Ninguém mas pediu, porém, percebi que era justo dar uns dias de férias aos meus visitantes para os poupar, ainda que por curtos dias, aos meus desenxabidos e, por isso, pouco chamativos dizeres, estando eu naturalmente com mais vontade de por fim a este silêncio do que, estou em crer, alguns dos meus amáveis e pacientes visitantes. Com o cuidado que sempre pomos quando vimos do stand com uma viatura nova, também eu neste regresso ansiado (por mim, acreditem) não pretendo "acelerar" para além do limite de velocidade que o bom senso recomenda.
O futebol não foi para o autor, nos últimos dias, uma opção primordial mas, quem o tem a correr nas veias e dele estranha a ausência sempre precisará de umas vitaminas para manter os níveis no ponto estável que garanta o abastecimento das reservas necessárias à sobrevivência do "bichinho". Já a pensar mais no "a seguir" do que "no agora" que passava no canal TVI (onde o Baldemar continua a "mandar vir" até enjoar), fui seguindo no Estádio-Mais-Belo-da Europa, a equipa "a martelo" do Futebol Clube do Porto contra o Nacional, da "bela amante" portuguesa ilha da Madeira. Fraquinho, fraquinho, fraquinho de todo, longe de pintar a imagem que o povo portista estava à espera depois do empate com travo a arruda, em nossa casa, contra o Apoel. Cinco golos podia ser, mas não foi, sinónimo de jogatana "à 5Zero" como ali ocorreu na época finda e marcou, desde aí, o rumo ao título de campeão 2010/2011!
Há vitórias fartas que deixam a barriga vazia.
Mal chegado ao "lar doce lar" lá estava eu na minha "cadeira de sono, perdão de sonho" a ver o Dragão por dentro quando, há escassas horas atrás, o tinha apreciado de fora (nunca me farto da sua beleza elegante) quando atravessei a ponte do Freixo. Desta vez eram as camisolas azuis e brancas que se misturavam com as amarelas dos vizinhos de Paços e só elas me tiraram as dúvidas de quem eram os Dragões e os simpáticos rapazes do cunhado de Vítor Pereira. Eu perdi-me, até à hora de jogo, a procurar os "jogadores à Porto" que tinha a certeza iria ali encontrar, mas, por mais que olhasse, eu só conseguia distinguir Álvaro Pereira, às vezes parecia-me que também lá estava o Varela; no miolo, talvez Fernando lá estivesse também. De resto, andava por ali um louro, que não conheço, embora no volume fosse algo parecido com Hulk, talvez seja este a quem chamam o Incrível...talvez, porque, tivesse sido o nosso ídolo a ser substituído, nunca protagonizaria uma saída do jogo tão...aberrante! Se uns fazem percurso de estrelas (de) cadentes, outros começam a luzir intensamente. Soa como um nome célebre mas não é político como o herói do apartheid: este é belga e chama-se Mangala e os cedentes do seu passe não merecem estar há tanto tempo à espera da massa porque é material de qualidade. Como o Maciço/Bigorna, mas esse já eu sei o que vai valer. Pena, não tenha acertado na baliza naquele remate que dava um golo "com história".
Deo gratias! Parece unânime a opinião de que Vítor Pereira garantiu a vitória com as substituições que fez após o intervalo: Messinho (Moutinho), Valter e James Rodriguez. Bis, bis!
Há que dizê-lo porque escamotear a verdade não ajuda ninguém: este Futebol Clube do Porto não empolga, não respira saúde psicológica, transmite uma imagem de quem não tem ambição.
E os simpatizantes começam a impacientarem-se. E isso, se não é bom para eles, também não ajuda à saúde da equipa
A concluir, quero destacar o clima de autêntico festival rockiano que se instalou ali para os lados do aeroporto da Portela, onde a pândega ultrapassa a de um casamento cigano: o leão, se não morre de tanta euforia ainda vai acabar no hospital por força da indigestão de tanta caça que vem matando, a ponto de já nem ter necessidade de andar à procura dos ossos dos árbitros que tanto apreciavam...e perseguiam.
Fiquem bem e tenham muitos e bons fins de semana.