segunda-feira, junho 16, 2014

ALEMANHA, 4 - PORTUGAL, 0

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              INSENSIBILIDADE ALEMÃ INDIFERENTE À POBREZA LUSA.
     
                 Entrada "à espanhola" de Portugal na primeira intervenção no campeonato do mundo de futebol, deu aso a que a Alemanha pudesse construir um resultado dilatado sem necessidade de ter de aplicar todo o seu potencial de grande favorito ao título de campeão. Com efeito, foi tão pobre e desastrado o comportamento a selecção de futebol de Portugal esta tarde em Salvador, no Arena Fonte Nova, que a senhora Angela Merkel presente na bancada, estará a pensar em aconselhar o governo de Portugal a aplicar aos elementos de toda a comitiva portuguesa um corte salarial correspondente ao valor da dedução nas pensões dos reformados.

                 Quando uma coisa tem condições de correr mal, corre necessariamente mal. Hoje a teoria ficou amplamente confirmada; um golo sofrido de penalti logo aos 12', apontado por Muller; aos 28', queimou-se a Hugo Almeida, o bigode, perdão, a embraiagem e encostou para entrar o Eder; recauchutado recentemente; iam decorridos apenas 32' e na emenda de um pontapé de canto, Hummels não esteve com cerimónias e faz 2-0; aos 37', Pepe faz cena de idiota com um  alemão e o Mazic não gostou e passa-lhe um talão de saída de cor vermelha; já com 46', Bruno "amacia" a bola para Muller molhar a sopa e ficam no placard 3-0 (!) para eles verem no balneário.

                 Com dez na segunda fica Veloso e entra Ricardo Costa. Se Portugal vinha com ideia de mudar alguma coisa um lance em que Nani e Coentrão disputam a mesma bola disse o que se passaria no resto do tempo. Coentrão, estica um pouquinho e o músculo não gostou e foi-se abaixo. Saiu, entrou outro grande jogador, André Almeida. E Cristiano Ronaldo, andava por ali. Outras vezes, não, via os alemães a jogar.
Paulatinamente, que devia estar uma brasa das boas e a FIFA anda a poupar na água e não permite que os jogadores a bebam quando trabalham. Eles, como não precisam de o fazer, só bebem wisky. Do caro.

                  Três a zero já não era bom, mas pirou. Um ataque pela direita dos germânicos, centro raso, Rui Patrício amortece para Muller fazer o hat-trik.

                  É claro que ouve umas coisitas aqui e ali dos jogadores portugueses. Mas para quê falar delas se nada poderá limpar a vergonha da goleada, a imagem de equipa velha em potência física, presa por linhas e à deriva, com o fantasma do melhor do mundo a arrastar a fita atrás de si onde estava escrito o slogan com a cara de um desinfeliz deserdado e proscrito dos pais e os adversários a pisá-la. Para quê lembrar um ou outro remate que poderia dar golo, se não é possível apagar a imagem de uma equipa de joelhos durante toda uma segunda parte a pedir pelas alminhas que os alemães não se enervassem e continuassem a treinar para o próximo encontro num ritmo de poupança entediante mas mordaz.

                 É melhor ficar por aqui e aguardar que surja alguma novidade em relação ao próximo compromisso. É claro que Portugal não ficou afastado de discutir um lugar de acesso à fase seguinte, mas, a repetir-se a farsa desta tarde, só lhe será permitido aceder às escadas de um avião para regressar acompanhado do maior fracasso da nossa história futeboleira.

                
                

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