quinta-feira, setembro 14, 2017

TRÊS BALDES DE GELO NO BANHO TURCO.


Liga dos Campeões
Fase de grupos - 1ª mão
Estádio do Dragão, Porto, Portugal.
Sportv. Hora: 19:45
Tempo e relvado: Muito bons
Assistência: 42 429 (O Jogo)
2017.09.13


        FC do Porto, 1 - BESIKTAS (Turquia), 3
                                     (ao intervalo: 1-2)


FCP alinhou: Iker Casillas, Ricardo Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, aos 81' Hernâni, Óliver Torres, aos na 2ª parte André André, Jesùs Corona, 2ª parte Otávio, Yassine Brahimi, Tiquinho Soares e Marega. Suplentes não utilizados: José Sá, Diego Reyes, Miguel Layún e Hèctor Herrera.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição.

Besiktas alinhou: Fabrício, Adriano, aos 87' Uyoal, Pepe, Tosic, Erkin, Hutchinson, Ozyatup, aos 68' Medel, Talisca, Ricardo Quaresma, aos 73 Negredo, Bapel e Tosvu.

Árbitro: Anthony Taylor (Eng.)

GOLOS: aos 13' por TALISCA, numa assistência de Ricardo Quaresma, 1-1 aos 21' em auto golo de Tosich, na sequência de pontapé de canto apontado por Alex Telles; 1-2 aos 28', por Cenk Tosun, em remate forte fora da área alguns metros sem oposição, com Iker Casillas  a lançar-se em voo e a tocar a bola com a ponta da luva sem conseguir evitar o golo; 1- 3 aos 86' por Babel na conclusão de jogada de entendimento do ataque turco.

         O Besiktas da Turquia veio ao Dragão impor ao Futebol Clube do Porto um desconfortante  "banho turco" com aplicação dos três baldes gelados da praxe, contrariando a onda de otimismo e a esperança que vinham a instalar-se no coração dos seguidores portistas na era de Sérgio Conceição.

        A realidade do jogo demonstrou que o Dragão tem ainda um longo percurso pela frente antes de atingir o grau superior a que os adeptos aspiram e esperam que venha a merecer o desempenho da equipa ao mais alto nível europeu.

        O triunfo da equipa dos "nossos" Ricardo Quaresma e Pepe traduz uma superioridade na partida apenas questionada em reduzidos períodos do tempo de jogo. A serenidade, experiência e eficácia do conjunto turco, individual e coletivamente consideradas, foram qualidades que o FC do Porto nesta partida não logrou confirmar, podendo a formação da casa ter obtido final bem diferente se lograsse atingir o potencial que já provou possuir no arranque inicial desta temporada. Mas, atuando de modo precipitado, com passes a esbarrarem frequentemente nas pernas dos adversários e a desperdiçar oportunidades flagrantes de golo não se pode aspirar a grandes feitos.

       O golo do malquisto (mas simpático) Talisca no dealbar do jogo foi determinante para a forma como a partida veio a desenvolver-se. O FC do Porto acusou depressa o mau augúrio da desvantagem no marcador, que nem o empate conseguido na sequência de livre de canto por ação do defesa turco, atenuou. O conjunto ásioeuropeu tendo assumido o controle da partida não permitia a necessária reação portista para inverter a situação, ainda que com as alterações introduzidas pelo Sérgio no miolo na segunda parte tivessem produzido melhorias, contudo insuficientes.


       Erros de avaliação tática, segundo o técnico responsável, baixo rendimento individual a este nível e a falta de eficácia atacante explicam o insucesso desta primeira jornada da Liga dos Campeões Europeus.

       Yassine Brahimi durou toda a partida à frente do pelotão, ou a puxar a canoa como o Fernando Pimenta. Bem jogou e trabalhou o endiabrado argelino, tivessem estado à sua altura os demais. De resto,  toda a defesa, imbatível à escala da Liga NOS, inclusive, Iker Casillas, sabem e deviam ter feito mais e melhor; tal como na "sala de decisões" que é o meio campo, o qual não assegurou a tranquilidade e a precisão exigíveis para liderar a partida; Marega, destapou a cobertura das suas limitações técnicas que tentou superar com muito esforço e coração. Tiquinho Soares foi generoso até à exaustão, teve oportunidade de ganhar o empate a dois golos, mas igualou Óliver Torres quando este aos 19' viu um remate ser defendido pelo poste.  


       Por princípio, subscrevo a opinião de que só é importante quem vai a jogo. Aboubakar, não participou...

       Sou apreciador das arbitragens profissionais inglesas mas não recordo uma de Anthony Taylor. Não visualizei na atuação erros relevantes em atenção ao critério de avaliação do Reino Unido, sem prejuízo de não ter percebido bem decisões tomadas em alguns lances comparáveis, as quais me pareceram ter tido tratamento mais favorável à equipa turca. Talvez isso seja consequência da minha condição de arreigado adepto do sublime emblema da Invicta Cidade, ou, quiçá, de crítico feroz e inconformado com o que constato suceder em Portugal nessa matéria.




       Palmas para Ricardo Quaresma e Pepe. Honestidade e classe! Obrigado, amigos. Felicidades. 


1 comentário:

  1. Brahimi e muita impotência. É esta a nossa condição actual.

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