domingo, março 09, 2014

CIMENTO FRESCO PRECISA DE CONSOLIDAR PARA UNIR OS TIJOLOS DA ESTRUTURA.


 

I LIGA
Estádio do Dragão
2014.03.09

                                           FC PORTO, 4 - Arouca, 1
                                                (Ao intervalo: 2-1)

              Altos e baixos não garantem tranquilidade quanto à evolução do estado de saúde do paciente, mas, a vitória afasta para já os riscos de uma recaída fatal.

              Numa partida que chegou a ter alguns momentos de equilíbrio, a vitória normal do FC do Porto ajusta-se ao mérito individual dos jogadores e, até certo ponto, à diferença do valor das equipas na maior parte do tempo de jogo, apesar de ter sido possível à equipa de Pedro Emanuel causar algum amargo de boca do estreante Luís Castro.

             Quaresma apontou dois golos e desperdiçou uma das duas grandes penalidades assinaladas (bem) por Hugo Miguel, mas, quem merece o maior destaque no jogo é a surpresa  no onze inicial, DEFOUR, cuja exibição teria sido brilhante não fossem os sucessivos remates à baliza tão mal executados.

             As alterações de Luís Castro foram bem sucedidas e adequadas à atitude da equipa arouquense que se afoitou mais à frente no ataque, o que beneficiou a entrada em jogo de Quintero pelo dinamismo e perigo que acrescentou às jogadas de ataque do FC Porto, tendo em Ghilas um elemento que colocou a defesa visitante em constante vigilância.

            O que mais precisa a equipa do FC Porto nesta altura é recuperar confiança, matar os medos que dela se apoderaram por força de resultados menos conseguidos e assumir a consciência das suas capacidades.

            Já não há razões para dizer que os jogadores não dão dentro do campo tudo que podem e sabem -Quaresma veio confirmar que nem  todos o faziam, o que é inadmissível em profissionais tão bem pagos- e com outra atitude mais ambiciosa tudo será diferente.

            Como seria de esperar, Luís Castro não fez alterações radicais nem na constituição da equipa nem no seu sistema de jogo. Alterou o modelo regressando ao padrão que era a sua imagem de marca, tendo chamado Defour para lhe dar mais entrosamento e rotina. O belga cumpriu muito bem e o meio campo que tem sido o "calcanhar de aquiles" melhorou "a olhos vistos", com Fernando a regressar aos seus "bons tempos".

            Na defesa, Mangala ocupou a posição de Alex Sandro, ausente neste jogo, indo para o centro Abdoulaye. O senegalês tarda em afirmar-se como um jogador fiável não havendo jogo em que não cometa deslizes e faltas graves para a segurança defensiva. Mangala, está confiante e Maicon dá indícios de estabilização.

            Não sei se este meio campo é decisão para manter. Neste jogo, estive bastante bem com Fernando na posição que melhor conhece e Carlos Eduardo a cumprir na sua acção mais ofensiva. Fez um belo golo a coroar uma excelente prestação.

            A posição de Quaresma e Varela a jogar bem perto da linha não é novidade, porém, foi claro que o novo treinador lhes determinou mais rigor e tempo na ocupação daquele espaço. Ambos estiveram bastante bem e o ataque ganhou espaço nas alas que possibilitavam mais centros para a área. Jackson esta, agora, mais activo e aproxima-se do valor que já antes se lhe tinha visto.

           A entrada de Quintero foi oportuna porque o jogo requeria um jogador de ataque com as suas características. O colombiano esteve excelente, deu dinâmica aos lances e usou o remate de fora da área que se impunha. Pode ter chegado para ele a hora de se mostrar em  toda a sua qualidade. Ghilas, no seu estilo combativo, mostrou-se bastante útil. Licá, apesar de ter tido pouco tempo, ganhou um lance de luta perto da área que causou perigo.

          Não estive no estádio mas, pelas imagens, pareceu-me que Quaresma ouviu alguns protestos vindos da bancada. É lamentável se isso aconteceu, porque os adeptos têm obrigação de conhecer Quaresma. Ele é como é e não mudará. Os génios são assim considerados, porque, fazem coisas que as pessoas vulgares não conseguem, quando e como muito bem lhes aprouver. Quem não entender isto...que fique calado.


            

                  Luís Castro estreou-se com uma vitória, tendo trazido à equipa o antigo figurino e dando minutos a jogadores menos utitilizados.


            FCPorto alinhou: Helton, Danilo, Maicon, Abdoulaye, Mangala, Carlos Eduardo, Fernando, Defour, Quaresma, Jackson Martínez e Varela.
            Aos 65', entrou Quintero para o lugar de Carlos Eduardo; aos 77', Ghilas substituiu Varela e, aos 87', Quaresma cedeu o lugar a Licá.

            Marcador: 1-0, aos 11', por Quaresma, de penalti; 2-0, aos 23', por Carlos Eduardo, que remata em voley num passe de Defour, fazendo um belo golo; 2-1, aos 29´, na sequência de um livre de falta de Maicon que deveria ser a seu favor, com o livre a embater na barreira e a ressaltar para Rui Sampaio, perante o estatismo da defesa; 3-1, por Quaresma, num remate sem preparação sem defesa possível. Um golo "à Quaresma" que limpou o penalti falhado aos 35'; Jackson, fez o 4-1, aos 91', numa emanda para a baliza que ressaltou num defesa e traíu Cássio.

1 comentário:

  1. É preciso recuperar rapidamente a confiança. Tantos nervos, tanta instabilidade, tanta falta de confiança, porquê, depois de uma primeira-parte bem conseguida e como se viu após o 3-1, não havia necessidade, os artistas até são bons...

    Abraço

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