segunda-feira, outubro 29, 2018

BOA FOGAÇA CONSOLOU O DRAGÃO

(Foto Record

Liga NOS
8.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Assistência: +46 000
Tempo: seco e frio
Relvado: em bom estado
Hora: 17:30 
Transmissão tv
2018.10.28 (domingo) 

        FC do PORTO, 2 - CD Feirense, 0
                                    (ao intervalo: 1-0)

FCPorto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira (C), Óliver Torres, Jesùs Corona, aos 63' Hèctor Herrera, Yacine Brahimi, aos 86' Ádrian López, Moussa Marega, aos 82' André Pereira e Tiquinho Soares. Suplentes n/ utilizados: Vaná, MBemba, Sérgio Oliveira, Otávio e Hernâni.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

CD Feirense alinhou com: Caio Seco, Tiago Mesquita, Briseño, Bruno Nascimento, Vítor Bruno, Edison Farias, aos 88' Brian Gomez, Alphonse, aos 81' João Silva, Luís Machado, Tiago Silva, Sturgenon, aos 81' Tavares e Edinho.
Equipamento: alternativo
Treinador: Nuno Manta Santos

Árbitros: Rui Oliveira, AF Porto, Paulo Vieira e Nelson Cunha. VAR: Vasco Santos.

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 22'+4' por FELIPE; na marcação de pontapé de livre direto apontado à direita por Alex Telles em jogada inédita ensaiada, Felipe bate de cabeça e faz golo; o árbitro anula por sinalização de fora de jogo do juiz de linha e faz prosseguir a partida, interrompendo-a tempo depois por indicação do VAR, seguindo-se o visionamento por mais de 3' na tv da linha, dando depois o golo como válido. 2-0 aos 80´por MOUSSA MAREGA, na sequência de jogada em que intervieram Brahimi, Soares e Óliver, concluída por um primeiro remate de Marega defendido por Caio Seco sem segurar a bola, e o maliano de novo desviar para dentro da baliza.


     Vitória bastante trabalhosa mas inteiramente justificada pela superioridade evidenciada pela equipa do Futebol Clube do Porto em toda a partida, valorizada pela excelente réplica da bem organizada e lutadora equipa de Vila da Feira, numa partida de futebol de bom nível que terá deixado satisfeitos mais de quarenta e seis mil assistentes nas bancadas do mais lindo estádio do mundo.
    
     A partida decorreu em bom ritmo de princípio ao fim, com muitos momentos de bom futebol e algumas exibições individuais de excelente qualidade, quer da equipa treinada por Sérgio Conceição, quer pelo mister da formação da Vila da Feira, o promissor Nuno Manta Santos. A diferença mínima no resultado que se manteve entre o minuto 24' e os 80', gerou a adrelina suficiente para condimentar de emoção e dúvida que tornam interessante uma boa partida de futebol.

     Sérgio Conceição fez as alterações na equipa que entendeu ajustadas às capacidades e provável tática do adversário, mantendo na formação os mesmos jogadores que estiveram e venceram o Lokomotiv em Moscovo para a Liga dos campeões, deixando apenas de fora Hèctor Herrera em gestão do desgaste físico a que o mexicano e habitual capitão tem vindo a ser sujeito, tendo chamado Tiquinho Soares para partilhar com Moussa Marega a frente central de ataque dos dragões.

     Parecendo escasso, o resultado poderia ter chegado a números mais elevados dadas as oportunidades de golo criadas (e anuladas por irregularidades sancionadas pela arbitragem) pelo campeão nacional em título; contudo, mais um ou dois golos de diferença que o resultado atingisse penalizaria injustamente um conjunto que se esmerou em dignificar o futebol e deu tudo para ver o grande Iker Casillas ir ao fundo das redes buscar a bola.

     ÓLIVER TORRES está (finalmente!) a revelar a imensa qualidade de futebolista de eleição. Protagonizou a exibição da noite e a melhor desde que enverga a camisola com o símbolo do Dragão. Excecional!

     De resto, quase todos os jogadores portistas atuaram numa bitola ajustada aos méritos que se lhes reconhece, desde o consagrado e moralizado Casillas, na guarda das redes, da defesa coesa e participativa nas ações de ataque, da solidez do capitão Danilo Pereira, da irrequietude e imprevisibilidade de um criativo Jesùs Corona, às vezes estonteante, de um Brahimi ziguezaguiante e imprevisível a encher o relvado de magia, ou da potência intimidatória e arrasadora de Moussa Marega, quando navega a estibordo ou a bombordo do navio, como se viu depois que entrou Herrera e se deslocou para a ala direita. Só Tiquinho não conseguiu chegar ao bom, no que produziu. Pouco tempo mas bem aproveitado, tiveram Adrián López e André Pereira.

    Rui Oliveira sem VAR, não era nada nesta noite. Trabalho de estagiário, incoerente, inseguro, para mais com auxiliares do seu nível. Vai ter que "lhe dar" para ser considerado árbitro; mas que não seja muitas vezes  à custa do Futebol Clube do Porto e com o vídeo-árbitro às costas em vez do apito na boca.

   

  


 

quinta-feira, outubro 25, 2018

A LOCOMOTIVA PORTISTA APITOU TRÊS VEZES

 

Liga dos Campeões
Fase de Grupos (D) 
3.ª jornada - 1.ª mão 
Estádio do Lokomotiv, Moscovo
TVI - Hora: 20:00
Tempo: frio s/chuva
Estado do relvado: bom
Público: 16 000 +-
2018.10.24

       
            Lokomotiv Muscou, 1 - FC DO PORTO, 3
                          (ao intervalo: 1-2) 

LOKOMOTIV alinhou com: Guilherme, Kverkwella, Iguatyew, Krychowick, Ignatyew, Demisov, Barinov, Aleksey Muanchut, Anton Muanchut, Manuel Fernandes, aos 66' Zhemaletchinov, Éder, aos 81' Lysov.
Equipamento: vermelho
Treinador: Yuri Semin

FC DO PORTO alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), ÓliverTorres, aos 84' Ádrian López, Jesùs Corona, aos 69' André Pereira, Yacine Brahimi, aos 84' Bazoer e Moussa Marega. Não utilizados: Vana, Chidozie, Sérgio Oliveira e Hernâni.
Equipamento: oficial tradiciona.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitros: Bobby Madden (Escócia); auxiliares: Francis Conner e Alan Mulvanny; 4.º árbitro: Douglas Potter.

GOLOS E MARCADORES: aos 25' Alex Telles aponta um canto do lado direito e na movimentação dentro da área, Éder bloqueia com os braços e derruba Felipe o árbitro assinala grande penalidade e pune o português com cartão amarelo; aos 26', MOUSSA MAREGA, bate forte e colocado e faz o primeiro golo; aos 35' no flanco direito Maxi Pereira e Alex Telles fazem o ataque, a jogada prossegue com Jesùs Corona a tirar da frente um adversário, a centrar com peso e medida para o poste da baliza mais afastado onde HÈCTOR HERRERA aparece com oportunidade a bater para o fundo das redes no lance que viria a ficar como um dos mais bem conseguidos na partida pela equipa do FCP; aos 38' Éder Militão não chega a tempo à bola e ANTON MIRANCHUCK, ali perto, isola-se e à-vontade remata e bate Iker Casillas; aos 47' numa excelente arrancada de quarenta metros, Yacine Brahimi serpenteia pelo relvado com a bola colada aos pés, assiste JESÙs CORONA, à direita, o qual segue alguns metros até à área e remata fortíssimo para o golo. Segunda jogada de espetáculo e de eficácia da equipa portista.

PENALTI DEFENDIDO POR IKER CASILLAS: aos 10' Alex Telles na tentativa de cortar para canto a bola conduzida por avançado da equipa russa, toca com o joelho no adversário sobre o risco da grande área e derruba-o. Erro do defesa portista dado que a bola sairia pela linha de fundo sem consequências. Na marcação da grande penalidade a punir a falta, o português Manuel Fernandes encarregado da marcação bateu forte a meia altura para o poste direito da baliza, com IKER CASILLAS a escolher bem o lado aonde a bola entraria e executa uma espetacular defesa que assegurou a inviolabilidade da baliza. Lance determinante para as aspirações da equipa portuguesa que evitou a vantagem no marcador do Lokomotiv numa altura ainda precoce do jogo.

   Ainda mal se extinguia a afirmação do "CR7" das Finanças europeias ao gabar-se do OE que preparou para o governo do país, de que "a sorte dá um trabalho dos diabos", pensamento que não é dele, e logo, o mesmo aforismo popular poderia ajustar-se como luva ao Futebol Clube do Porto ao vencer em Moscovo o Lokomotiv, campeão em título da Rússia; não que o triunfo útil, saboroso, e também justificadamente previsível não tivesse sido merecido, mas também porque a evidente superioridade na partida do Futebol Clube do Porto sobre o Lokomotiv não foi assombrada por lances de azar ou de imperícia dos seus jogadores ou opções táticas do mister Sérgio que tivessem condicionado ou mesmo impedido a justa vitória alcançada. Antes pelo contrário.

    Por impedimento de Otávio, lesionado, e em  função das características e potencialidade do adversário, a equipa do FC do Porto foi a jogo com algumas mexidas no sistema habitual coletivo, e posicional de algumas pedras do xadrez, designadamente de Hèctor Herrera e Moussa Marega. Óliver Torres é diferente de Otávio nas movimentações e no passe, logo haveria que colmatar a ausência do pequeno brasileiro dando a Hèctor Herrera mais campo de ação e liberdade de posicionamento, sobretudo no apoio ao ataque e na recuperação de segundas bolas; umas vezes o mexicano brilhou, noutras nem por isso. Moussa Marega, não sendo alheio ao lugar de primeiro ponta de lança, joga normalmente com apoio próximo de outro companheiro, descai para as alas, o que nem sempre aconteceu nesta partida.

     Sob uma avaliação do valor artístico, o espetáculo não foi mais brilhante que emotivo, salvo numa ou noutra jogada mais bem sucedida das equipas confrontantes. A importância que uma vitória representaria para o sucesso nesta fase da prova para o Futebol Clube do Porto não permitia "rodriguinhos" e passes de letra, mas músculo, suor e raça. E isso aconteceu, foi notório e...rendeu. Mais três pontos para "o país de Gales".

     Iker Casillas foi enorme na defesa do penalti, esteve bem no jogo todo, mas no lance em que o árbitro anulou (mal) um golo a Éder por fora de jogo que não existiu, foi lento a levantar-se para recuperar a bola de um remate que não segurou. Maxi Pereira melhorou com o andamento da partida e comportou-se à altura do que a experiência lhe concede; Felipe e Éder Militão, adotaram uma atitude prática de resolver os lances mais apertados mas com  algumas hesitações e desconexão. Éder fica ligado ao golo de honra do vencido, e Alex Telles esteve no melhor e no pior. No melhor aconteceu dentro da área aos 56' ao defender no chão dois remetes sucessivos com rótulo de golo iminente; no melhor a assistência impecável para o golo do capitão HH. Danilo Pereira destacou-se na solidez demonstrada no desarme e assistências ao ataque, cotando-se como uma pedra fundamental, abrandando contudo à medida em que o tempo se esgotava; Óliver Torres, cumpriu tentando manter o seu estilo de passe longo e preciso o que conseguiu algumas vezes; Hèctor Herrera, que me pareceu mais errante pelo relvado, isto é, com missão determinada a cumprir nesta partida, alternou o bom com o menos bom; Jesùs Corona, muito ativo e corajoso justificou muito bem a chamada; Yacine Brahim foi muito constante no desempenho e protagonizou quiçá a melhor exibição dos azuis e brancos; Moussa Marega, deu muito trabalho aos defesas da casa no seu modo característico de jogar, útil e combativo com a força de um catrapiler; André Pereira entrou confiante tendo ação muito útil na frente conseguido uma jogada em que ultrapassou em dribles sucessivos vários adversários acabando desarmado já dentro da área; Bazoer começa a dar nas vistas e promete, e tal como Ádrian López está a justificar a confiança do mister Conceição, campeão.

     O erro maior da arbitragem dirigida pelo escocês Bobby Madden teve a má visão do auxiliar como responsável porque Éder pareceu estar em linha, o que nem sempre é fácil detetar em movimento, há que reconhecer.



    
   

 

                


sábado, outubro 20, 2018

TAÇA DE PORTUGAL PRESTIGIADA EM VILA REAL

 
O veterano Murta (39 anos) em mais uma grande intervenção

Taça de Portugal
3.ª eliminatória
Campo do Monte da Forca, Vila Real
Transmissão tv - Hora: 20:15
Relvado: relvado com piso irregular 
Tempo: bom
Assistência: -+ 6000 
2018.10.19 (sexta feira) 


         SC Vila Real, 0 - FC do PORTO, 6
                                 (ao intervalo: 0-3) 

SC Vila Real alinhou com: Murta, Solas, Edu, Raul Babo, Zé Diogo, André Sampaio, aos 54' Zé Carvalho, Mika, Zé Pedro, Dioguinho, Sampaio, aos 67' Gil Pinto, Diogo Paixão, 54' Tiago Mourão.
Equipamento: oficial tradicional (camisola de listas pretas e brancas verticais e calção preto).
Treinador: Patrick Canto

FC do Porto alinhou com: Fabiano, João Pedro, Felipe, Éder Militão, Jorge, Hèctor Herrera (C), Bagoer, Óliver Torres, Ádrian López, André Pereira e Tiquinho Soares. Suplentes não utilizados: Vaná (g.r) Alex Telles, Yacine Brahimi e Diogo Leite. 
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: António Nobre (AF Leiria)


GOLOS: 0-1 aos 7' por ÁDRIAN LÓPEZ, concluindo na ala esquerda com remate colocado ao poste esquerdo da baliza, uma jogada iniciada por André Pereira e assistência de Óliver Torres; 0-2 aos 14' por ÁDRIAN LÓPEZ, com assistência na direita por João Pedro a cair sobre a marca de penalti, com o marcador a aproveitar um ressalto da bola; 0-3 aos 45'+2´ainda por ÁDRIAN LÓPEZ, na conversão de livre direto à entrada da área com remate preciso a entrar pelo lado esquerdo da baliza.
0-4 aos 49' por TIQUINHO SOARES, na conclusão de uma jogada individual e remate de Óliver Torres que Murta não segurou e Tiquinho perto de Murta a bater para a baliza; 0-5 aos 62´por ANDRÉ PEREIRA concluindo num remate colocado uma jogada com intervenção de vários jogadores portistas; 0-6 aos 72' ainda por ÁDRIAN LÓPEZ a chegar ao 1.º póquer da sua carreira, com assistência de Sérgio Oliveira.

        Aconteceu em Vila Real o genuíno valor e dignidade da Taça de Portugal!  Uma festa autêntica de futebol, um espetáculo honesto e de fair play que dignifica e prestigia a admirável modalidade desportiva mais popular no mundo.

       Espantosa a disponibilidade na entrega posta no jogo da humilde formação do SC de Vila Real, nesta fase da sua história a disputar a liderança do campeonato distrital, enfrentando o campeão nacional em título e uma das mais laureadas  equipas do futebol europeu, a aplicar-se até ao limite das suas capacidades de forma leal, ousada e criteriosa, a olhar de frente e fiel à sua identidade limpa de  complexos, num desafio desproporcionado de um David contra Golias! 
      
       Notável o respeito manifestado pela equipa do Futebol Clube do Porto para com a equipa de Vila Real, ao apresentar uma formação condicionada pelos importantes compromissos que tem a cumprir, mas, ainda assim recheada de consagradas estrelas de nível internacional, tendo feito alinhar em estreia três elementos jovens e promissores mantendo do primeiro ao último minuto uma atitude competitiva profissional sem nunca ferir a humildade e dignidade do adversário, respeitando-o, sabendo interpretar a especificidade da partida e o "estado de alma" dos componentes da valente equipa transmontana. Parabéns ao técnico Patrick Canto.

       Admirável o comportamento da "descomunal" assistência que lotou o modesto mas simpático campo do Monte da Forca.

       Houve Taça de Portugal, em Vila Real.

       Merece destaque o póker obtido por ÁDRIAN LÓPEZ, e a empolgante e efusiva (e emocionante) manifestação de apreço e carinho com que os companheiros, e todos os componentes da equipa técnica, o homenagearam, merecidamente.

      António Nobre é um jovem (29 anos) no início de carreira. Terá sido o segundo jogo em que participou em escalão superior. Pareceu-me que interiorizou a essência da partida e terá tentado arbitrar seguindo um critério de aliviar a hercúlea missão do mais fraco dos intervenientes. Se foi assim, todas as falhas são irrelevantes. Agiu com inteligência.

      

segunda-feira, outubro 08, 2018

FALHOU A ORQUESTRA PARA NOVO BAILE NO SALÃO DE FESTAS.

 













 Liga NOS
7.ª jornada
Estádio da Luz
Tempo: bom
Relvado: bom
Assistência: 61 000 (3200 claque portista)
Domingo, 17:30 horas
2018.10.07

            SL Benfica, 1 - FC DO PORTO, 0
                                   (ao intervalo: 0-0)

slb alinhou: Odysseas, A. Almeida, Rúben Dias, Gabriel Lemes, Grimaldi, Feija, Pizzi, Gabriel, Sálvio, Seferovic, aos 90' Samaris e Cervi, aos 58' Rafa. Suplentes não utilizados: Svilar, Gedson, Castilho e Jonas.
Equipamento: oficial
Treinador: Rui Vitória

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 52' Sérgio Oliveira, Yacime Brahimi, Tiquinho Soares, aos 76' André Pereira e Moussa Marega.
Suplentes não utilizados:  Vaná, Chidozie, Mbemba, ÓLiver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria). VAR: Jorge Sousa, AVAR: Nuno Manso. 4.º árbitro: Helder Pacheco.

GOLO: 1-0 aos 62' por Seferovic na sequência de um desalinhamento de Felipe que se adiantou no relvado na tentativa falhada de ganhar a bola para o início de um contar ataque, com o avançado suíço apertado por Éder Militão já dentro da área a meter primeiro o pé à bola e a rematar colocado junto ao poste do lado esquerdo de Iker Casillas.

Sinopse:

             O expectante primeiro embate entre os dois mais prováveis candidatos a vencedor da principal prova do calendário desportivo português, constituiu um espetáculo sofrível quanto à qualidade do futebol jogado. Muita entrega e disponibilidade dos jogadores na luta feroz pelo resultado, mas excessiva impetuosidade nas tentativas de obter a posse da bola, pouca preocupação no trato do esférico pontapeado sem cerimónias no momentos de aperto, excessivas quebras de ritmo de jogo por motivo do anormal número de faltas e de  escassas ocasiões passíveis de chegar ao golo criadas por ambos os conjuntos, sobretudo da equipa da casa. Para além do mais, o jogo desenvolveu-se em grande parte do tempo no miolo do relvado originando a concentração de uma floresta de elementos reduzindo o espaço e dificultando a fluência do jogo no seu desenvolvimento pelas alas.

             Territorialmente, a partida decorreu equilibrada no primeiro período tendo os visitados entrado de rompante no tempo complementar não dando oportunidade ao FC do Porto de se organizar e responder à supremacia dos encarnados até à abertura do marcador. Os campeões nacionais em título reagiram à desvantagem, conseguindo alguma supremacia atacante e criado duas excelentes ocasiões de empatar a partida nos derradeiros lances do encontro.

             Esperava-se um pouco mais dos Dragões que jogaram abaixo das expetativas dos seus adeptos que ansiavam por uma vitória que a acontecer causaria um tesunami na estrutura encarnada, dada a instabilidade latente na posição do técnico e na vida do clube, pelas razões que se conhecem. Foi feliz, fez um golo e o balão não estourou. Por agora...

             O momento para o FC do Porto se deslocar ao "seu salão de festas preferido" desde há sete anos, não terá sido o melhor. Sem Aboubakar, Conceição deu a titularidade a um voluntarioso Tiquinho Soares ainda numa fase de recuperação de lesão e da sua melhor forma. Moussa Marega jogou fisicamente diminuído não conseguindo ser tão influente como é habitual a partir do abalroamento que sofreu aos 34' por parte do karater Rúben Dias, em lance algo duvidoso dentro da área. Otávio, impiedosamente marcado pelos adversários e desinspirado e sob vigilância do árbitro, esteve longe do que pode e sabe. Hèctor Herrera não esteve à altura das necessidades e do cargo num jogo em que se esperaria fosse o desempenho de acordo com a sua valia como jogador; Danilo Pereira foi gigante e merecia melhor sorte no remate de cabeça em final de jogo, a sair sobre a barra; na defesa Éder Militão e Iker Casillas apenas uma vez foram batidos logo havia de ser no golo feliz do Seferovic; Alex Telles infeliz na marcação de livres e Maxi Pereira no seu ritmo e estilo habituais. Yacime Brahimi aplicou-se bem, deu trabalho aos adversários, e viraria herói tivesse o remate executado com perfeição aos 88' um trajeto de menos um palmo na sua linha para o golo. Sérgio Oliveira cumpriu muito bem no tempo em que participou na partida, como Jesùs Corona na ala direita.

            Tal como decorreu, o jogo não teria sido fácil de apitar para qualquer árbitro. O juiz leiriense mostrou claramente querer fazer trabalho imparcial, o que abona a seu favor. Apitou 44 (quarenta e quatro vezes!!), exibiu amarelos com generosidade evangélica e um duplo que deu expulsão do estreante Leme, e isso é sintomático: apito numa mão, regulamento na outra. No lance ocorrido entre Moussa Marega e o central dos encarnados que vai à bola de olhos fechados, esteve bem. Contudo, arrisco a dizer que se lance idêntico ocorresse na área dos portistas, não sei, não sei...Registo, ainda, dois fora de jogo, um em cada parte, não assinalados ao ataque dos encarnados admitindo porém que os auxiliares não levantaram a bandeira esperando o desfecho da jogada. Quanto ao cartão amarelo mostrado a Iker Casillas por pretensa perda de tempo na reposição da bola em jogo, quando eram decorridos escassos minutos de jogo e este nem estava difícil para o FCP, é de "partir a moca a rir". Mas, fique claro que o insucesso do "baile" não é culpa de Fábio Veríssimo...

            O percalço não é uma tragédia irreparável e de significado alarmante para o campeão nacional. O transatlântico navega ainda com a costa à vista, há muito mar para navegar e...voltar!

quinta-feira, outubro 04, 2018

CAMPEÃO NA LIGA DOS CAMPEÕES


Liga dos Campeões
Fase de grupos (G) - 2.ª mão
Estádio do Dragão, Porto
Tempo: "de verão" - Hora: 20:00
Relvado: excelente
Assistência: 42 711
2018.10.03 (quarta feira)

               FC DO PORTO, 1 - Galatasaray (Turquia) 0
                                                  (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 89' Sérgio Oliveira, Otávio, aos 80' André Pereira,  Jesùs Corona, aos 60' Óliver Torres, Yacine Brahimi e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Vaná (g.r.), Chidozie, Ádrian e Hernâni.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Galarasaray: Musiera, Linnes, Maicon, Serdar, Nagatomo, Fernando, aos 86' Yumes, Donk, aos 68' Ivan, Belhanda, aos 74' Feghouli, Duykuru, Gumus e Rodrigues.
Treinador: Fatih Torin.

Árbitro: Michael Oliver (Inglaterra)

GOLO: Alex Telles ganha canto à esquerda, encarrega-se da marcação como é habitual, bate em altura para a área onde MOUSSA MAREGA, livre de marcação, bate de cabeça para o golo. Eram decorridos 49´de jogo.

Sinopse.

         Foi um ótimo espetáculo de futebol, uma vitória da melhor equipa do jogo e uma (muito) agradável e promissora exibição individual e coletiva do Futebol Clube do Porto.

         O resultado final em golos poderia ter tido números bem diferentes pelas oportunidades criadas por ambas as equipas, nos quais  os respetivos guarda redes tiveram ação preponderante, especialmente Iker Casillas responsável pelo resultado verificado no primeiro período, e na inviolabilidade da baliza na partida.

         Ainda assim, as mais flagrantes oportunidades não concretizadas a possível ampliação dos números finais estiveram nas ações e nos pés de Yacime Brahimi na conclusão espetacular de uma excelente jogada pelo flanco direito protagonizada por Jesùs Corona, na subsequente assistência a que o mágico argelino correspondeu com estupendo remate em voley de pé direito travado junto ao poste pela defesa incrível do guardião da equipa turca, numa escapadela à defesa de Moussa Marega que se isolou e viu Musiera negar-lhe o golo e de André Pereira, apertado por um defesa na derradeira jogada de grande emoção a rematar perto do guarda redes turco que saíra ao seu encontro e gorou o melhor desfecho do lance.

        Iker Casillas, no melhor jogo desde que abraçou o Dragão, Felipe e Éder numa dupla que vale pelo dobro, Danilo Pereira a tornar-se na vigorosa cambota de motor de boldozer, Otávio de raça e enervante incómodo para os adversários, Yacine Bryahimi nesta noite excecional, Marega, Marega-Aboubakar, e os reforços Óliver Torres e André Pereira, a descarregar vontade e energia. Com a aplicação e normal desempenho de Maxi Pereira, Hèctor Herrera, Alex Telles. Sérgio Oliveira, mereceu a chamada e a ovação.

        E de Sérgio Conceição. 

        Não me recordo de alguma vez ter assistido à atuação do ainda jovem árbitro Michael Olivier. Considero o futebol e a arbitragem ingleses do melhor que vejo em campeonatos europeus. Neste jogo, Olivier esteve à altura dos seus pares ingleses, apenas estranhei um amarelo atribuído a Éder Militão, que desarmou em antecipação um adversário, e a uma entrada violenta subindo ao terceiro andar com o joelho levantado às costas de Otávio (talvez o jogador turco veja atentamente os jogos de um certo karaté português e pretenda imitá-lo...)  que, estranhamente, nem falta mereceu.