sábado, junho 09, 2012

MERKEL NÃO PERDOA A PERDULÁRIOS.

            EURO2012

9 de Junho, 2012

                                       Alemanha, 1 - PORTUGAL, 0

            Caprichos da fortuna e Varela perdulário roubaram a Portugal a possibilidade de evitar uma derrota que, em boa verdade não é merecida. Nem os alemães foram suficientemente melhores para merecerem a vitória nem os portugueses foram tão inferiores para que possam conformar-se com esta derrota.

            Verdadeiramente o jogo só se tornou interessante após o golo de Gomez, ao qual a equipa das quinas reagiu muito bem e só não chegou pelo menos ao empate por desperdício das melhores oportunidades ocorridas em toda a partida  em em lances de jogo corrido, não contando com as duas bolas que bateram nos ferros, a primeira das quais, ao fechar o tempo do período inicial,  só não ultrapassou o risco porque a fortuna protege sempre os mais ricos.

            A equipa de Paulo Bento jogou sempre com espírito solidário mas raramente conseguiu ligar jogadas  de contra-ataque por imprecisão de passe e por não lograr meter mais jogadores na linha da frente quando de posse da bola. 

            De um modo geral os jogadores estiveram em bom plano, ainda que de Ronaldo se espere sempre algo de espectacular que esta noite não aconteceu. Pois se ele é o melhor do mundo...

            Vista pela TV (como gostaria que os comentários fossem sempre como os que Domingos Paciência/Prates fizeram na SportTV), fiquei com a impressão de que aconteceram lances iguais com julgamento distinto. Em abono da verdade, pareceu-me que a afilhada protegida foi a equipa da madrinha Merkel...

            A derrota nunca é boa para começar uma prova mas não é sentença capital. Muito sinceramente, até estava mais céptico do que antes deste jogo. Veremos o que a equipa tem para dizer no próximo embate.

           

quinta-feira, junho 07, 2012

AI, PORTUGAL!



      Este quase apagamento sabático em que entrou o Dragão, Sempre! desde que terminou o campeonato da Liga com a consagração do Futebol Clube do Porto como grande e justíssimo vencedor, tem muito a ver com a minha aversão ao "futebol" que, saindo dos relvados que é o seu habitat natural, passa a ser jogado na comunicação social onde a bola deixa de ser chutada pelos jogadores  para serem estes a ser pontapeados como coisas redondas a rolar ao sabor do teclado de um computador ou de um câmara de TV. Entrevistas feitas com frases mil vezes repetidas, leilões de estrelas novas ou decadentes aos milhares postas à venda por desinteressados empresários, regateados como era uso no tempo da escravatura, jogadas palacianas para vencer posições de decisão na engrenagem dos órgãos da estrutura desportiva com vista à salvaguarda de tramóias futuras, leitura de pasquins para drogar assembleias inocentes,  passaram já há muito para o rol do folclore fastidioso e entediante das minhas apetências desportivas.

     Aliás, este é um "campeonato" no qual o Futebol Clube do Porto é claramente suplantado pelo seu arqui-rival alfacinha do bairro de Benfica que sempre lidera, nestas saison, a bolsa das entradas e saídas da fina flor dos craques que sempre sonharam jogar no clube da Dona Victória. Levámos sempre cabazadas de encher o saco.

     Claro que vai decorrer, já no próximo sábado, a estreia dos rapazes de Paulo Bento no campeonato da Europa de futebol e eu digo muitas vezes para mim próprio, mas como se nos ouvidos tivesse rolhas de cortiça, que esta é a selecção que vai representar Portugal numa prova internacional de grande projecção desportiva mundial. Eu sou português, do norte, e tenho muito orgulho nisso, mas emociono-me muito mais quando é o Futebol Clube do Porto a defender lá fora o prestígio do futebol de Portugal, contando apenas com o apoio dos seus adeptos e a frieza, quase indiferença ou mesmo anti-portismo, dos de outros emblemas, os quais, nessas ocasiões nem sequer pensam na nacionalidade de que são originários.

     Apesar de tudo eu gostaria de estar optimista quanto ao que vai ser a sorte desta selecção.Mas não estou. Não pelas opções do seleccionador, porque ele tem autonomia para decidir quem escolher, quem há-de por a jogar. Foram estes, poderiam ter sido outros? Não vejo onde, tão reduzido é o campo de escolhas. E, depois, Bosingwa e Ricardo Carvalho, portaram-se tão mal...Estão lá o Miguel Lopes e aquele pequenote vendido ao grande Málaga, o João Pereira, por um saco de euros.

     Ah, pois, temos o "grande trunfo", o melhor do mundo, (depois do Messi, ah, ah,ah), que vende como ninguém no BES e em Chamartin, a marca CR7.

     Mas, olhem que o estágio em Óbidos foi uma maravilha: lindíssimos passeios pela típica Vila, imponentes desfiles de "bombas", massagens e passeios pelos oxigenados pinhais da região. Entrevistas, reportagens, campanhas "escolarianas", recepções oficiais. E uma belíssima (e muito em conta...) estância de férias lá para a Polónia.

     Aproveitaram antes, porque depois...

... ainda faltarão dois meses (aproximadamente) para que regresse o futebol de que mais gosto!


domingo, maio 27, 2012

"HAVEMOS DE IR A VIE(A)NA", A Faixa Que Venceu em Viena!

       

                 Por esta hora, em Viena de Austria, no dia 27 de Maio de 1987, uma faixa de cinco metros de comprimento contendo em letras garrafais "HAVEMOS DE IR A VIE(A)NA percorreu todo o perímetro do Estádio do Prater, perante os olhares irónicos e algo surpreendidos da numerosa claque alemã do Bayern de Munique postada junto aos portões de ingresso ao interior do estádio, suspensa das mãos de um grupo de CINCO portistas que, saindo desta localidade às 15 horas do dia 23, sábado, atravessou a Espanha, chegou e permaneceu em Paris duas noites, dormiu em Munique na terça-feira, chegou a Viena de Áustria ao meio-dia de quarta-feira, viveu as emoções do fantástico jogo da conquista da Taça dos Campeões, saiu dali com ela na alma e o fogo no coração sem conseguir alojamento às 4 da matina em Graz, ainda território austríaco, rumou ao norte da então Jugoslávia no fito de chegar a Zagreve mas acabou por entrar em Itália, pelo norte, para (finalmente!) dormir em Génova (Savona), retomar no dia seguinte a viagem pelo Mónaco, reentrar em Espanha pelo país basco em convulsão (onde fomos bloqueados na estrada por um carro que, ao contrário do que temíamos, saiu do veículo batendo palmas por se ter apercebido quem éramos e donde vínhamos), de novo percorrer território espanhol como se estivéssemos (presumo) no deserto da Arábia, entrar pela fronteira de Valença e parar para comer bacalhau (!), para, deo gratias, concluir a odisseia pelas 10h3O do dia 30, sábado, com uma entrada triunfal no Largo Capitão Gaspar de Castro, com os cascois e equipamento que exibimos num percurso de mais de CINCO MIL quilómetros.




                  Rogério e Carlos Agra, R. Vale, Dino Vieitos e eu próprio, tínhamos chegados à terra depois de ter conhecido o paraíso e estabelecido amizade com os deuses que lá vivem!




                  A partir desta epopeia nada continuou igual. Todo o mundo saudou com misto de admiração e  surpresa a chegada à elite do futebol mundial de um clube até ali desconhecido. Todo o mundo saudou o campeão improvável, menos seis milhões que fazem parte de um país cuja capital é o Rossio. 

                  Vinte e cinco anos depois do sucesso é repousante constatar que estamos hoje no top do futebol português a emparceiramos com os grandes da Europa e do Mundo! 

                  As nossas camisolas são conhecidas em toda a parte onde há futebol. Vestiram as cores azul e branca alguns dos melhores futebolistas que militaram ou actuam nos maiores clubes da Europa; fizemos  treinadores que brilham em clubes de nomeada; fomentamos riqueza com a venda de activos e levamos aos cofres públicos rendas avultadas.
                  Começamos e nunca mais paramos. Somos melhores. Somos Porto.
  
                 




                

sábado, maio 26, 2012

ENTRE LADRÕES E POETAS NÃO HÁ TRETAS QUE OS CONFUNDAM.

        

                 Desde 1987 que o Benfica não tem um presidente de jeito. Depois de Fernando Martins, nunca mais o clube do regime teve à frente da sua Direcção alguém capaz de liderar os tais seis milhões que vivem na miragem de ser o maior clube do Mundo. Incapaz de se adaptar à mudança que no país se operou a partir de 1974, o clube da Dona Victória ficou agarrado ao palmarés, aliás brilhante, obtido a partir dos anos sessenta beneficiando do patrocínio do estado salazarista a troco de uma imagem artificial de Portugal colonial e multirracial associada aos sucessos alcançados pela equipa lisboeta nas competições em que, então, participava.

              Tecnicamente falido em 2002, escapou à implosão graças a engenharias financeiras onde não estiveram ausentes os envolvimentos dos políticos que trocaram fundos públicos por votos que elegem para cargos onde se decidem financiamentos e aprovam projectos imobiliários que envolvem milhões, e operaram milagres como a construção de um  estádio que nunca conseguiriam recorrendo aos seus próprios recursos.

              Depois de Fernando Martins quem mais se distinguiu na liderança da sociedade sediada na capital do império desmantelado foi, de longe, Vale e Azevedo. A sua chegada à presidência dos lampiões foi um delírio de fé e de esperança, o nascimento de um líder à altura de comandar o exército vermelho, o invencível general  capaz de travar o avanço do conquistador insaciável que crescia a norte determinado em abater a águia decrépita e ferrugenta.

              A historia da presidência do advogado incensado na ara da catedral da peneirice bafienta da corte alfacinha, terminou da forma mais óbvia para o tipo de gente que ali prolifera de há tempo a esta parte: na cadeia, primeiro, e, na fuga para Londres com um mandado de captura na sua peugada, ficando desta forma provado que um presidente do benfica ladrão não deixa de o ser mesmo que, na situação de foragido à justiça, resida como um lorde entre os seus pares.

              Depois das promessas hiperbólicas comidas como manã pelo povo raivoso de fome de sucesso, o actual chefe da quadrilha leva já mais de um década a sofrer humilhações, afrontas e desaires em série. Derrotado em toda a linha no tapete verde dos relvados e estragado pelo ódio de não ter capacidade para superar o seu mais directo e mais forte competidor, mudou de estratégia e passou ao ataque suez e cobarde ao Homem e à Instituição que lideram o desporto em Portugal, seja no futebol ou outras modalidades onde ocupa os lugares da liderança, fomentando e alimentando uma campanha da mais miserável baixeza intelectual, impensável de conceber em alguém que tivesse sido eleito para representar uma agremiação que se diz das maiores do planeta e exige que a respeitem.

              Neo-ricos fulminantes e de passado duvidoso reconvertidos em serôdios paladinos da justiça é coisa que já não surpreende nos tempos que correm. Porém, entre presidentes que roubam e os que declamam poesia só não é fácil a escolha porque, estes, são cada vez mais raros...

          

sexta-feira, maio 25, 2012

ESTE, PULOU A CERCA.

Bruno Carvalho: «Perdoa-lhes, Borges Coutinho»

Autor:EUGÉNIO QUEIRÓS
 (record online)
"Bruno Carvalho, adversário de Luís Filipe Vieira nas últimas eleições do Benfica, comentou o recente discurso do líder do Benfica de forma irónica: "Um presidente assim enche-me de orgulho, sempre presente nas vitórias, com um discurso com muita elevação e atacando os adversários com enorme subtileza e fino humor". E acrescentou na sua página no Facebook: "Este presidente pode fazê-lo porque tem um passado limpo e imaculado".


"Ficámos todos a perceber como a vitória no basquetebol explica as sucessivas derrotas no futebol, a não ser que sejamos burros. Gostei de ver! Foi só pena que não tenha ido a Vila do Conde, mas seguramente que estava a fazer algo de importante em prol do Benfica. Parabéns, também, a quem escreveu o discurso: é um homem de talento, com excelente domínio da língua portuguesa e, acima de tudo, com muito nível. Perdoa-lhes Borges Coutinho!", desenvolveu.


Num comentário posterior, Bruno Carvalho formulou uma série de perguntas aos sócios e adeptos do clube da Luz.


- Será normal que o passivo do Benfica (SAD+clube) tenha passado, na última década, de 100 milhões para 500 milhões de euros?


- Será normal que o Benfica apoie para presidente da FPF um ex-administrador da SAD do FC Porto?


- Será normal que o advogado do Benfica seja um adepto do FC Porto?


- Será normal o responsável da área financeira do Benfica ser do Sporting e ganhar 500.000 euros por ano?"

PALHA PARA SEIS MILHÕES DELES!

«Burros não são os que acreditam na mudança"

"Por SAPO Desporto

FC Porto espera que «a Procuradoria Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor».

«Burros não são os que acreditam na mudança»

            Se as relações entre Benfica e FC Porto já eram 'escaldantes', mais ficaram após a vitória da equipa de basquetebol dos encarnados no Dragão Caixa, onde se sagraram campeões nacionais. Depois das declarações de Luís Filipe Vieira esta quinta-feira, foi agora a vez do FC Porto responder através de um comunicado, sempre em tom alegórico.
Na nota, os azuis e brancos afirmam que «burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas».
No final, o FC Porto espera que «a Procuradoria Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor».
Leia em baixo o comunicado na íntegra:
«Os Burros e a Mudança
1 - Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia. Há pormenores que importa realçar, como o “orgulho, admiração e agradecimento” pelos gestos e insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor e consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal.
2 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas.
3 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros.
4 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que permitem a quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que ninguém ouse disputar-lhe a presidência e assim possa continuar a enganá-los a todos
5 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto.
6 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam a sério o leitor. Em 2003: “O Benfica será mais forte do que o Real Madrid”. Em 2005: “Vamos arrasar na Europa”. E em 2006: “Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo”. Largos dias têm os Invernos…
7 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que pela força do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados.
8 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.
9 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.
PS: Aguardamos que a Procuradoria-Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor»."

segunda-feira, maio 21, 2012

VIENA 1987: A NOITE MÍSTICA DOS PORTISTAS.

[Calcanhar_Viena.jpg]
          

           PORTO 1987-2012 : 25 ANOS NO TOPO DO MUNDO é o título do livro que vai ser apresentado na Avenida nos Aliados, mais exactamente no Café Guarany, no Domingo, dia 27 de Maio, pelas 18.30 h
 
           No dia 27 de Maio de 2012, cumprem-se 25 anos sobre a mítica  conquista da Taça dos Campeões Europeus, que marcou o início do longo ciclo de triunfos nacionais e internacionais do Porto.
          É exactamente esta «era dourada do Dragão» que este livro retrata e celebra. Mas de uma maneira peculiar: por uma vez, são os adeptos que «mandam» no jogo e contam a história maravilhosa de 25 anos do Porto entre os melhores clubes do  mundo.
         Fazem-no através de crónicas pessoais – plenas de memórias,afectos, emoções – centradas em 25 jogos memoráveis deste quarto de século portista, expondo formas muito diversas de viver o clube, sua história, cultura e identidade.
 
         Participam neste livro ilustríssimos portistas como por exemplo, Miguel Guedes, Rui Moreira, Álvaro Costa, Álvaro Magalhães, Jorge Manuel Lopes, Daniel Deusdado, Miguel Carvalho, Júlio Magalhães, Orlando Mesquita, Ricardo Alexandre, Luis Oliveira, Carlos Tê, Helder Pacheco, João Bonifácio, entre muitos outros, num total de 34.

         O Livro será apresentado no próximo Domingo, 27 de Maio (claro!), no Café Guarany, na Avenida dos Aliados (onde mais poderia ser?), pelas 18.30
Madjer (ex-avançado do FC Porto)

         E para quem não puder estar presente a obra será vendida juntamento com o Jornal de Notícias e o jornal O Jogo, nesse mesmo dia 27.