sábado, agosto 07, 2010

EFEITO COLATERAIS DA VITÓRIA NA TAÇA.

Villas Boas
         Não penso que o jogo de logo à noite, que o nosso Futebol Clube do Porto terá de vencer para somar o 17º troféu Cândido de Oliveira à sua lista de vitórias desta taça, seja de vida ou de morte. É, como todas em que o meu clube participa, uma obrigação ganhar esta partida porque, independentemente do valor do adversário e do prémio a conquistar, a nossa sina é jogar sempre para vencer.

        Se não estivéssemos já precavidos contra os preliminares jogos florais da imprensa comprometida e parcial, aos comentários mui sapientes dos seus encartados profissionais que jogam por fora nas crónicas insidiosas que subscrevem e às declarações optimistas e prenhes de segundo sentido dos seus técnicos, estaríamos neste momento a prever um verdadeiro massacre para o jovem Luís André de Pina Cabral e Villas Boas, o debutante timoneiro do clube do Dragão e para a sua renovada equipa.

        A ser verdadeira, como se pretende fazer crer, a superioridade actual do conjunto de Dona Vitória, não seria factor impossível de superar pela vontade e força do Dragão e pela competência de jogo da equipa e classe dos seus jogadores. Só ficaria surpreendido quem não conhecesse o Futebol Clube do Porto.

       Jesus, o verdadeiro anti-Cristo da igreja dos seis milhões de crentes, aposta tudo na vitória deste jogo. Os 3-1 no Dragão, jogando com catorze contra dez, são um ferida aberta a sangrar no seu ego ferido a reclamar retaliação. Precisa que a sua equipa tenha um arranque vitorioso para alimentar a aura que sustenta o andor onde a move e esconder algumas fraquezas que não convém serem relevadas, como a permeabilidade do fenómeno ignorado numa Espanha distraída, adquirido pela bagatela de 8,5 milhões de euros, os "furos" da sua defesa, o uso e abuso do jogo centralizado, a falta de largura do seu ataque por inexistência de extremos. E a obsessão do seu iluminado mentor pela "pressão alta", sejam quais forem as circunstâncias do jogo que disputar.

     O factor surpresa pode beneficiar o nosso Clube. O adversário não sabe muito bem o que o espera e isso enerva-o. 

     Wait to see, I said.

 

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