segunda-feira, novembro 11, 2019

LESÃO DE PEPE ESTENDEU-SE À EQUIPA

 

UEFA EUROPA LEAGUE 
4.ª Jornada
Grupo G
Ibrox Stadiun, Glasgow, Escócia
SIC tv - Hora: 20:00h 
Tempo: bom/frio
Relvado: bom 
Assistência: 49 546 (lotado)
2019.11.07 

                             Rangers FC, 2 - F.C do PORTO, 0 
                                             (Intervalo: 0-0) 

Rangers FC alinhou com: McGregor, Tavernier, Goldson, Helander, Barisic, Davis, Jack, Kamara, Barker, aos 65' Arfield, Morelos, aos 83' Defoe e Kent, aos 83' Aribo. N/utilizados: Foderingham, GR, Flanagran, Edmundson e Ojo.
Equipamento: alternativo camisola azul e calção branco
Treinador: Steven Gerrard

FC do Porto alinhou com: Agustin Marchesin, Willian Manafá, MBemba, Pepe, aos 48' Luis Diaz, Iván Marcano, Alex Telles, Matheus Uribe, Danilo Pereira (C), Otávio, aos 74' Fábio Silva, Jesús Corona e Tiquinho Soares, aos 64' Zé Luís. 
Suplentes n/utilizados: Diogo Costa, GR, Saravia, Bruno Costa e Nakajima.
Equipamento: alternativo de cor amarela
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Davide Massa (Itália)
Assistentes: Alberto Tegori/Danleto Bindoni
4.º árbitro: Machael Fadebri

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 69' por MORELOS, com um remate executado à vontade no centro e dentro da área perante a passividade de quatro elementos de defesa portista, entrando a bola rente à relva e junto ao poste direito fora do alcance da estirada de Marchesin; 2-0 aos 73' por DAVIS, com um remate executado fora da área cuja trajetória foi desviada ao bater em Iván Marcano e traiu a intenção do movimento contrário do guarda redes portista.

   Foi um FC do Porto com uma disposição esquemática dos elementos da equipa estranha, confusa, que não me recordo ter sido alguma vez testada, e que terá causado algum efeito positivo enquanto o adversário, cauteloso e sagaz, não a descodificou, e a contrariou e desmantelou, impondo as suas regras do jogo, na forma e  no momento em que as partidas se decidem.

  Com uma primeira parte em que teve o adversário mais ou menos controlado nas intenções de ataque, o FC do Porto logrou avançar algumas vezes  no espaço defendido pela equipa do Rangers, ficando à beira de abrir o marcador logo aos 8' quando um toque de calcanhar de Pepe, na sequência de um pontapé de canto apontado por Alex Telles, que colocou metade da bola em cima da linha de baliza, impedia de ultrapassar totalmente o risco por um corte feliz de um defesa local. 

    Um adiantamento no marcador por parte do FC do Porto, faria certamente toda a diferença no desenrolar do encontro e no desfecho do resultado.

  Com a saída de Pepe em resultado de lesão ao pisar o relvado depois de um corte da bola de cabeça, a equipa desmantelou-se totalmente e jamais se recompôs; e nem as substituições de recurso a que Sérgio Conceição recorreu prestaram para atenuar as dores e as nefastas consequências da ausência insubstituível do central portista, evidenciadas na péssima segunda parte, nem depois de ter sofrido dois golos de rajada a equipa foi capaz de reagir com alma e coragem em salvaguarda do prestígio europeu que possui. Facto é que embora o Rangers FC, sendo um conjunto equilibradamente estruturado, a praticar futebol prático e com excelente ritmo competitivo, não resistira a um Futebol Clube do Porto a jogar ao seu melhor nível, mais ambicioso, categórico e, sobretudo, eficaz.

   A prestação individual de alguns jogadores do FC do Porto foi estranhamente medíocre. Não fosse reconhecido e provado o valor que têm, dificilmente poderiam fazer parte de uma equipa que luta pela conquista de títulos, interna e externamente. Veremos como procederá o mister Conceição, num futuro próximo.

 O juiz italiano movimentou-se na partida com serena personalidade. Teve sempre os jogadores sob controlo e julgou quase tudo com equidade de tratamento, sem perdas para o ritmo de jogo. Impossível não referir um lance ocorrido perto do poste direito da baliza de McGregor, em que um defesa do Rangers desvia a bola chutada por Manafá, com o braço. O juiz Massa, com a jogada à vista limpa, julgou como falta não passível de marcação de penalti, e deixou o jogo prosseguir. O placard da partida estava a zeros nesse momento, e na sequência do episódio descrito, o Rangers tomou a bola à sua conta, desceu por ali abaixo até à área restrita do FC do Porto, para o colombiano Morelos, sem ter que negociar com quatro defesas postados dentro da área, cobrar a fatura à vista. Critérios. 

     Noite não. Nem sorte, nem génio, nem disposição para afogar num bom wisky escocês, um fantasma com uma capa negra, sem chama nos olhos e na boca, frio e desiludido, que vagueava pelo Ibrox Stadiun como fantasma  na escuridão.

  

   

  

  


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