|
|
O Jogo2014-03-21 - Diário |
Liga Europa
Oitavos de final (2ª mão)
Em Nápoles, Estádio S. Paolo, Itália
2014.03.
Nápoles, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
Nota prévia: um "amuo" inesperado logo pela manhã desta embirrenta (para o meu feitio) ferramenta de comunicação virtual, negou-me o acesso ao DRAGÃO, SEMPRE!, para poder elaborar o post do jogo de Nápoles, em tempo útil. Apesar de tardio, não quero deixar de tecer algumas curtas impressões sobre a forma como vi a passagem pelo "Inferno" onde muito esperariam ver o FC Porto arder...
O que a mim mais impressionou foi a bravura que equipa do Futebol Clube do Porto levou para este jogo. Foi notável a coragem evidenciada perante um adversário fortemente mentalizado, e estruturalmente preparado, para "estufar" no braseiro de S Paolo um Dragão trémulo e assustado.
Os momentos iniciais não foram, de facto, tranquilizadores porque o Nápoles entrou na partida querendo mostrar que estava ali para arrasar, sem dó nem piedade.. O Dragão pareceu confundido, vulnerável, a rectaguarda comportava-se como debutante num concerto de rock, incapaz de acompanhar o ritmo da música da banda napolitana. Ah, meu Porto, que hercúlea tarefa te espera!
Perda de bola a meio campo, aí vêm eles! Higuaín, entre como foguete na área sem Reyes, ou Mangala ali por perto. Desvio de classe do ex-Real de Madrid e Fabiano, a contar o primeiro como titular da baliza.
Talvez não tivesse sido mau o golo napolitano, por duas razões. uma, porque poderá ter contribuído para aumentar o nível de confiança dos pupilos de Rafa Benitez de que mais tarde ou mais cedo outros golos apareceriam; outra, porque impunha ao FC Porto a obrigatoriedade de marcar pelo menos um golo e ter de se superar para o fazer.
No reenício da segunda parte o Nápoles foi desenvolvendo o seu caudal ofensivo, agora com o FC Porto a dar melhor conta de si, e, com maior ou menor dose de eficácia na decisão dos lances e na assertividade que Fabiano vinha a usar no jgo, o resultado mantinha aberta a decisão final quanto à equipa condenada a sair da prova. Com o jogo da equipa a precisar de gente mais fresca e atrevida, Luís Castro mexe na altura certa e de forma sagaz: tira Carlos Eduardo e faz entrar Josué, aos 62', e, aos 66', troca Varela por Ghilás. Apareceu, finalmente, o "velho" Dragão, com alma, raça e determinação. Aos 69', alteraram-se as posições quanto ao destino do jogo: Jackson, imita a jogada do golo de Higuaín, GHILÁS esgueira-se como uma doninha e bate de pé esquerdo forte e colocado para Reina "ir buscar".
Aos 72', Defour, acerta no poste um tiro para matar o jogo, mas foi QUARESMA, logo a seguir que mostrou o número de magia do espectáculo: pela direita entra na área, dribla um, simula, ludibria outro, abre a caixinha dos posinhos mágicos com a bota e faz o coelho, isto é, a bola aparecer dentro das malhas pelo ângulo esquerdo da baliza do experiente guarda-redes espanhol. Uma obra de prestidigitação, uma jóia de filigrana do melhor ourives de Gondomar, um momento de encaixilhar para figurar no acervo das obras-primas dos maiores do futebol!
Um tal Zapata, quis ser desmancha prazeres e estabeleceu numa jogada rápida de contra-ataque o 2-2 da consolação napolitana. Com Reyes, melhor posicionado, o lance teria sido desviado para canto.
No momento que atravessa este êxito do Dragão é relevante e deverá causar bons efeitos para o que resta da época. A equipa aumentou os seus níveis de auto-estima, renovou a sua ambição para os próximos objectivos, e faz recolher à pocilga os gordos servos da informação centralista.
Meu caro amigo, queimar, queimou-se, mas vá lá, são queimaduras que não mataram e não deixaram marcas.
ResponderEliminarAgora vem aí um clube e uma cidade talismâ: Sevilha.
Abraço
Abraço
Amigo :
ResponderEliminar... Queimou-se mas sobreviveu !
Abraço