebol de boa qualidade e possui excelentes jogadores reunindo condições bastantes para se manter no escalão maior.

    A arbitragem não teve trabalho complicado. Pelo que me apercebi não houve uma única intervenção do VAR, o que é fenomenal! Ainda no decorrer do primeiro tempo há um possível lance duvidoso de bola no braço de um jogar dos locais na área, que pareceu acidental, e não havendo repetição o lance terá sido considerado sem efeito.

   

quarta-feira, abril 10, 2019

MATEO LAHOZ FOI ALGOZ!

 

Liga dos CAMPEÕES 
1/8 final - 1.ª mão 
Estádio de Anfield Road, Liverpool (Inglaterra)
TVI - Hora: 20:00 
Tempo: estável 
Relvado: bom
Assistência: 20000 (três mil claque do FCP)
2019.04.09 (3.ª -feira)

             LIVERPOOL FC, 2 - FC DO PORTO, 0
                                    (intervalo: 2-0)

Liverpool FC alinhou com: Allison, Alexander-Amold, Lovren, Van Djik, Milner, Henderson, Fabinho, Keita, Salah, Roberto Fimino, aos 82' Sturridge e Mané, aos 73' Origi. Suplentes n/ utiloizados: Miguolrt, Gomez, Matip, Nojnaldem e Sheqiri.
Equipamento: oficial tradicional vermelho
Treinador: Jurgen Kloop

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, ( 77' Fernando Andrade), Éder Militão, Felipe, Alex Telles, Otávio, Danilo Pereira (C),  Óliver Torres, (73' Bruno Costa) Jesùs Corona, Tiquinho Soares (62' Yacine Brahimi) e Moussa Marega. Suplentes n/utilizados: Vaná, Diogo Leite, Hernâni e André Pereira. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição 

ÁRBITRO: António Mateo Lahoz (Espanha)
Auxiliares: Pau Cebrián Devis/Roberto Del Palomiar
4.º Árbitro: Ovidiu Hctezan (Polónio)
VAR: JESÚS GIL MANZANO (Espanha)

Escolha de campo: Liverpool.

GOLOS E MARCADORES: 1-0, aos 5' por KEITA, com remate à entrada da área a tabelar na bota de Óliver Torres ao tentar cortar o lance, acabando por dar efeito e mudança de trajetória de bola, a qual descreveu um arco para entrar na baliza fora do alcance de Iker Casillas; o 2-0 foi apontado por FIRMINO, a emendar à boca da baliza sem oposição uma assistência perfeita à direita, concluindo jogada rapidíssima em contra-ataque. 

    No Futebol Clube do Porto havia consciência total das dificuldades com que se depararia ao defrontar em Anfield Road o Liverpool FC que é, talvez, neste altura, a melhor equipa da Primer League, e uma das mais competentes para vencer a Liga dos Campeões, feito que procura há cerca de dezoito anos. O Liverpool mostra-se confiante, muitíssimo rodado e consolidado na sua estrutura funcional, a formação é uma constelação de estrelas de primeira grandeza.

    Para o Futebol Clube do Porto desafiar um adversário tão competente no seu próprio reduto, o momento não seria o melhor; duas das suas pedras fundamentais, Pepe e Hèctor Herrera, estavam impedidos a cumprir suspensão de um jogo, Alex Telles recuperou em cima da hora de uma lesão, Maxi Pereira sem ritmo competitivo para uma partida com exigência máxima, Óliver Torres chamado a jogo depois de vários jogos sem ser titular, sujeitaram Sérgio Conceição a alterações substanciais na formação habitual e a distribuir funções diferentes a alguns dos componentes.

   O que permaneceu intacto e quiçá mais forte foi o espírito da equipa para encarar todas as vicissitudes que teve que enfrentar, umas decorrentes do alto valor do adversário, outras para as quais não tem antídoto para combater e anular.

  O grande Liverpool FC foi uma equipa feliz. Adiantou-se no marcador no dealbar do jogo com um golo resultante de um capricho da bola a "espirrar" na na chuteira de um jogador portista; chegou ao segundo na sequência de um rapidíssimo contra ataque aproveitando um momentâneo adiantamento da defensiva do FC do Porto; e não chegou ao terceiro porque a "estrela da companhia" se deixou deslumbrar pela gentileza forçada em forma de passe atrasado para IKer e pela ação esforçada do central Felipe. Não se registou nenhuma outra consistente oportunidade de alteração do marcador a favor do Liverpool no decorrer de toda a partida.
 

  Entretanto,

  Aos 30' um jogador do Liverpool tendo atrás de si Tiquinho Soares, desentendeu-se junto ao poste com o colega guarda redes e mandou COM A MÃO a bola para canto; aos 44' Fabinho comete falta sobre Danilo Pereira, aos 66' na sequência de um canto um defesa local desvia a bola com o braço ESTANDO DENTRO da áres, aos 81' é Felipe que sofre um empurrão nas costas em cima da marca do penalti, e aos 83' é Danilo Pereira que por milagre regressa ao Porto pelas suas pernas quando o mágico Salah lhe mete a sola e pitons da sua bota na tíbia do sortudo Comendador portista com Lahoz a (não) ver e a deixar correr.  Em nenhum dos lances referidos, com ou sem recurso ao VAR, ainda que um ou outro dúvidas suscitassem, mas, pelo menos dois serem bem visíveis a olho limpo, Antonio Mateo Lahoz e o VAR Jesùs Gil Manzano decidiram, EM TODOS, sempre contra o Futebol Clube do Porto.

  

  


sábado, abril 06, 2019

TRIUNFO SEM ESPINHAS NEM ESPINHOS

 
 O cerco a Yacine Brahimi (Foto O Jogo online)

Primeira Liga 
28.ª jornada 
Estádio do Dragão, Porto 
Televisão - Hora: 20:30 
Tempo: limpo e frio (10.º)
Relvado: bom estado 
Assistência: 39 120 
2019.04.05 (6.ª-feira) 


              FC DO PORTO, 2 - Boavista FC, 0 
                                 (intervalo: 1-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Jesùs Corona, aos 64' Maxi Pereira, Éder Militão, Pepe, William Manafá, Danilo Pereira, aos 86' Loum (estreia no Dragão), Hèctor Herrera (C), Otávio, Yacine Brahimi, Moussa Marega e Tiquinho Soares, aos 77' Hernâni. Suplentes n/ utilizados: Vaná, Fernando Andrade, Óliver Torres e MBemba.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Rui Faria (substituindo Sérgio Conceição, a cumprir oito dias de suspensão)

Boavista FC alinhou com: Bracalli, Jubal, Raphael Silva, Neris, Carraça, Raphael Costa, Bueno, Rafael Lopes, aos 60' Falcone,  Sauer, aos 79' Mateus, Mateus Índio e Yusupha, aos 54' Edu Machado. Suplentes N/utilizados: Assis, Obiora, Gonçalo Cardoso e Mateus.
Equipamento: alternativo de cor laranja
Treinador: Professor Zeca (impedimento de Lito Vidigal a cumprir suspensão)

Árbitro: Rui Costa (AFP) 
Auxiliares: Tiago Costa/Nuno Manso
4.º árbitro: Fábio Melo 
VAR:  Bruno Esteves 
AVAR: Paulo Ramos

Escolha de campo: Boavista; bola para FCP, ataque N/S.

GOLOS E MARCADORES: aos 41', 1-0 por TIQUINHO SOARES, na conversão de grande penalidade a castigar rasteira dentro de Raphael Silva a Yacine Brahimi, quando este o tinha ultrapassado e se aprestava a aproximar-se do poste mais próximo da baliza; na marcação, Tiquinho Soares apontou o remate para o lado direito, Bracalli lançou-se para esse lado mas de nada valeu o voo; o 2-0 aconteceu aos 48' no reinício da 2.ª parte, na sequência de jogada corrida iniciada por Wiiliam Manafá, o qual entregou a bola a OTÁVIO, este contornou e deixou para trás um adversário, e cerca da linha da grande área bateu de pé direito forte com a bola a bater no relvado perto do guarda-redes antes de transpor a linha; Bracalli não teria visto a bola a sair do pé do médio portista.

      Triunfo inquestionável do Futebol Clube do Porto, cujos número não traduzem inteiramente a excelente exibição global da equipa e a superioridade em todos os ítems do jogo relativamente à prestação do conjunto do Bessa. 

      Do apito inicial até à obtenção do segundo tento num bom remate fora da área de Otávio no recomeço da partida, a equipa portista andou instalada na segunda metade do relvado, demarcando a linha até onde o Boavista era obrigado a a jogar. O quadro estatístico do primeiro tempo registou números absolutamente esmagadores quanto à posse de bola, ataques, remates e meia dúzia de flagrantes oportunidades de darem em golo, algumas anuladas pelas intervenções do guarda-redes Bracalli; depois do segundo golo o Futebol Clube do Porto abrandou o ritmo mas não, de todo, a posse de bola, o que explica a diminuição de jogadas passíveis de dar maior volume aos números do resultado.

    O triunfo, claro e categórico, não permite formular dúvidas sustentáveis quanto ao merecimento e superioridade em toda a partida do vencedor, não obstante o esforço e a seriedade da equipa do Boavista, a qual revelou uma melhoria substancial em comparação com o que se vira  fazer até à chegada de Lito Vidigal ao comando da equipa, muito particularmente quanto à personalidade da equipa e a intenção de (apenas) jogar futebol.

   Se a exibição global do Futebol Clube do Porto, em vésperas de uma partida de grande exigência para a Liga dos Campeões, na próxima semana, ela resulta da da excelente prestação das unidades que formaram a equipa. Os centrais Éder Militão e Pepe dominaram totalmente no seu espaço, Jesùs Corona, Danilo Pereira e Otávio, destacaram-se sobremaneira, bem como Yacine Brahimi, ontem muito participativo e inventivo no trato da bola, com os arietes Tiquinho Soares e Moussa Marega, sempre compenetrados e entregues ao jogo de corpo e alma a manter em estado de sítio a defensiva boavisteira.

  Rui Costa, que eu tenha presente, conseguiu a melhor atuação de que me recorde ter-lhe visto fazer. Tranquilo, atento e equilibrado não buliu com a normalidade desportiva que caracterizou o derby da Invicta. Boa nota.

quarta-feira, abril 03, 2019

JAMOR, MEU AMOR!



Taça de Portugal
1/2 final - 2.ª mão 
(1.ª mão: FCPorto, 3 - SCBraga, 0)
Estádio Municipal de Braga
Tempo: bom c/vento frio
Relvado: bom 
Assistência: +-5600 espectadores
Hora: 20:15 
Data: 2019.04.02 (3.ª-feira)

                       SC Braga, 1 - FC do Porto, 1 
                               (intervalo: 1-1)


SC Braga alinhou com: Marafona, Goiano, aos 83' João Morais, Pablo, Bruno Vinha, Sequeira, Murillo, Claudemir, aos 83' Rincão, Palhinha, Ricardo Horta, Wilson Eduardo, aos 70' Xadas e Paulinho.
Suplentes n/utilizados: Tiago Sá, Ryller, Esguaio e Dyego Souza.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Abel Teixeira 

FC do Porto alinhou com: Fabiano, Maxi Pereira, Felipe (expulso aos 89' duplo cartão amarelo), Éder Militão, William Manafá, Óliver Torres, aos 77' Loum, Danilo Pereira (C), Jesús Corona, Adrián López, aos 55' Otávio, Fernando Andrade e André Pereira, aos 65' Moussa Marega. 
Suplentes n/utilizados: Iker Casillas, MBemba, Yacine Brahimi e Tiquinho Soares
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Manuel Mota, AF Braga - Auxiliares: 
4.º árbitro: Vítor Ferreira
VAR: Rui Oliveira

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 41' por PAULINHO, numa jogada individual em que beneficiou do atropelamento contra Felipe e de ficar com a bola, seguindo isolado na direção do poste mais próximo, e à saída de Fabiano, rematar ao ângulo da baliza; 1-1 aos 74' por DANILO PEREIRA elevando-se e desviando a bola de cabeça para o poste mais distante, na sequência de um pontapé de canto apontado à esquerda por Jesús Corona.

O Futebol Clube do Porto foi para este jogo com o crédito à maior de três golos sobre o Sporting de Braga, granjeada  na partida da primeira mão realizada no Dragão, através de uma excelente exibição e manifesta superioridade sobre o adversário. A margem confortável do resultado, não sendo em futebol garantia absoluta da resolução da eliminatória a duas mãos, constituía uma folga interessante para aliviar a sobrecarga de jogos a que a grande maioria dos atletas da equipa tem estado sujeita, acautelando a relevância e a exigência dos jogos da crucial fase final do campeonato interno, e especialmente a próxima eliminatória da Liga dos Campeões contra a melhor equipa da Liga inglesa, a melhor do mundo.

Naquela linha de procedimento, não seria de estranhar que Sérgio Conceição tivesse escalado para jogar na "pedreira" elementos com participação menos assídua e, por isso, menos desgastados fisicamente e motivados para mostrar todas as suas capacidades. Daí que tenha constituído a formação da equipa dispensando mais de metade dos jogadores que mais têm vindo a ser convocados ao longo da época.

Por seu leu lado, os arsenalistas de Braga têm vindo a afirmar-se como equipa capaz de ombrear com os melhores emblemas nacionais, não escondendo os responsáveis a ambição de se estrear com um título de campeão nacional. Há que reconhecer que os bracarenses se vêm libertando da condição ancestral de "amigo de peito" do clube alfacinha da mesma cor da sua camisola, tentando enveredar por caminho próprio deixando para trás o passado recente, o que só o dignifica e enobrece. 

Abel Ferreira, o jovem treinador do Braga, está a produzir trabalho com mérito e a incutir na equipa que treina o espírito guerreiro que conduz ás vitórias. Mostrou-o nesta partida, no discurso e no relvado. Encarou o jogo como uma final, meteu a "faca nos dentes" a cada um dos seu jogadores e entregou-os à batalha numa luta de "vida ou morte". E foi obedecido. A primeira meia hora ninguém da equipa azul e branca tinha garantida a saúde das pernas, as de Jesùs Corona faiscavam quando procurava ou tinha a bola nos pés, o miolo do relvado estava mais anárquico que a selva densa, tudo rachava lenha ao desbarato, o FC Porto estranhava e reagia desordenado e a destempo, o Fabiano não parecia dali. O Porto tardava a recompor-se e foi necessário o segundo tempo para arrefecer o calor do confronto e estabilizar a pressão alta e a ânsia manifesta dos bracarense.

Notável, sem dúvida.

Irei acompanhar com curiosidade a equipa de Salvador neste fim de campeonato, não porque me pareça poder ela chegar ainda ao primeiro lugar, mas para que possa confirmar se têm ou não fundamento a crença e as otimistas convicções expandidas por Abel Teixeira quanto ao valor competitivo da sua equipa. E facilmente lhe reconhecerei sem reservas e com aplauso sincero as potencialidades afirmadas se mantiver a postura nesta partida demonstrada que a levará a vencer as restantes do campeonato em curso. 

O melhor que se pode extrair do árbitro vilaverdense é que Mota é uma boa rima para a palavra anedota. Quem consente a atividade de juiz de futebol e nomeia para jogos desta relevância um protagonista fundamental de um jogo da meia final da segunda prova em importância do calendário português uma individualidade deste calibre, merece tanta credibilidade como o nomeado. E não se extraia desta minha afirmação que o Braga foi mais prejudicado na partida do que o FC do Porto, porque, se ele tivesse categoria e qualidades inatas e profissionais e as soubesse usar atempadamente, isto é, desde o primeiro apito, muitos erros e descontrolos teriam sido evitados. Mas, tão próximos que vivem, a solidariedade é compreensível. 

Constata-se uma acentuada desconsideração quanto à validade do VAR como auxiliar da arbitragem no relvado, que de um modo geral muitos acreditavam poder ser a pedra filosofal da credibilidade do resultados. A triste realidade está a demonstrar que a eficácia dos estúdios poderá equivaler à interpretação das duas faces da mesma moeda: uma é boa quando nos favorece, a outra é má se não decidir segundo a nossa opinião. Continuem, tem piada.

A gente encontra-se a 25 de maio no Jamor.

(Mais logo, a minha tv despede-se das transmissões pagas mensalmente de jogos de futebol). Nem mais um cêntimo para o peditório.