O encontro da 17ª jornada do Campeonato da 1.ª Liga entre o CD Nacional e o FC do Porto, a disputar no Estádio da Madeira no Funchal, foi interrompido aos 14',25" face ao nevoeiro que cobria o estádio e, consequentemente, o relvado e as respetivas balizas. Depois de uma hora de interrupção sem melhoria do estado do tempo, o árbitro Tiago Martins deu conhecimento às respetivas direções dos Clubes da suspensão da partida, com marcação da sua continuidade para o dia 15 do corrente mês de janeiro. Ainda não há acordo quanto à hora do recomeço da partida.
A FALTA COMETIDA POR RODRIGO MORA E A PENALIZAÇÃO COM CARTÃO AMARELO.
Aos 5' do início de jogo, Rodrigo Mora, cometeu falta passível de ser punida com cartão vermelho, dada a entrada de sola ao calcanhar de um jogador do Nacional na tentativa de lhe tirar a bola. Tiago Martins não assinalou de imediato a falta grave, tendo sido chamado ao VAR para rever o lance, o que ele fez durante cerca de 3', decidindo pela amostragem de cartão amarelo.
Oh! que escândalo, Tiago Martins não expulsou, como devia, o infrator! Lê-se e ouve-se.
Vejamos: a entrada do jovem de 17 anos não foi, claramente, com intenção de atingir o calcanhar do adversário mas a bola, que, no momento, estava entre os dois pés do lesionado. Mora, é fisicamente, frágil e nos jogos até agora realizados não mostrou tendência para jogo faltoso. Ser expulso no começo da carreira seria um nódoa que o ensombraria o seu futuro que se prevê brilhante.
Tiago Martins tomou a decisão como se fosse Juiz de Direito ao aplicar uma sentença a imaturo infrator, sem fama e sem tempo ainda para ter cadastro e tendência para o preencher. Fez o que até hoje nunca vi acontecer num árbitro português, demonstrando sabedoria, coragem e sentido de justiça, que o infrator jamais esquecerá.
Nem quem assim o viu tão justamente, decidir.
Não me surpreende o alarido que a decisão (inesperada) de Tiago Martins causou por todo o país e nos media, mas não li nem ouvi qualquer comentário sobre uma falta intencional do jogador do SLB, com o nome de Beste, ao pisar o calcanhar a um jogador do SCB, que Luís Godinho castigou com amostragem de cartão amarelo.
Remígio Costa