domingo, agosto 26, 2018

VENCEU A EQUIPA QUE MERECEU



FC Porto-V. Guimarães, 2-3 (destaques)

Liga  NOS
3.ª jornada
Estádio do Dragão
Sportv - Hora: 21:00
Tempo: verão. Temp.ª  18.º
Relvado: MBom
Assistência: esgotado
2018.08.25 (sábado)


             FC DO PORTO, 2 - Vitória SC, 3
                                (ao intervalo: 2-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Filipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), Otávio, Yacine Brahimi, aos 51' Jesùs Coorona, aos 74´Óliver Torres, Vincent Aboubakar, aos 62' Moussa Marega e André Pereira. Não utilizados: Vaná, Chidozie, Militão, Hernâni e Adrian Lopez.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Vitória SC: Douglas, Sacko, Pedro Henrique, João Afonso, Florent, Wackaso, André André, Joseph, Josquinha, aos 35' Tozé, Tyler Boyle, João Teixeira, aos 77' Davidson, Welthon.
Equipamento: alternativo preto
Treinador: Luís Castro

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria): 4º árbitro: Vítor Ferreira; VAR: Bruno Paixão; AVAR: Paulo Ramos.

VAR: fora de serviço entre os 15' e os 45' da partida por alegada avaria técnica.

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 37' por YACYNE BRAHIMI, num portentoso remate de pé direito à entrada da área com assistência perfeita de André Pereira; 2-0 aos 43' por ANDRÉ PEREIRA, num toque subtil de cabeça a concluir livre apontado por AlexTelles. O avançado do FC do Porto estava claramente na posição de fora de jogo no momento da execução da falta: 1-2 aos 63' por ANDRÉ ANDRÉ na conversão de uma grande penalidade por derrube de Sérgio Oliveira a Ola Jhon perto da linha de fundo: 2-2 aos 76' por Toxé, num remate forte e colocado rente à relva executado sem oposição já dentro da área: 2-3 aos 87' por DAVIDSON rematando à vontade na posição da marca de grande penalidade, perante a passividade dos centrais portistas.

      Lembrando o modo como decorreu o jogo antecedente em que o Futebol Clube do Porto venceu no Jamor a equipa de "Os Belenenses", curiosamente pelo mesmo resultado com que o Vitória SC derrotou o campeão nacional no Dragão, o desfecho não será tão surpreendente como numa primeira conclusão poderá afirmar-se. Isto, porque, tal como na jornada anterior, a equipa da bandeira azul e branca não logrou atingir o nível a que habituou os seus adeptos, não deixando de evidenciar os mesmos erros e insuficiências, tendo sido até demasiado tempo de jogo inferior, como equipa, aos seus adversários. A diferença está em que no estádio nacional o FCP foi mais eficaz e feliz na concretização do que os lisboetas de Silas, e no Dragão foram os vitorianos de Luís Castro quem aproveitou sadicamente todas as oportunidades que lhe foram dadas no período complementar, durante o qual assumiu coletivamente o domínio do jogo como equipa, com exceção de alguns minutos no recomeço e nos derradeiros dez, incluindo o tempo de compensação dado por Fábio Veríssimo de 5'. 

     A exibição portista coletiva e individual ficou bastante aquem do universalmente previsível, podendo haver quem estivesse ciente de que a dúvida do triunfo do anfitrião estaria no número de bolas no fundo das redes do visitante. Poucos terão pensado na atual permeabilidade da defesa e nas reduzidas opções para o ataque que se põem a Sérgio Conceição, nem no pormenor dos gualterianos  não terem ganho as duas primeiras jornadas da prova.
 

    O Vitória soube aproveitar as únicas três jogadas possíveis de concretizar em golos que produziu em toda a partida, todas na segunda parte quando esteve por cima no jogo jogado como equipa; e pela destreza e precisão do remate e pelo acerto defensivo empregue na preservação da vantagem alcançada.

    A uma equipa com as responsabilidades e aspirações do FC do Porto não é admitido que esbanje uma vantagem no marcador de dois golos, no seu próprio espaço e contra uma equipa que, não obstante o valor que tem, não possui o mesmo potencial de um conjunto da Liga dos Campeões. Não pode cometer uma falta inútil que dá origem a uma grande penalidade que convoca o adversário para a discussão do resultado, não é desculpável que permita dois remates dentro da área sem oposição aos executantes dos dois últimos golos. Mal na reação em tempo útil ao não impor a velocidade exigida na circulação da bola para ganhar margem confortável no resultado, falta de discernimento na conclusão dos lances passíveis de chegar ao golo nos últimos dez minutos.

   Nenhum dos jogadores do FC do Porto ultrapassou o nível médio da exibição. Maxi Pereira, Hèctor Herrera, Otávio, Yacine Brahimi (com um golo obtido em remate fenomenal), e André Pereira, estiveram melhor. Brahimi saiu por lesão, Corona que o substitui deixou o jogo alguns minutos mais tarde, pelo mesmo motivo. A equipa sentiu a falta do talento de ambos para a reação final.

    Douglas foi obstáculo de vulto e o poste e trave também. Faz parte, não há volta a dar quando a sorte não está a ajudar. O Vitória mereceu. É dirigido por um grande treinador, possui excelente plantel.

    Fábio Veríssimo não evidenciou avanço na condução dos jogadores. Está igual à sua marca. Tentou a "roda livre" mas os atores não estavam para isso. O grande erro esteve na validação do golo de André Pereira o qual no momento da marcação do livre por Alex Telles estava "acampado" atrás da linha da defesa vitoriana. O VAR não carecia de intervenção, num lance tão evidente, doutro modo os auxiliares não eram precisos. Esteve bem na marcação da falta de Sérgio Oliveira sobre Ola Jon, e ao não dar seguimento à simulação de João Teixeira que pretendeu "sacar" carga ilegal de Otávio, dentro da área.

    Uma derrota à 3ª jornada não é o fim do mundo. Antes agora que a três jornadas do fim da prova com a vitória no campeonato em risco. Sérgio Conceição deu a conhecer que está na posse do diagnóstico e o remédio está na sua capacidade de curar males bem identificados.

Remígio Costa

  

     

    

terça-feira, agosto 21, 2018

ALELUIA! DAQUI HOUVE NOME PORTUGAL

Aleluia! Daqui houve nome Portugal



Dúvida? Não, mas luz, realidade,
e sonho que na luta amadurece:
o de tornar maior esta cidade
eis o desejo que traduz a prece.

Só quem não sente
o ardor da juventude
poderá vê-la de olhos descuidados,
Porto - Palavra Exacta, nunca ilude
renasce nela a ala dos namorados.

Deram tudo por nós esses atletas
seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos poetas
ó fé de que andam nossas almas cheias
não há derrotas quando é firme o passo
ninguém fala em perder, ninguém recua
e a mocidade invicta em cada abraço,
a si mais nos estreita: a pátria é sua!

E de hora a hora cresce o baluarte
vejo a torre dos clérigos ás vezes
um anjo dá sinal quando ele parte
são sempre heróis, são sempre portugueses
e Azul e Branca essa bandeira avança
azul, branca indomável, imortal
como não por no porto uma esperança
se "daqui houve nome Portugal"?


Autor: Pedro Homem de Melo (1904-1984)
Editado por: nicoladavid






segunda-feira, agosto 20, 2018

XISTRA, O PROTAGONISTA.


Foto internet

Liga NOS
2.ª jornada
Estádio nacional, Jamor, Oeiras
Sportv - Hora: 18:30
Tempo: verão (34.º!)
Relvado: relva alta e "pesada"
Assistência: Aprox. 15000 (maioria portista)
2018.08.19 (domingo)


 FC "Os Belenenses", 2 - FC DOM PORTO, 3
                                         (ao intervalo: 0-1)

FC "OS Beleneses" alinhou com: Muriel, Diogo Viana, Gonçalo Silva, Sasso, Kakaya, Nuno Coelho, Lyujic, Lucca, Licá, Keita e Freddy. Jogaram ainda: Matjja por Dalcio aos 39', Licá por Henrique aos 66' e Diogo Viana por Sagna aos 70'.
Equipamento: oficial camisola azul e calção branco
Treinador: Silas

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Hèctor Herrera (cap.) Sérgio Oliveira, Otávio, aos 73' Óliver Torres, Yacine Brahimi, aos 81' Hernâni, André Pereira, aos 64' Jesùs Corona e Vincent Aboubakar. Suplentes N/ utilizados: Vaná, Chidozie, Ádrian Lopes e Marius.
Equipamento: alternativo de cor cinzenta.
Treinador: Sérgio Conceição

GOLOS e MARCADORES: 0-1 aos 26' por DIOGO LEITE, a estrear-se na qualidade de titular do FCP aos 19 anos, a bater de cabeça um livre direto apontado à esquerda por Alex Telles por falta cometida sobre ele próprio; 0-2 aos 46' por OTÁVIO que intercetou um passe para o guarda redes Muriel de um jogador de Belém numa tentativa da equipa sair para o ataque em jogada apoiada. Otávio, entre os dois, capturou o esférico, contornou o guarda redes e atirou para a baliza deserta: 1-2 aos 55' por FREDDY, na conversão de um penalty por bola na mão de Diogo Leite, com recurso a consulta do VAR, e depois de o jogo ter decorrido algum tempo;  Iker Casillas não esboçou a defesa vendo a bola entrar pelo lado direito da baliza. 2-2 aos 83' por FREDDY batendo de cabeça junto ao poste direito, sem oposição,  um centro de Keita do lado oposto; 2-3 por ALEX TELLES na marcação de uma grande penalidade ocorrida aos 90'+2' e executada aos 90'+6', depois do VAR ter coagido Xistra a consultar imagens do vídeo-árbitro. O tempo do jogo foi prolongado até ao 100.º minuto.

    Com Xistra no relvado e Capela na VAR só por mero acaso a arbitragem não seria polémica. Não me espanta que o alvicastrense tivesse sido, mais uma vez pela negativa, o protagonista da partida. E foi o "senhor padre" Capela quem, à sombra na Cidade do Futebol, ainda assim impediu que o desfecho do emocionante jogo do Jamor tivesse sido adulterado por erros crassos do juiz responsável pela efetiva condução arbitral do jogo.

     Terá sido intenção do tarimbado regulador das regras do futebol destacado para este jogo, aliviar a marcação das faltas em igualdade compensatória para ambos os conjuntos, fazendo "vista grossa" a infrações aparentemente sem benefício de grande relevância para o infrator, por um lado, e considerando irrelevantes outras que a serem assinaladas poderiam influenciar o desfecho do jogo, como foi o caso das grandes penalidades ordenadas a partir do VAR e não avaliadas devidamente por quem tinha obrigação, e ali estava, para fazer cumprir as regras. Não há "lei da compensação" no futebol e o que é ilegal é para ser punido sob pena de se cometer dois erros no mesmo tipo de falta.

     Xistra não viu falta na infração da mão de Diogo Leite nem no lance em que o defesa da equipa de Belém desviou com o braço para canto o remate de Hèctor Herrera que faria o 2-3 final aos 90'+2', tendo sido a equipa comandada por João Capela quem ordenou ao Xistra a reparação dos dislates que ele, em jogo corrido, não assumiu por ter querido tornar regular o que é irregular.

    Aqueles, foram os lances capitais; outros, tal como se viu, por exemplo,  aos 32' numa tentativa de saída da equipa do Porto para o ataque travada em falta, como numa bola que bateu no braço de um defensor dos azuis dentro da área aos 34', numa lance de Maxi Pereira a lembrar os tempos em que vestia de encarnado e não foi sancionada com amarelo, bem como uma entrada de cotovelo de Keita sobre Diogo Leite aos 44', bem com algumas mais que será fastidioso enumerar e que Xistra esqueceu de assinalar.

    Propaga-se a ideia de que a última decisão compete ao árbitro de campo, mas neste jogo quem tomou as decisões mais influentes foi a equipa do VAR. 

    Não levará muito tempo que seja a "cabine" a apitar no futebol...

    "Os Belenenses" são uma excelente equipa. A melhor de há largos anos a esta parte, na minha opinião. Não merecia ter perdido esta partida. Lutou de princípio ao fim por anular a desvantagem no marcador, e conseguiu-o com total mérito. Possui um bom naipe de atletas.Teve o azar de Xistra ter ordenado penalti a Diogo Leite, e depois não ter mais tarde margem para decidir de modo diferente na grande penalidade que Alex Telles converteu no golo da vitória do FC do Porto. E ninguém me convence a aceitar um critério no qual se pode remediar um erro cometendo outro. 

     O Futebol Clube do Porto jogou abaixo das espetativas que gerou no encontro inaugural do Estádio do Dragão, contra o GD de Chaves. Terá sido surpreendido com a excelente capacidade demonstrada pela equipa de Silas,um treinador à procura de um lugar de destaque na Liga principal, em adaptar-se à temperatura do dia e à relva do estádio nacional, a casa emprestada longe do Restelo. A defesa sentiu dificuldades em travar as investidas atacantes da equipa da Cruz de Cristo, o miolo levou tempo de mais a cobrir a área de ação e no ataque nem Yacine Brahimi nem Vincent Aboubakar, e até Jesùs Corona mais tarde, fizeram o bastante para ganhar supremacia na posse e espaços para trocar a bola nas imediações da baliza defendida pelo excelente Muriel.

     Triunfo feliz, sim, mas sem "ajudas".

   

   

   

domingo, agosto 12, 2018

CAMPEÃO ENTREGA CREDENCIAS COM ABERTURA DE GALA


Imagem internet

Época de 2018/2019
Liga NOS
1ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Transmissão sportv - Hora: 21:00
Tempo: de verão
Relvado: excelente
Assistência: lotação esgotada(46509 entradas)
2018/08/11 (sábado)

     FC DO PORTO, 5 - GD Chaves, 0
              (ao intervalo: 3-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 74' Ádrian Lopez, Yacine Brahimi, Vincent Aboubakar, aos 81' Marius e André Pereira, aos 67´Jesus Corona.
Suplentes não utilizados: Vaná, Chidozie, Hernâni, Óliver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

GD Chaves:Ricardo (C) Briguel, Maros, Marcão, Luís Martins, Felipe Melo, Bruno Galo, aos 74' João Teixeira, Ghararyan, aos 67' Guiltinho, Avto e Willian, aos 79' Platiny.
Treinador: Daniel Ramos 

Árbitro: Nuno Almeida (AF Faro). VAR: Vasco Santos. 4.º árbitro: Pedro Vilaça.

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 14' por Vincent ABOUBAKAR. Otávio ganha na linha de fundo, mete na área atrasado, André Pereira simula a permitir que Aboubakar nas suas costas domine a bola e tire da frente um adversário batendo com serenidade para o golo. 2-0 aos 20' com Vincent ABOUBAKAR a visar, dando seguimento a uma assistência perfeita de Sérgio Oliveira, em passe "a rasgar", à distância, para Otávio enviar dentro da área com o maliano à boca da baliza atira a contar. 3-0 aos 45' por YACINE BRAHIMI, numa iniciativa individual espetacular a entrar na área a surfur por entre os defesas concluindo com remate junto ao primeiro poste sem remissão. 4-0 aos 71' por JESÙS CORONA com 4' de jogo derivando com a bola de direita para a cabeça da área onde tira um remate forte e colocado fora do alcance do guarda-redes. 5-0 aos 88' por MARIUS, concluindo  concluindo uma jogada partilhada com Maxi Pereira a centrar, Sérgio Oliveira a rematar em bicicleta e a bola a chegar ao jovem africano do Chade, o primeiro deste país a jogar em Portugal, a fazer de cabeça o último golo da (memorável) noite do Dragão.

    Espetáculo de gala no Dragão na abertura do campeonato proporcionado pelo Campeão em título com uma exibição brilhante, prometedora quanto ás capacidades da equipa e de afirmação como principal candidato à conquista (renovação) do título.

     Com a ressalva dos primeiros minutos da partida em que os jogadores de camisola azul e branca procuravam marcar o território e afinar a sincronização dos movimentos e a precisão dos passes, o Futebol Clube do Porto assumiu depois por inteiro o comando da navegação e sulcou o mar azul ao som dos aplausos das bancadas do Dragão, impondo a escolha da dança e o ritmo apropriado.

     A toada atacante manteve-se uniforme e permanente desde o início até ao fim, a toda a dimensão do relvado, mal deixando o adversário ultrapassar com perigo a linha de separação do retângulo de jogo. A bola teimava com incomodativa insistência ocupar as imediações da baliza do Chaves procurando romper a resistência do bloco flaviense, ora pelas alas ora em passes verticais pelo centro ou em raids individuais valendo-se da capacidade técnica dos avançados portistas. A concretizarem-se metade das oportunidades de golo criadas no decorrer da partida, o resultado atingiria números mais surpreendentes do que as temperaturas deste verão. 

Foram cinco, os flavienses contudo não têm por que se envergonhar, lutaram com as armas que neste momento dispõem, irão melhor sem dúvida, e além do mais a marca não é inédita no magnífico estádio do Dragão onde outros com mais plumas e basófia antes ali ajoelharam e foram contemplados com igual ração.

  Acima de "Bom" há vários "Muito Bom", quase todos: Yacine BRAHIM, Sérgio OLIVEIRA, OTÁVIO Vincent ABOUBAKAR, André PEREIRA, Hèctor HERRERA, Diogo LEITE, Maxi PEREIRA, Iker CASILLAS, FELIPE, Alex TELLES, Jesùs CORONA, Ádrian LOPEZ, MARIUS, Indiquei todos? Não. Há ainda: VANÁ, Óliver TORRES, HERNÂNI, a jogar por fora.

  Seja qual for a cor (neste jogo de preto) o "ferrari" algarvio não é melhor do que um Fiat 600 restaurado. Má sorte a dele, nem sequer pôde contar com o auxílio da "assistência em viagem". Notem: poupa o primeiro amarelo do jogo a um jogador do Chaves e compensa mais tarde com o que não mostrou a Maxi Pereira em mesmíssima falta: dois erros; nega um penalti por falta de assombro, quando o score já estava a quatro, cometida sobre Otávio e não pede ou lhe é oferecido o recurso ao VAR do companheiro Vasco, nesse e noutro lance em que o endiabrado brasileiro é tocado no pé que se preparava para atirar a baliza: mais um erro (grave!) e outro duvidoso; exibe um cartão amarelo a João Teixeira por entrada violenta de sola sobre Sérgio Oliveira, que qualquer cliente no Dolce Vita saberia a cor do cartão a dar de imediato, mas o algaravio optou por ir espreitar ao aparelho o que o Vasco lhe recomendou pelo áudio. Árbitro? Pois sim, já nem precisa disfarçar...

Remígio Costa


 

domingo, agosto 05, 2018

ABERTURA DA CAÇA ÀS AVES RENDEU 21ª TAÇA

 

41ª edição da Taça Cândido de Oliveira
Estádio Municipal de Aveiro
TV RTP1 - Hora: 20:45
Tempo: 27º de temperatura
Estado do relvado: bom
Assistência: lotação esgotada (Onda Azul 25000)
2018-08-04 (sábado)

  FC DO PORTO, 3 - Desportivo das Aves, 1
                                   (ao intervalo: 1-1)


FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), Otávio, Yacine Brahimi, aos 38' Jesùs Corona, André Pereira, aos 71' Óliver Torres, Vincent Aboubakar, aos 74' Tiquinho Soares. Suplentes não utilizados: Vaná, Chidozie, Hernâni, Ádrian Lopez.
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora) 

GOLOS: 0-1 aos 14' por Falcão, num remate fora da área forte e colocado rente à relva na sequência de pontapé de alívio de Diogo Leite desviado pelo árbitro para o jogador do Aves executar sem oposição. 1-1 aos 25' por Yacine Brahimi concluindo excelente triangulação com Vincent Aboubakar e remate no bico da pequena área com a bola a passar sob o corpo de Quentin Beurandean que saíra ao seu encontro: 2-1 aos 67' por Maxi Pereira a concluir jogada individual espetacular pelo flanco direito, executada junto à linha de fundo num ângulo fechado perto do poste batendo forte por entre as pernas do guarda redes francês; 3-1 aos 64' por Jesùs Corona, no seguimento de passe preciso de Óliver Torres, em remate central fora da área a meia altura colocado ao poste direito.

    O Futebol Clube do Porto é o justo vencedor da 41ª edição da Taça Cândido de Oliveira e arrecada o 21.º troféu desta competição, numa partida em que a equipa do Desportivo das Aves surpreendeu no período inicial pelo seu excelente futebol, bem organizado, de enorme ambição e entrega individual dos seus jogadores, e com execução perfeita da estratégia para obter a vitória. Neste período, o campeão nacional pareceu surpreendido e impreparado para responder à agressividade do adversário na disputa dos lances, sentiu dificuldade em organizar o seu futebol de progressão com bola, errou demasiados passes e revelou alguma intranquilidade defensiva na resolução das jogadas nas imediações da baliza de Iker Casillas, face ao número elevado com que o adversário compunha as iniciativas de ataque.

   O período complementar o FC do Porto assumiu por inteiro a condução da partida, as jogadas ofensivas saíram mais fluídas e certeiras com a subida de nível das atuações individuais, e depois da viragem do resultado com empolgante e imparável jogada de Maxi Pereira, findaram as dúvidas quanto à justeza da atribuição da Taça aos Dragões -1279 troféu da Era Pinto da Costa (!!!).

    No golo sofrido não cabe à defesa portista qualquer culpa. O jovem Diogo Leite, cuja adaptação ao lugar é uma feliz realidade, sacudiu a bola num momento de aperto, tendo esta tabelado o estático árbitro para chegar ao marcador, sem marcação. Sérgio Oliveira, como Otávio. não lograram obter um bom início de jogo, melhorando ambos na segunda parte, tal como o capitão Hèctor Herrera a subir de nível com o decorrer da partida, sendo fundamental na melhoria; Yacine Brahimi mostra-se motivado e isso reflete-se no seu excelente desempenho neste como nos jogos anteriores. Foi retirado da partida por uma entrada castigadora de Amilton, jogador raçudo, útil para um treinador resultadista como Mota, mas excessivamente agressivo; Vincent Aboubakar conseguiu o melhor desempenho deste início de época e André Pereira entrou muito bem na jogo, decaiu depois mas esteve à altura da confiança que lhe foi dada e bem fez por merecer. Gosto do seu estilo combativo e terá futuro. Dos suplentes utilizados Jesùs Corona destacou-se, não apenas pelo golo apontado mas pela qualidade das ações atacantes que desenvolveu. Óliver Torres entrou bem e contribuiu para a melhoria atacante da equipa; Tiquinho Soares teria sido relevante para a fase final do encontro, não fora ter saído por lesão e deixado a equipa reduzida a dez elementos com cerca de quinze minutos para jogar.

    O destaque do jogo é devido a Maxi Pereira, pela regularidade do seu desempenho em toda a partida e por ter protagonizado o lance mais relevante do encontro. 

    Apoio incansável (em particular nos momentos menos bons) do "Mar Azul", sempre presente.

    Nem apetece falar do alentejano Godinho. É fraquinho, fraquinho. A Taça merecia um árbitro, não esta deslocada imitação. Não sabe impor-se, não tem estaleca, deixa as coisas acontecerem e, depois, intervém. Tarde e mal. Perdoou a expulsão do avense que agrediu Hèctor Herrera fazendo-o sangrar (nem falta mereceu), deixou por assinalar uma grande penalidade contra o Aves e deu "roda livre" aos discípulos de José Mota no decorrer da primeira parte. Ele, e o seu auxiliar em cima da jogada, não consideraram "pé em riste" do  jogador do D. Aves na jogada que antecedeu o golo solitário dos avenses. Não sabe impor-se, é pusilâmine sinónimo de incompetência inata. 
Dejà vu, mais do mesmo há que contar com estes adversários ao longo da época, fazer o dobro do indispensável para vencer "tudo e todos".




Remígio Costa