sábado, março 31, 2012

CAMPEÃO OU CAIXÃO!

               











             Não há mais margem para titubeações ou calculismos oportunistas. Chegou o tempo das provas finais e de mostrar quem é melhor e capaz de vencer. Sim ou sopas. Campeão ou...caixão!

              O Futebol Clube do Porto depende apenas de si próprio para não ter que abdicar do título de campeão e continuar a ostentar nas camisolas o símbolo das quinas. Não depender de terceiros significa que o sucesso ou o insucesso é uma responsabilidade própria cometida exclusivamente ao grupo de trabalho o qual, para que seja bem sucedido, terá de usar todos os seus trunfos e, com eles, superar todo e qualquer obstáculo que se lhe depare para o alcançar. Agora, quando ainda é tempo de agarrar a oportunidade!

          

               Esta noite, no Dragão, não vamos defrontar a melhor equipa do mundo mas seríamos tolos se fossemos para o jogo a pensar que o Olhanense não o é. Todos sabemos quão fácil é muitas vezes vencer um grande clube como simples é sucumbir às mãos de um anão habilidoso e bem-aventurado. David venceu Golias, e o exemplo bíblico tem sido repetido tantas vezes desde então que já só já espanta os que teimam em ser insensatos e descuidados.

              Voltar hoje à liderança para lá ficar até ao fim é o desiderato que se espera, e confia, venha a suceder. Mais tarde, lá para as bandas de mouraria se saberá às cavalitas de quem. Tanto faz. Se for o competente Jardim a ficar com a totalidade do folar, será Jesus a iniciar a caminhada para o Calvário sem esperar que chegue a Páscoa; se o dividirem cristãmente quem dele mais e melhor comerá poderá ser o Dragão bem sucedido no encontro precedente. 

              
                Braga tomará, assim, para o Futebol Clube do Porto, no fim de semana seguinte, o estatuto de candidato disposto a desalojar do trono o Dragão que o defenderá a qualquer custo. Aí se decidirá de uma vez por todas se ganhámos direito às faixas de campeão ou ao caixão para um triste e merecido  enterro.

              Há que entenda o futebol como uma religião. Não será tanto assim. Como crente, não é em vão que espero, nesta época de celebração da Páscoa cristã, proclamar com toda a confiança

              ALELUIA, ALELUIA!

             

              

terça-feira, março 27, 2012

BRAGA, NO LIMITE DA FAMA E DO...PROVEITO.

     
Nuno André Coelho
Nuno André Coelho foi formado no FC Porto.

              A fantástica carreira do Sporting Clube de Braga feita até agora na Liga, é um prémio justíssimo à competência do treinador madeirense Leonardo Jardim e à categoria individual da maioria dos jogadores que formam o seu plantel, alguns dos quais rejeitados dispensados de clubes como o Futebol Clube do Porto e Benfica.

            Afastado das competições internacionais com alguma dose de injustiça, o Sporting de Braga falhou recentemente em Barcelos a possibilidade de disputar a final da Taça de Liga, quando parecia ter o jogo na mão e Jardim entendeu poupar a mais esforços as suas pedras mais influentes no rendimento da equipa: o magnífico Mossoró e o gestor do jogo, o barcelense Hugo Viana.

             Ontem à noite no AXA, os bracarenses venceram uma Académica que pareceu amedrontada por ter de defrontar uma equipa que é já a sensação desta época, por ter vindo a ser a mais regular nas exibições e a que é tida, por alguns, a que exibe o melhor futebol. Os minhotos agradeceram por terem sido eles a impor, desde o início, o ritmo (baixo) de jogo que mais lhes convinha e foram tranquilos para o intervalo a vencer por 2-0, com um golo de execução exemplar de Mossoró e, outro, "à Lima" no fim dos 45+1' do primeiro tempo.

              Pedro Emanuel fez o que devia no balneário porque os academistas encararam o segundo período com muita mais determinação, o que obrigou o Braga a esgotar o depósito para manter a máquina a funcionar sem ir abaixo. Jardim, nem precisou de ir ao bloco para ver que Mossoró já dera o (muito) que tinha a dar, e, porque estava a prever um mar agitado, sobretudo depois do estouro de trinta metros a passar por Quim a 106 k/h (!) e colocar o marcador num perigoso 2-1. Entre os 80' e 85' os arsenalistas estiveram por conta da Senhora do Sameiro, obrigando os antigos habitantes do território índio do Clube da Dona Victória e agora adeptos ferrenhos do "braguinha"  a ver da bancada o jogo de terço na mão, com efeitos milagrosos imediatos no sufoco a que a equipa esteve sujeita e nos caprichos da (des)fortuna que fez a bola rechaçar repetidamente em mil pernas, até na de Quim, e, logo a seguir, esbarrar como um pedra no poste.

              O futebol é uma ciência em que todos sabem muitos e ninguém sabe nada. Como me incluo (justificadamente) naquele número, atrevo-me a sugerir que ao Braga vai escassear fôlego para subir ao topo do mundo (futebolístico) nas "duas ambas" (v.g. Jorge Jesus) jornadas que se seguem. Defrontar o Benfica na Luz, é problemático sob vários pontos de vista. Ali, os encarnados "jogam melhor", dizia o insuspeito treinador anti-bloqueios em comentários recentes sobre o desempenho dos árbitros... Mas, não será só a decisiva pressão vinda das bancadas a condicionar o resultado do jogo, porque a condição física individual e colectiva vão ser fundamentais para determinar o vencedor. E a diferença de qualidade dos "artistas", também. E, aqui, o actual terceiro classificado terá vantagem, porque, tem mais e muito melhor arsenal disponível para refrescar a frente operacional das hostilidades e impor um desgaste que deverá ser fatal às ambições dos minhotos, meus patrícios.

              O duelo final será na Bracara Augusta contra o campeão em titulo onde não deixarão de se sentirem as sequelas da refrega da segunda circular, na zona de Benfica. Ver-se-à como a ela chega o referenciado candidato ao Olimpo e o que sobre a candidatura tem a dizer o atípico e enigmático Dragão da era "victoperina".

               Como não tenho melhor saída para responder às questões acima colocadas, acho melhor e mais cómodo, socorrer-me da frase que João Pinto sabiamente "inventou" para acabar de vez com todas as incertezas: 


- Prognósticos? Só no fim  do jogo"

                  

segunda-feira, março 26, 2012

QUEM VAI ABAIXO DE BRAGA?

            O Sporting de Braga tem vindo a fazer um percurso de sucesso tudo fazendo para não dar muito nas vistas, evitando comprometer-se publicamente com objectivos  ambiciosos. Tivesse sido mais precavido na deslocação a Barcelos e não visse fugir das mãos o galo que tinha quase pronto para a cabidela teria cumprido um percurso acima do que muito poucos julgariam ser possível.

             Assim, sem que directamente muito tenha feito para isso, poderá hoje aceder ao primeiro lugar da Liga em virtude do convite simultâneo do FC Porto e SLB lhe endereçaram este fim de semana, o que, a suceder não surpreenderá  assim tanto atendendo à regularidade e qualidade evidenciadas pela equipa de Leonardo Jardim na prova.

             Há, a meu ver, dois factores que, entretanto, podem influenciar, e dificultar o acesso dos bracarenses ao primeiro lugar do podium: a dificuldade de enfrentar uma equipa como a Académica que parece predestinada a contrariar as equipas com um tipo de futebol como é o do Sporting de Braga, e, a pressão  que os  minhotos não deixarão de sentir com a expectativa de poderem chegar à liderança.

             Caso venha a concretizar-se o feito arsenalista, as duas jornadas seguintes poderão ser verdadeiramente escaldantes.

A AZIA DO "DAY AFTER."


 
            Quando uma equipa comete falhas como a que ontem aconteceu  ao Futebol Clube do Porto com o as consequências que esta teve, é incontornável a atribuição individual de culpa a quem mais directamente terá contribuído para que ela acontecesse. No lance de que resultou o golo do empate pacense que ficará, provavelmente, na história deste campeonato como o do adeus ao título, surpreende a desatenção e lentidão no posicionamento da toda a defesa portista, mas, para além disso, a inexplicável atitude de Rolando em não ter esboçado sequer a elevação que se impunha para, sem qualquer dificuldade, anular o lance. Como aceitar pacificamente que, depois de se ter assistido a sucessivas oportunidades de golo falhadas a pronunciar o infortúnio do resultado, a equipa consinta aquele golo a um jogador que, dadas as suas características, só mesmo sem oposição o poderia ter feito?

              Rolando é, sem dúvida o réu sem direito a perdão. Mas foi apenas o interveniente principal num lance dos muitos que não correram de feição em toda a partida. Pena não tivesse sido apenas o dele, porque, se Otamendi tivesse estado em Paços, Sapu tivesse lá ido para jogar futebol, Défour tivesse uma bússola para se orientar e o robot austríaco tivesse sido atirado para o espaço, tudo seria diferente na Mata Real.

domingo, março 25, 2012

NÃO "QUEREM" GANHAR.

          

Melgarejo abre alas para o Sporting de Braga líder

  Liga Zon Sagres.
             Em Paços de Ferreira, Mata Real.
             2012.03.25

                Paços de Ferreira, 1 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
                                     (0-1, ao intervalo)

            Confirmaram-se as previsões mais pessimistas: o Futebol Clube do Porto desprezou, esta noite na Mata Real, contra uma equipa de tostões e contrariando todas as esperanças dos seus adeptos, a oferta de Páscoa que o Olhanense lhe ofereceu, jogando fora uma vantagem pontual que lhe deverá ter custado a renovação do título.

             Há que ser realista e aceitar que "este" Futebol Clube do Porto não tem estofo de campeão.

             Sobram argumentos para justificar aquela realidade.

             Veremos o que o Braga tem para dizer a tal respeito...

            

            

            

           
            

IR A PAÇOS E TRAZER A MOBÍLIA.


                           Belas mobílias, em Paços de Ferreira. Não vai ser fácil a escolha porque a qualidade é muita e o que é bom exige muito esforço e empenho. Mesmo que seja preciso "marralhar"  até cansar o prémio final vale a pena.

                            "Ai, se eu te pego"


sábado, março 24, 2012

AIMAR À "RABI" GARCIA.

   

       Quem verdadeiramente gosta de futebol adora ver jogar executantes predestinados que "fazem da bola o que querem", que lidam com ela tal como uma criança com o brinquedo estimado ou a delicadeza duma carícia no rosto da pessoa amada. Artistas predestinados como Messi, Ronaldo, Hulk, James Rodriguez, para só mencionar apenas alguns do top ten da actualidade são a essência suprema do espectáculo futebol que fascina e alimenta multidões.

             Já várias vezes referi neste blogue nos comentários que faço aos jogos a que assisto pela TV, que os árbitros devem aplicar com o máximo rigor o que as normas estabelecem sobre a violência de que são vítimas estes jogadores punindo de forma exemplar os caceteiros contumazes que recorrem à falta criminosa e planeada com vista a eliminar as mais valias do opositor para tentar equilibrar a diferença das forças em presença.

             Aimar, o argentino que milita no Benfica, é um fora-de-série, um artista criativo e de raro talento que executa e pensa como poucos a arte de jogar à bola a que só faltará, porventura, uma maior capacidade física para ombrear com os melhores atletas da actualidade. O seu perfil adequa-se, sem qualquer dificuldade, aos dos que merecem ser resguardados das marcações cirúrgicas dos "perna de pau" que pululam por aí à rédea solta.

             Ontem à noite, em Olhão, porém, Aimar "passou-se". Num ápice, a imagem de querubim alado e auréola cintilante capaz de seduzir o mais empedernido anti-lampião como é qualquer portista que se preze,
metamorfoseou-se de "Rabi" Garcia e "investiu" taurinamente como de engodo se tratasse o tórax do jogador olhanense. Céus, como é possível? Não foi o espanhol bilhardeiro, o Cardozo cotoveleiro, o Max fiteiro ou o Luisão matreiro a quem já não se estranham tais radicais gestos!!. Foi Aimar, senhores, Aimar o mártir, o flagelado, o sofrido, o favorito alvo de tantos treinadores que intentam dar-lhe o mesmo fim que teve Bid Laden.

             Nem Jesus, que é tido como isso pela falange que frequenta o templo da segunda circular, quis ver a "desconexão temperamental" do seu discípulo que terá exorbitado nas funções em que é mestre para se juntar à maioria qualificada que segue o catecismo que se treina no Seixal, onde os bloqueios ou obstruções são apenas simples exercícios de preparação para os mergulhos na área e provocar baixas por "acidentes" nas hostes contrárias. Tanto no flash interviw como na conferência de imprensa que se lhe seguiu, Jorge Jesus, confundido e frustrado, pelo resultado negativo, pela paupérrima actuação da sua equipa e crueza do acto do seu pupilo, tentou em vão justificar o que era injustificável e, ao mesmo tempo, branquear o desgaste físico dos seus jogadores onde apenas Luisão foi excepção.