Almoçámos. Bife simples, cozinheiro idoso sem pressa e um avantajado doberman preto ali ao lado a entreter-se com uma bola de futebol, a desfazer-se.
Pelas 16:00h (TMG), chegámos e estacionámos no amplo Parque do Estádio do Prater, o Citroen do Rogério.
Depressa demos conta da superioridade numérica dos bávaros, aparentemente tranquilos, com ar indiferente e tolerante, despreocupado.
Portugueses...? Bah.
Passados 33 anos ainda não sei como escapámos ilesos a um linchamento público, quando demos a volta ao Estádio, a passo de procissão, onde já aguardavam a abertura das portas grande parte das falanges de apoio germânicas, exibindo uma faixa com mais de cinco metros onde estava escrita a mensagem "Havemos de ir a Vi(ae)na: nem um dichote, mesmo que fosse em alemão, nem o mais insignificante dos insultos ou mínimo gesto de agressividade. Desprezo total.
Às 20:00 horas, estávamos dentro o Estádio pintado a vermelho pelas camisolas e bandeiras dos "donos disto tudo". Portugueses, sim, quinze, vinte mil. Idos de Portugal e portugueses emigrantes. Esgotado.
Começou o jogo. Primeiro tempo, alguma angústia, pressão máxima, mas fé inabalável. A equipa demonstrava calma.
Porto! Porto! Porto! Portugal! Portugal! Portugal! O 0-1 não era o fim, mas incomodava. Impacientava.
A segunda parte passou a estar do nosso lado da bancada. A baliza da
fortuna, o cofre de ouro do Bayern desmontado pela inspirada magia de Rabath Madjer e a rapidez de um raio fulminante de nome Juary,
prodigioso. Passámos para a frente, 1-2, o marcador virou esperança,
mas nada (ainda) terminou. Será? Será?. Ah, coração que não cabes já no
peito.
Últimos segundos expectantes, dramáticos, como se o tempo tivesse adormecido. Um livre, a barreira não fura, o coração voltou a bater, à pressão máxima.
Terminou!!! Campeão, campeão da Europa! -Da Europa, da Europa, ouvia-se da voz rouca de emoção de um vianense veterano a subir os degraus ao nosso encontro agitando, frenético, uma pequena bandeira do nado Campeão.
Campeão europeu! A cores, para Portugal ver. Inédito.
Há momentos únicos da vida que levámos connosco até ao último suspiro.
Viena, para sempre!"
Futebol Clube do Porto, eterno campeão.
Últimos segundos expectantes, dramáticos, como se o tempo tivesse adormecido. Um livre, a barreira não fura, o coração voltou a bater, à pressão máxima.
Terminou!!! Campeão, campeão da Europa! -Da Europa, da Europa, ouvia-se da voz rouca de emoção de um vianense veterano a subir os degraus ao nosso encontro agitando, frenético, uma pequena bandeira do nado Campeão.
Campeão europeu! A cores, para Portugal ver. Inédito.
Há momentos únicos da vida que levámos connosco até ao último suspiro.
Viena, para sempre!"
Futebol Clube do Porto, eterno campeão.
Fotos: Remígio Costa
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